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quinta-feira, 23 de maio de 2019

Skate é mais do que só acertar manobras. Filmes recentes como 'Skate Kitchen', 'Anos 90' e 'Minding the Gap' mostram que o skate... -- Skateboarding is more than ju st hitting tricks. Recent films like 'Skate Kitchen', '90s' and 'Minding the Gap' show that skateboarding ...

Filmes recentes como 'Skate Kitchen', 'Anos 90' e 'Minding the Gap' mostram que o skate muitas vezes tem tudo a ver com criar uma comunidade longe de um lar disfuncional.

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Screenshots via 'Anos 90', 'Skate Kitchen' e 'Minding The Gap'.

Keire Johnson começou a andar de skate na adolescência como um jeito de escapar das surras do pai. Ele usava um shape com a frase “este aparelho cura dor no coração” pixada na lixa, e dormia num quarto lotado de copos de Slurpee e roupas que não ficaria deslocado num documentário sobre acumuladores.

Os melhores amigos de Keire são Bing Lui e Zack Mulligan. As coisas também não eram legais nas casas deles, então eles criaram seu próprio lar longe de casa: andando de skate o dia inteiro, e fumando maconha e bebendo no meio tempo. “Formamos uma família para cuidar uns dos outros, porque ninguém estava cuidado da gente”, diz Zack, com tanto otimismo quanto tristeza.

Os três são temas do documentário de 2018 Minding The Gap, de onde veio a citação acima. Se você acha importante coisas como a aprovação dos críticos de sofá, o filme tem 100% de avaliações positivas no Rotten Tomatoes. 

Melhor ainda, Barack Obama disse que esse é um dos seus filmes favoritos do ano e ele foi indicado ao prêmio de Melhor Documentário no Oscar. 

Mês passado, Minding The Gap saiu em DVD no Reino Unido, se juntando a outro lançamento de filme de skate – Anos 90, dirigido por Jonah Hill.

Como Minding The Gap, o ficcional Anos 90 observa as razões para seus temas passarem a maior parte do tempo rodando por aí em placas de madeira juntos. 

Para o personagem principal Stevie (Sunny Suljic, o menino doente do O Sacrifício do Cervo Sagrado) é um senso de pertencer a alguma coisa. 

Ele também é fisicamente abusado em casa, por seu irmão mais velho branco fã de rap Ian (Lucas Hedges). Seu ambiente familiar é fodido – os dois irmãos jantam com a mãe solteira em silêncio; ninguém se dá bem ou tem compaixão pelo outro – então Stevie encontra consolo e conexão andando com garotos mais velhos que ele conheceu na loja de skate local.

A vida do Stevie lembra a minha, e talvez lembre a sua também. Ser um moleque andando com moleques mais velhos é uma experiência quase universal: um subproduto de ser obrigado a crescer rápido demais. 

Lembro de mudar de escola depois que meus pais se divorciaram e, aos 12 nos, andar com os garotos de 16 na pista de skate. Skate era o jeito mais fácil de escapar da monotonia e da depressão de estar em casa, e ir para a pista todo dia preenchia um vácuo na minha vida. 

O senso de comunidade ali é o motivo para os temas de Minding The Gape e os personagens de Anos 90 irem pra pista todo dia também.

Muitos adolescentes encontram um respiro em atividades diferentes – gritando uns com os outros em Fortnite, trocando caneladas num campo de futebol, ou escovando crinas de cavalo e escrevendo poesia. Então o que torna o skate tão diferente? 

Uma das coisas é a diversidade. Como o elenco de Anos 90 e Minding The Gap atestam (o primeiro apresenta um mexicano, um garoto branco pobre, dois caras negros; o último, um garoto asiático, um cara negro e um cara branco) essa é uma das atividades mais diversas. 

Seja qual for sua origem, ir para a pista é uma questão de trabalhar suas próprias merdas sobre as rodinhas.

Skate Kitchen, outro filme sobre skate, oferece um retrato similar. Apesar de a personagem principal, Camille (Rachel Vinberg), ser solitária, ela encontra seu lugar num grupo de minas skatistas – a equipe da vida real The Skate Kitchen (elas interpretam a si mesmas, e foram “descobertas” quando a diretora Crystal Moselle ouviu as meninas falando merda no metrô de Nova York). 

Diferente de Anos 90 e Minding The Gap, o filme apresenta uma parte geralmente ignorada da subcultura (ou seja, mulheres solitárias em vez de homens raivosos), mas ainda se centra em um tema similar: muitos skatistas são fodidos de algum jeito ou sentem falta de alguma coisa, e tomar capotes juntos fornece um tipo estranho de consolo.

Essa questão de andar de skate junto como um dos principais dogmas do skate não é novidade. Você já viu isso em filmes de Kids a Os Reis de Dogtown. 

Em vídeos promocionais de skate (pense em: Pretty Sweet, aqueles vídeos dos anos 2000 da equipe de skate Ice Cream do Pharrell), o laço entre os skatistas é a cola que mantém tudo junto, a costura cômica entre cada manobra perfeitamente executada. 

Mas enquanto bebedeiras casuais e personalidades desequilibradas predominantes em vídeos de skate insinuam o tumulto interno de muitos skatistas, eles não dão a visão penetrante de filmes como Skate Kitchen, Anos 90 e Minding The Gap: ficcionais ou não, mas verdadeiros pra vida real.

Como todas as atividades que fomentam união, o skate te ensina que você não está sozinho no que está passando. Depois que Stevie apanha do irmão mais velho, ele e Ray (interpretado pelo skatista profissional Na'kel Smith) estão sentados no telhado da loja de skate. “Eu não aguento essa merda às vezes”, diz Stevie. Ray responde: “Muitas vezes achamos que nossa vida é a pior, mas se você olhar dentro do closet de qualquer pessoa, você não trocaria sua merda pela merda deles”.

Ray, como descobrimos, perdeu o irmão num acidente de carro. “Depois que ele morreu, Fuckshit me arrastou para ir andar de skate com ele”, ele diz sobre o amigo deles, chamado assim porque diz “Fuck! Shit!” sempre que erra uma manobra. “Foi bom ter uma pessoa lá pra mim.” Aí ele vira pro Stevie: “Então vamos”. Depois vem uma longa montagem deles andando de skate no meio do trânsito ao pôr do sol, duas pessoas de diferentes origens e diferentes idades, lidando com seus problemas juntos.

Esses momentos do skate criam laços tanto quanto acertar qualquer manobra. Como Keire diz no final de Minding The Gap, tendo trabalhado alguns de seus relacionamentos familiares: Skate não machuca? “Sim, mas meu pai também. E eu amo ele até a morte.”


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--in via tradutor do google
Skateboarding is more than just hitting tricks. Recent films like 'Skate Kitchen', '90s' and 'Minding the Gap' show that skateboarding ...

Recent films like 'Skate Kitchen', '90s' and 'Minding the Gap' show that skateboarding is often all about creating a community away from a dysfunctional home.

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Screenshots via '90's', 'Skate Kitchen' and 'Minding The Gap'.

Keire Johnson began skateboarding as a teenager as a way to escape his father's beatings. He wore a shape with the phrase "this device heals heart pain" in sandpaper, and slept in a room full of Slurpee glasses and clothes that would not be displaced in a documentary on accumulators.

Keire's best friends are Bing Lui and Zack Mulligan. Things were not cool in their homes either, so they created their own home away from home: skateboarding all day long, smoking marijuana and drinking in the meantime. "We formed a family to take care of each other, because nobody was taken care of," Zack says, with both optimism and sadness.

The three are themes from the 2017 Minding The Gap documentary, from which came the quotation above. If you find important things like the approval of sofa critics, the film has 100% positive ratings on Rotten Tomatoes.

Better yet, Barack Obama said that this is one of his favorite movies of the year and he was nominated for Best Documentary Oscar.

Last month, Minding The Gap was released on DVD in the UK, joining another skateboarding film release - 90s, directed by Jonah Hill.

Like Minding The Gap, the fictional 90s notes the reasons for their themes spending most of the time running around on wooden boards together.

For the main character Stevie (Sunny Suljic, the sick boy of The Sacrifice of the Sacred Deer) is a sense of belonging to something.

He is also physically abused at home by his older brother white rap fan Ian (Lucas Hedges). His family environment is fucked - the two brothers dine with their single mother in silence; no one gets along or has compassion for the other - so Stevie finds solace and connection by walking with older boys he met at the local skate shop.

Stevie's life reminds me of mine, and maybe I'll remember yours too. Being a kid walking with older kids is an almost universal experience: a byproduct of being forced to grow up too fast.

I remember changing schools after my parents divorced, and at 12, we were hanging out with the 16 year old boys on the skateboard. Skateboarding was the easiest way to escape the monotony and depression of being home, and going to the track every day filled a void in my life.

The sense of community there is the reason for Minding The Gape's themes and the 90's characters coming to the track every day as well.

Many teens find a respite from different activities - yelling at each other at Fortnite, swapping a football pitch, brushing horsehair, and writing poetry. So what makes skate so different?

One of the things is diversity. As the 1990s cast and Minding The Gap attest (the first presents a Mexican, a poor white boy, two black guys, the last one an Asian boy, a black guy and a white guy) this is one of the most diverse activities.

Whatever your origin, going to the track is a matter of working your own shit on the wheels.

Skate Kitchen, another skateboarding movie, offers a similar picture. Although the main character, Camille (Rachel Vinberg), is lonely, she finds her place in a group of skater mines - the real-life team The Skate Kitchen (they play themselves, and were "discovered" when director Crystal Moselle heard the girls talking shit on the New York subway).

Unlike the 1990s and Minding The Gap, the film features a generally overlooked part of the subculture (ie, lonely women rather than angry men), but still focuses on a similar theme: many skaters are either fucked or missing of something, and taking capes together provides a strange kind of solace.

This issue of skateboarding together as one of the main tenets of skateboarding is nothing new. You've seen it in movies from Kids to The Kings of Dogtown.

In skateboarding promotional videos (think: Pretty Sweet, those 2000s videos of Pharrell's Ice Cream skateboarding team), the tie between skaters is the glue that holds it all together, the comic stitching between each perfectly executed maneuver.

But while casual drinking and unbalanced personality prevailing in skateboarding videos hint at the inner turmoil of many skateboarders, they do not give the penetrating vision of films like Skate Kitchen, 1990s and Minding The Gap: fictional or not, but true to real life.

Like all activities that foster bonding, skateboarding teaches you that you are not alone in what is happening. After Stevie picks up his older brother, he and Ray (played by professional skater Na'kel Smith) are sitting on the roof of the skate shop. "I can not handle this shit sometimes," Stevie says. Ray replies, "We often think our life is the worst, but if you look inside anyone's closet, you would not trade your shit for their shit."


Ray, as we found out, lost his brother in a car accident. "After he died, Fuckshit dragged me to go skateboard with him," he says of his friend, named so because he says "Fuck! Shit! "Whenever a maneuver misses. "It was good to have someone there for me." Then he turns to Stevie: "Let's go." Then comes a long montage of them skateboarding in the middle of sunset traffic, two people from different backgrounds and different ages, dealing with their problems together.

These skateboard moments create ties as much as hitting any maneuver. As Keire says at the end of Minding The Gap, having worked out some of his family relationships: Does Skateboard not hurt? "Yes, but so does my father. And I love him to death. "


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