Nos Estados Unidos, o mês de outubro representa uma das maiores manifestações culturais: o Halloween. No cinema, simboliza o momento mais rentável para o gênero de terror.
O prelúdio do terror foi concomitante ao próprio cinema. Porém, por se tratar de um segmento que concentra-se no sobrenatural, nauseabundo e horripilante, efeitos especiais eram necessários. Mas por se tratar de um momento primitivo do cinema, poucas películas conseguiram passar a seriedade que o gênero demandava. Eis a lista:
Nosferatu (1922)
Essa obra suprema do terror de vampiro ganhou inúmeras (e necessárias) roupagens ao longo dos anos, mas graças ao expressionismo alemão, Nosferatu se tornou um dos filmes mais influentes do cinema. A atuação exótica de Max Schreck cresce o longa-metragem ao lado da direção onírica de F. W. Murnau.
Häxan – A Feitiçaria Através dos Tempos (1922)
Escrito escrito e dirigido por Benjamin Christensen, que foi baseado em um estudo pessoal do diretor, Häxan é a conclusão de Christensen sobre as superstições sobre o mundo da bruxaria. No filme, o cineasta quer levantar o seguinte debate: o que levou a humanidade a caçar tais indivíduos? Por mais que seja um documentário, algumas dramatizações feitas pelo diretor funcionou como uma verdadeira escola de estilo para o terror atual.
O Gabinete do Dr. Caligari (1920)
Além de Nosferatu, O Gabinete do Dr. Caligari trouxe para a sétima arte o expressionismo alemão de forma definitiva. O filme é uma metáfora de um olhar deturpado, em que o cenário é composto por ruas estrangulas e deformadas.
Com diversos adereços da literatura gótica, onde é complementado por atuações caricatuais, assim como Nosferatu, O Gabinete do Dr. Caligari é uma manifestação artística tão importante para o terror quanto para o próprio cinema.
O Homem Que Ri (1928)
Por mais que seja classificado como um melodrama, O Homem Que Ri pode ser classificado como um terror psicológico. Adaptação de uma peça de teatro de Victor Hugo, esta película deu o ponta pé inicial em argumentações sobre humanizar indivíduos marginalizados por características incomuns.
Drácula (1931)
Ao contrário de Nosferatu, essa obra baseada no livro de Bram Stoker substitui um Conde Dracula e incorpora o sex appeal de Bela Lugosi no papel de Drácula. Mesmo que não seja apavorante quanto Max Schreck, a atuação como um ser ambíguo faz desse terror uma das obras mais icônicas dos anos 1930.
Monstros (1932)
Usando atores que sofrem de deformidades físicas, o filme de Tod Browning, revolucionou o cinema com a obra Monstros, longa-metragem que mostra a vida de pessoas e suas dificuldades em serem classificadas como “aberrações”. Assim como O Homem Que Ri, essa película trabalha com discussões humanizadas e ainda questiona: O que seria um monstro? Trabalhar com a representatividade como Browning fez em plena década de 1930 é uma audácia surreal.