Quando começou a andar de skate, Ana foi gradualmente abandonando os outros esportes que praticava, no caso, vôlei e handball. “O skate me conquistou de primeira”, conta.
“Era o único momento em que eu tinha um tempo só pra mim e podia relaxar, curtir sozinha e pensar nas coisas que estavam acontecendo.
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Teresa Madeline e Ana Marina Suzano
Foi isso que mais me atraiu na modalidade: poder me expressar com toda a singularidade que o longboard permite.” Atualmente, ela mora em Vitória, Espírito Santo, mas cresceu na orla de Camburi, no Rio, e foi lá que aprendeu a manobrar. “Quando vou ao Rio, a orla continua sendo o meu pico preferido, mas também gosto de andar no espaço do MAM e na Praça Mauá.”
Na opinião da skatista, o mais legal do vídeo em fase final de edição é que mostra a beleza da paisagem carioca em harmonia com os movimentos da dança no skate. “O vídeo conseguiu, com todo o talento e a originalidade das lentes do Brett, traduzir o clima que vivemos naqueles dias de gravação”, comemora Ana Maria Suzano. “Além disso, tenho que admitir que o skate me ensinou a ser mais malandra, principalmente porque gosto de andar à noite, quando os lugares ficam mais vazios.”
Sara Watanabe concorda, e frisa que a mensagem mais importante da produção é o empoderamento feminino. “Queremos mostrar o poder do long dancing”, diz ela. “Acho importante, já que, às vezes, rola um certo preconceito em relação às mulheres no rolê ou mesmo em campeonatos. A premiação nunca é igualitária, por exemplo. Juntas somos mais fortes e podemos conquistar mais espaço.” Entre as minas da crew, Sara é reconhecida pela perfeição de manobras como as variações de nose manual (equilibrar só com as rodas da frente), principalmente o swedish nose manual. No momento, ela treina para acertar o shove-it 360º (fazer o skate dar um giro completo sob os pés), entre uma variedade de novas manobras, mas nada com intenção de competir. “Levo o skate como algo pessoal e de puro lazer. Há quem leve para um lado competitivo e técnico, o que eu não curto, pois deixa de ser divertido”, opina.
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Brett Novak registra Ana Maria, em ação no Rio
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Brett Novak registra Sara, em ação no Rio
Para a inglesa Teresa Madeline, tudo começou no surfe. Ela descobriu o esporte aquático na Austrália, onde morou por um ano, mas, de volta a Londres, não pôde mais praticar. A solução foi passar para o snowboard em visita a regiões montanhosas, até que, novamente morando na cidade, descobriu no longboard a melhor opção para sentir aquela mesma boa vibe na rotina urbana. “Enquanto curtia de skate, no entanto, percebi o quanto era raro ver mulheres andando também. Tanto, que quando saia por aí com o skate debaixo do braço no trem, as pessoas ficavam com os olhos pregados em mim”, recorda-se. “Então, decidi usar meu conhecimento profissional para começar um projeto de vídeo e blog para contar histórias de outras mulheres praticantes de esportes de board.”
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Foto de abertura: Da esq. para a dir.,
Ana Maria Suzano, Teresa Madeline,
Beatriz Gavelak e Sara Watanabe
Crédito: Divulgação/Guanabara Boards
As pesquisas da fotógrafa, filmmaker e escritora a trouxeram ao Brasil, onde começou a apurar pautas para um vídeo sobre mulheres skatistas daqui e acabou conhecendo o Alex, hoje seu companheiro, e a turma toda do coletivo Guanabara Boards. Foi assim que ela acabou entrando para a crew. Quer dizer, na verdade foi de um jeito mais doloroso. “Cheguei pra conhecer o pessoal e, ao descer uma ladeira, caí de cara no chão. O Alex me acudiu, me levou para o hospital, e este foi o nosso primeiro encontro [risos].
O resto é história”, brinca. Embora já mandasse bem no long, foi por aqui que ela descobriu e aprendeu o dancing. “Quis fazer este filme porque nunca existiu um registro do tipo que mostrasse o alto nível de habilidade e criatividade das mulheres no longboard. Faz parte da minha missão profissional e pessoal colaborar para uma mudança no discurso sobre representação feminina nos esportes radicais”, defende a idealizadora.
O resto é história”, brinca. Embora já mandasse bem no long, foi por aqui que ela descobriu e aprendeu o dancing. “Quis fazer este filme porque nunca existiu um registro do tipo que mostrasse o alto nível de habilidade e criatividade das mulheres no longboard. Faz parte da minha missão profissional e pessoal colaborar para uma mudança no discurso sobre representação feminina nos esportes radicais”, defende a idealizadora.
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--in via tradutor do google
In the production of longboard-dancing, the most important message is female empowerment. "We want to show the power of long dancing." -
When she started to skate, Ana was gradually abandoning the other sports she practiced, in this case, volleyball and handball. "The skateboard has won me first", he says.
"It was the only time I had a time just for myself and I could relax, enjoy myself and think about the things that were happening.
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Teresa Madeline and Ana Marina Suzano
That is what attracted me most in the sport: to be able to express myself with all the singularity that the longboard allows. "Currently, she lives in Vitória, Espírito Santo, but grew up on the edge of Camburi, in Rio, and there she learned to maneuver. "When I go to Rio, the border continues to be my favorite peak, but I also like to walk in the space of MAM and in Plaza Mauá."
In the opinion of the skater, the coolest video in the final editing phase is that it shows the beauty of the Rio landscape in harmony with the dance moves on skateboarding. "The video was able, with all the talent and originality of Brett's lenses, to translate the climate that we live in those days of recording," celebrates Ana Maria Suzano. "Besides, I have to admit that skateboarding has taught me to be more cheeky, mainly because I like to walk at night, when the places get more empty."
Sara Watanabe agrees, and stresses that the most important message of production is female empowerment. "We want to show the power of long dancing," she says. "I think it's important, since there is sometimes a certain prejudice about women on the road or even in championships. The award is never egalitarian, for example. Together we are stronger and we can get more space. "Among the crew's mines, Sara is renowned for the perfection of maneuvers such as the manual nose swings, especially the swedish nose manual. At the moment, she trains to hit the 360º shove-it (make the skate spin completely underfoot), among a variety of new maneuvers, but nothing with the intention of competing. "I take the skateboard as something personal and pure leisure. There are those who lead to a competitive and technical side, which I do not short because it is not fun anymore ", he says.
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Brett Novak records Ana Maria and Sara in action in Rio
For Englishwoman Teresa Madeline, everything began in the surf. She discovered the water sport in Australia, where she lived for a year, but, back to London, she could not practice anymore. The solution was to go snowboarding to visit the mountainous regions until, once again living in the city, he discovered in the longboard the best option to feel that same good vibe in the urban routine. "While skating, however, I realized how rare it was to see women walking too. So much so that when I went out with the skateboard under my arm on the train, people would keep their eyes on me, "he recalls. "So I decided to use my professional knowledge to start a video and blog project to tell stories of other women practicing board sports."
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Opening photo: From the esq. to the right, Ana Maria Suzano, Teresa Madeline, Beatriz Gavelak and Sara Watanabe | Credit: Disclosure / Guanabara Boards
The researches of the photographer, filmmaker and writer brought her to Brazil, where she began to write guidelines for a video about female skaters from here and ended up meeting Alex, her companion, and the whole group of the collective Guanabara Boards. That's how she ended up joining the crew. I mean, it actually was in a more painful way. "I got to know the people and, as I went down a hill, I fell on my face. Alex came to me, took me to the hospital, and this was our first date [laughs]. The rest is history, "he jokes. Although she already had well in the long, it was here that she discovered and learned dancing. "I wanted to make this movie because there never was a record of the kind that would show women's high level of skill and creativity on longboard. It is part of my professional and personal mission to collaborate for a change in the discourse on female representation in extreme sports, "argues the idealizer.
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