De cara é o que se vê na chegada ao treino de patinação artística do grupo Stars. Atentas as orientações, crianças e adolescentes que vão dos 4 aos 20 anos, se espalham pelo ginásio, e entre movimentos e algumas quedas, mostram toda a determinação em cada exercício.
A história da Associação de Patinação Artística Stars começou em Chapecó há sete anos, e hoje conta com 32 alunas. A idéia partiu de um grupo de mães que queria mostrar às filhas, a possibilidade de aprender uma modalidade diferente. Meninas e jovens que se tornaram estrelas em cima de patins. Daí o nome do grupo. "Elas levam o nome de Chapecó para os lugares onde se apresentam e vieram para bilhar", afirmam as mães incentivadoras e integrantes da associação, Idiara Viecelli e Nadia De Bona, que acompanham de perto o grupo e orgulham-se de cada conquista das meninas.
Os treinos ocorrem todas as segundas e quartas, a partir das 18h, no ginásio do colégio Nelson Horostecki, em Chapecó. A responsável por ensinar as meninas é a técnica e professora, Daniely Mohr. Experiente na modalidade, Nina como é carinhosamente chamada pelas mães, é formada em educação Física e especialista em patinação. A professora conta com a não menos experiente, a auxiliar Lara De Bona. Aos 20 anos, Lara é uma atleta fundadora da associação que começou cedo na patinação e hoje, além de trabalhar junto com Daniely nos treinos, também participa de competições.
Daniely descobriu a patinação aos 5 anos, em Saudades, cidade onde mora. A madrinha sempre foi professora e por incentivo dela, ela continuou e já são 25 anos ensinando a modalidade. "Hoje não patino mais. Apenas dou aulas, mas este ano volto às quadras em Saudades", afirma orgulhosa.
A professora dá aulas em outros municípios, e na associação, são seis anos de trabalho. Ela conta, que conheceu o grupo por meio de algumas mães, e no início, como não poderia vir duas vezes por semana, uma professora de fora viria trabalhar com as crianças, e ela ficaria durante três meses. "Eu disse que se ela não viesse em janeiro, não largaria mais, e foi o que aconteceu", lembra.
Durante os treinos é possível ver a atenção e a dedicação de alunas e professora. "Eu aprendi de carinho e cuidado com a minha madrinha. Ela sempre me ensinou que tenho que tirar o melhor de cada uma e quero que elas se superem a cada aula, por que as dificuldades existem em todos os lugares. Sempre digo para elas: se desistirem no primeiro tombo, nunca vão chegar a lugar nenhum", reforça.
E elas entendem muito de determinação. Calçar os patins, se equilibrar e deslizar pelo ginásio não é uma tarefa fácil. Requer cuidado, concentração e acima de tudo, vontade.
Durante o treino acompanhado pelo Diário do Iguaçu, elas caíram sim, mas aprenderam como fazer isso sem sofrer grandes danos. "Para participar é preciso ter os patins e vontade, sobretudo querer mesmo", afirmam as mães, Idiara Viecelli e Nadia De Bona.
Claudia Zwirtes é outra mãe que acompanha de perto os treinos das filhas Alice de 6 anos e Lívia, de 4 anos. Ela conta que Alice patinava em um outro local em 2018 e por indicação conheceram o grupo Stars. Foi na apresentação de fim de ano da associação esse encontro e após uma aula experimental, foi amor à primeira vista. A caçula Lívia, quis começar em função da irmã. "A Lívia patinou um mês e meio, parou e voltou. E a Alice patina há um ano e meio. Elas adoram", reforça Claudia.
Presente em todas as aulas, Claudia acredita que o ambiente colabora muito para o desenvolvimento das filhas. "Sempre fico aqui acompanhando elas nas aulas, mas a Lívia é muito tranqüila e se vira super bem. O grupo também é assim, e por ser uma associação, todas as mães são envolvidas. O ambiente é familiar e ajuda muito", afirma.
Para a mãe, as mudanças foram nítidas. Ela conta que a mais velha, Alice, já fez balé, natação e fazia as atividades por obrigação, e quando ela colocou para fazer patinação, mesmo com um pouco de receio de quedas e machucados, Alice melhorou muito a concentração e coordenação motora. " Percebi que ela desenvolveu bastante a consciência corporal, a postura, saber que tem que cuidar, prestar atenção. Ela fez balé por dois anos e nunca teve alongamento e em seis meses de patinação, mudou muito. Acho fantástico, gosto bastante e indico para todo mundo", pontua a mãe.
Campeonatos
Mais do que aprender a patinar, as meninas aprendem também, noções de responsabilidade e postura. Em cada um dos três níveis, o objetivo é que as alunas treinem e aprendam cada detalhe dos exercícios. Em setembro, cinco alunas participaram da etapa catarinense do campeonato de patinação, em Itajaí. A cada competição o esforço e a superação são os maiores troféus que elas conquistam. As medalhas vêm, claro, mas cada patinadora recebe sempre o carinho e o apoio antes, durante e depois das apresentações.
"Nós formamos uma família aqui. Nosso objetivo mesmo, é ver o melhor delas", reforça Daniely. Apresentação de fim de ano
Dia 9 de novembro será especial para o Grupo Stars. Alunas, professora, auxiliar com o incentivo caloroso das mães, apresentarão um show de patinação no SER Aurora, em Chapecó. O evento é uma forma de arrecadar dinheiro para a participação em competições e também mostrar o trabalho realizado pela associação. "Trabalhamos para que as meninas não tenham muito gasto, pois elas já pagam mensalidade. Então tudo que entra de valor, revertemos para elas", explica. Para o fim de ano, a professora conta que está preparando uma apresentação especial para encher os olhos do público.
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Skates: Grace, lightness, technique and dedication, in Chapecó, Santa Catarina, Brazil.
Right away, this is what you see when you arrive at Stars Group's figure skating training. Attentive to the guidelines, children and adolescents, ranging from 4 to 20 years old, spread throughout the gym, and between movements and some falls, show all the determination in each exercise.
The history of the Stars Figure Skating Association began in Chapecó seven years ago, and today has 32 students. The idea came from a group of mothers who wanted to show their daughters the possibility of learning a different modality. Girls and young people who have become stars on roller skates. Hence the name of the group. "They take the name of Chapecó to the places where they perform and came to billiards", say the encouraging and association mothers, Idiara Viecelli and Nadia De Bona, who closely follow the group and are proud of each achievement of the girls. .
Training takes place every Monday and Wednesday, starting at 6 pm, at the Nelson Horostecki High School Gymnasium in Chapecó. The one responsible for teaching the girls is the coach and teacher, Daniely Mohr. Experienced in the sport, Nina, as she is affectionately called by her mothers, has a degree in Physical Education and a skating expert. The teacher has the no less experienced, the assistant Lara De Bona. At the age of 20, Lara is a founding athlete of the association that started early in skating and today, besides working with Daniely in training, also participates in competitions.
Daniely discovered skating at 5 in Saudades, where she lives. The godmother was always a teacher and at her encouragement, she continued and are already 25 years teaching the sport. "Today I do not skate anymore. I just teach, but this year I return to the courts in Saudades," she says proudly.
The teacher teaches in other municipalities, and in the association, is six years of work. She says that she met the group through some mothers, and at first, as she couldn't come twice a week, an outside teacher would come to work with the children, and she would stay for three months. "I said that if she didn't come in January, she wouldn't leave again, and that's what happened," he recalls.
During training it is possible to see the attention and dedication of students and teacher. "I learned from love and care with my godmother. She always taught me that I have to make the best of each and I want them to overcome each class, because difficulties exist everywhere. I always say to them: if they give up on the first tumble, they will never get anywhere, "he says.
And they understand a lot of determination. Skating, balancing, and sliding around the gym is no easy task. It requires care, concentration and above all, will.
During the training accompanied by the Iguaçu Diary, they did fall, but learned how to do it without suffering major damage. "To participate you must have the skates and will, especially wanting," say the mothers, Idiara Viecelli and Nadia De Bona.
Claudia Zwirtes is another mother who closely follows the training of daughters Alice of 6 years and Lívia, of 4 years. She says that Alice was skating in another location in 2018 and by indication met the Stars group. It was at the association's year-end presentation that meeting and after an experimental class, it was love at first sight. The youngest Livia wanted to start with her sister. "Livia skated a month and a half, stopped and came back. And Alice skates a year and a half. They love it," says Claudia.
Present in all classes, Claudia believes that the environment contributes a lot to the development of daughters. "I always stay here accompanying them in class, but Lívia is very calm and turns very well. The group is also like this, and being an association, all mothers are involved. The environment is familiar and helps a lot," he says.
For the mother, the changes were clear. She says that the older Alice has done ballet, swimming and doing the activities out of obligation, and when she put on skating, even with a little fear of falls and injuries, Alice greatly improved concentration and motor coordination. "I realized that she has developed a lot of body awareness, posture, knowing that she has to take care, to pay attention. She did ballet for two years and never had stretching and in six months of skating, changed a lot. everybody ", points the mother.
Championships
More than learning to skate, girls also learn notions of responsibility and posture. At each of the three levels, the goal is for the students to train and learn every detail of the exercises. In September, five students participated in the Santa Catarina stage of the skating championship, in Itajaí. With every competition effort and overcoming are the greatest trophies they win. The medals come, of course, but each skater always gets the warmth and support before, during and after the performances.
"We are a family here. Our goal is to see the best of them," says Daniely. New Year's Eve Presentation
November 9th will be special for the Stars Group. Students, teacher, assist with the warm encouragement of mothers, will present a skating show at SER Aurora, in Chapecó. The event is a way to raise money for participating in competitions and also show the work done by the association. "We work so that the girls do not have much spent, because they already pay monthly. So everything that comes in value, we revert to them," he explains. Towards the end of the year, the teacher says she is preparing a special presentation to fill the public eye.
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