Felipe Caltabiano, ou Felipe Foguinho, tinha 11 anos quando dropou uma rampa pela primeira vez com um skate que ganhou do pai, de quem herdou o apelido. Foi em Guaratinguetá (SP), cidade onde cresceu e que, nos anos 80, foi a meca do skate nacional. “Nesse dia, eu tentava e caia sem parar, era meio maluco. Começou a chover e continuei. Quando consegui descer a rampa, corri pra minha mãe e falei ‘Nunca vou parar, quero fazer isso pelo resto da minha vida!’”, lembra Foguinho, 24 anos.
E assim tem sido, como ele lembra em um bowl de São Paulo, onde fez essas fotos para a Tpm – sem camisa, mas de calça, como pediu. “Fico um pouco envergonhado. Já posei outras vezes, mas é estranho porque não estou muito acostumado, não me vejo como modelo. É quase como se me colocassem para fazer um esporte que eu não sei.” Mas seus fãs e quase 70 mil seguidores no Instagram sabem que ele dá conta, sim. “Não dou muita atenção para as mulheres que me chamam no inbox porque tenho namorada. Não é uma coisa tipo jogador de futebol, que não consegue nem ir ao shopping, mas às vezes rolam uns assédios nos campeonatos – ‘eu te amo’, ‘casa comigo’”, diz ele, que já ouviu até pedidos de garotas de autógrafo no corpo. “Acho legal, pelo menos estão reconhecendo o meu trabalho.”
Voltando ao skate, de Guaratinguetá ele se mudou em 2012 para Florianópolis, que já reunia nomes como Pedro Barros, seu amigo e hoje campeão mundial no skate park. Prestou vestibular para que os pais o deixassem ficar na cidade e acabou passando em psicologia e artes cênicas – se matriculou na última e frequentou as aulas por um semestre. Até que ligou para a mãe e jogou a real: esse esquema de focar 50% no skate e 50% nos estudos não o levaria muito longe. Ganharam as rodinhas, que passaram a ter 100% do seu tempo.
No rolê, mundo afora
Foguinho logo descolou patrocínio e, três anos depois, foi o campeão da última edição do Skate Generation, em Florianópolis, disputado pelos skatistas melhores ranqueados mundialmente. Rodou o mundo competindo: passou por Austrália, República Tcheca, Estados Unidos, França. Melhorou o inglês, com que hoje costura suas frases. Neste semestre, viaja para Nova York e Tóquio para gravar a terceira temporada do 4x Sk8, programa exibido pelo canal Off, que o acompanha com Pedro Barros, Murilo Peres e Vi Kakinho nos bastidores das competições e em pistas mundo afora. Os quatro são representantes de uma geração que vive uma mudança importante no skate. É a primeira vez que o esporte estará na Olimpíada, que acontece no próximo ano, em Tóquio.
Desde que passou a ocupar o calendário oficial do evento, um burburinho toma conta da modalidade. De um lado, há atletas ansiosos com a possibilidade de viver de maneira mais profissional agora que o país tem sua primeira seleção brasileira de skate, com salário, preparação técnica e participação em competições nacionais e internacionais. De outro, skatistas questionam o quanto entrar para um evento desse porte não fará com que o esporte perca parte da sua identidade original, o espírito urbano de uma modalidade que nasceu na rua e é praticada em galera. “Uns moleques vão crescer querendo ser campeões olímpicos, com os pais cobrando, sempre pensando em treino, equipamento. Não vão viver o skate original, que é o lifestyle, a cultura, as músicas”, defende Foguinho. Mesmo assim, ele quer marcar presença no Japão. “Com certeza! O Brasil vai trazer medalha, o bagulho vai ser louco!”, aposta, enquanto treina para participar dos campeonatos continental e mundial, que garantem pontos para a classificação olímpica.
Pensar no que essa cultura do skate engloba é um tema do qual Foguinho gosta de falar – e ele adora conversar, trocar ideia pelo tempo que for necessário. Ele tem trabalhado em um projeto de conteúdo, bem diferente dos usuais vídeos de manobras. “Isso você já encontra no Instagram. Quero mostrar o primeiro lugar em que o cara andou de skate na vida, o equipamento, o estilo de roupa que ele usa.” Até porque moda e skate têm uma ligação bem natural.
Foguinho escolheu todos os looks que usou para essas fotos – uma calça feminina comprada num brechó com remendo atrás, camisa com uma estampa costurada por ele, cueca vermelha, tênis e um par de meias amarelas. "Tem vezes que eu boto uma roupa zoada e não consigo andar de skate, me sinto mal, parece que não flui.” O cabelo, à la Tony Alva nos anos 70, merece a mesma atenção. Quando a maquiadora foi ajeitá-lo para a foto, escutou: “Não vai cortar, hein?”. É que, depois de um cabeleireiro aparar demais seus cachos, ele ficou traumatizado. “Não sei se vou deixar alguém relar no meu cabelo tão cedo”, diz o skatista, que adotou um creme para pentear indicado pela mãe.
Ainda sobre a cultura do esporte, há uma característica essencial: “O skateboard é uma família, a gente anda junto desde criança”, contou, enquanto fazia questão de varrer as folhas do bowl e usava seu skate como pá. Ele lembra da primeira e mais recente etapa do campeonato brasileiro de skate park, vencida em janeiro por Murilo Peres, em Florianópolis. “Ele é um cara que estava merecendo ganhar há muito tempo.” Quando Murilo foi anunciado vencedor, os skatistas invadiram o skatepark. “Você já viu alguém que perdeu entrar para levantar o adversário? No futebol, o segundo colocado não fala 'vocês tinham que ter ganhado’. Já o pessoal do skate ovaciona e mostra que esse moleque merece mesmo!”
Dancinha style
Ultimamente, quando não está sobre duas rodas, Foguinho cuida de Lupin Hendrix, um yorkshire que comprou com Gabi Lopes, 24 anos, sua namorada há nove meses. A modelo e atriz está incomunicável desde fevereiro, enquanto grava a nova temporada de O Aprendiz, reality da Band comandado por Roberto Justus. “Eu não queria namorar uma menina famosa porque as pessoas ficam em cima, todo mundo sabe o que você está fazendo. Mas com a Gabi bateu muito, achei ela agilizada, inspiradora. Me apaixonei.” Eles se conheceram no camarote de uma festa em que Felipe entrou de bico. “Ela estava lá, mó gata, e eu fiquei around. Tava tocando uma musiquinha style, fiz uma dancinha e ela veio falar comigo: 'E essa dancinha?’”, lembra. “Em camarote todo mundo fica se segurando, ninguém vive mesmo. Ela me viu vivendo e começou a dançar comigo.” Foguinho acha bonita a história dos pais, que estão há 30 anos juntos, e, no futuro, quer ter uma família tão legal quanto a sua – ele tem dois irmãos e uma irmã. “A gente veio ao mundo para aprender e ensinar, quero ter alguém para, desde pequeno, ir transformando para melhor.”
comemore seu aniversário na
Mega Roller Skate Park
A maior e melhor pista de
patinação sobre rodas do Brasil.
-
-
--in via tradutor do google
Highlighting a new generation of skaters, Felipe Foguinho spent an afternoon in the bowl with Tpm.
Felipe Caltabiano, or Felipe Foguinho, was 11 when he dropped a ramp for the first time with a skateboard he won from his father, from whom he inherited his nickname. It was in Guaratinguetá (SP), city where he grew up and that, in the 80's, was the mecca of national skateboarding. "On that day, I tried and fell without stopping, it was kind of crazy. It began to rain and I continued. When I got down the ramp, I ran to my mother and said, 'I'm never going to stop, I want to do this for the rest of my life!' ", Recalls Foguinho, 24 years old.
And so it has been, as he remembers in a bowl of São Paulo, where he made these photos for the Tpm - shirtless, but in pants, as he asked. "I'm a little embarrassed. I have other times, but it is strange because I am not very accustomed, I do not see myself as a model. It's almost as if they put me to do a sport that I do not know. "But his fans and almost 70,000 followers on Instagram know he does, yes. "I do not pay much attention to the women who call me in the inbox because I have a girlfriend. It's not a football-type thing, you can not even go to the mall, but sometimes there are a lot of slamming in the championships - 'I love you', 'marry me,' "he says, who has heard requests from autograph girls on body. "I think it's cool, at least they're recognizing my work."
Returning to skateboard, from Guaratinguetá he moved in 2012 to Florianópolis, which already had names like Pedro Barros, his friend and today world champion in skate park. He took the college entrance exam so that his parents would let him stay in the city and eventually passed in psychology and performing arts - he enrolled in the latter and attended classes for a semester. Until he called his mother and played reality: this scheme of focusing on 50% on skateboarding and 50% on studies would not take him very far. They won the wheels, which started to have 100% of their time.
I'm on the road, out in the world.
Foguinho soon took off sponsorship and, three years later, was the champion of the last edition of Skate Generation, in Florianópolis, disputed by the skaters best ranked worldwide. He ran the world competing: he went through Australia, Czech Republic, United States, France. Improved English, with which he sews his sentences today. In this semester, he travels to New York and Tokyo to record the third season of the 4x Sk8, a program shown by the Off channel, which accompanies him with Pedro Barros, Murilo Peres and Vi Kakinho on the sidelines of competitions and on tracks around the world. The four are representatives of a generation that lives a major change in skateboarding. It is the first time the sport will be in the Olympics, which takes place next year in Tokyo.
Since taking up the official calendar of the event, a buzz takes over the modality. On the one hand, there are anxious athletes with the possibility of living in a more professional way now that the country has its first Brazilian skateboarding team, with salary, technical preparation and participation in national and international competitions. On the other, skaters question how much to enter an event of this size will not cause the sport to lose part of its original identity, the urban spirit of a mode that was born on the street and is practiced in galera. "Some kids will grow up wanting to be Olympic champions, with parents charging, always thinking about training, equipment. They will not live the original skateboard, which is the lifestyle, the culture, the songs, "says Foguinho. Even so, he wants to make a presence in Japan. "Absolutely! Brazil will bring medal, the bag will be crazy! ", Bets, while training to participate in the continental and world championships, which guarantee points for the Olympic qualification.
Thinking about what this skateboard culture encompasses is a subject that Foguinho likes to talk about - and he loves to talk, to exchange ideas for as long as it takes. He has been working on a content project, quite different from the usual shuffling videos. "You already found it on Instagram. I want to show you the first place the guy ever skateboarded in life, the equipment, the style of clothing he wears. "Even because fashion and skateboarding have a natural connection.
Foguinho chose all the looks she used for these photos - a pair of women's trousers bought from a thrift store with a patch on the back, a shirt with a print sewn by him, red underwear, sneakers and a pair of yellow socks. "There are times when I wear a zapped outfit and I can not skate, I feel bad, it does not seem to flow." Her hair, in the 1970s, deserves the same attention. "I do not know if I'm going to let anyone read my hair anytime soon," says the skater, who says: "It's not going to cut, huh?" adopted a styling cream indicated by her mother.
Still about the culture of sport, there is one essential characteristic: "Skateboarding is a family, we have been together since we were kids," he said, while making a point of sweeping the leaves of the bowl and wore his skateboard as a shovel. He recalls the first and most recent stage of the Brazilian skate park championship, won by Murilo Peres in Florianópolis in January. "He's a guy who's been deserving to win for a long time." When Murilo was announced winner, the skaters invaded the skatepark. "Have you ever seen someone who missed coming in to lift the opponent? In soccer, the second place does not say 'you had to have won'. Already the skateboarding staff cheers and shows that this kid really deserves! "
Dance style
Lately, when she's not on two wheels, she takes care of Lupine Hendrix, a Yorkshire she bought with Gabi Lopes, 24, his girlfriend nine months ago. The model and actress has been incommunicado since February, while recording the new season of The Apprentice, reality of the Band commanded by Roberto Justus. "I did not want to date a famous girl because people get on top, everyone knows what you're doing. But with Gabi it hit a lot, I found it quick, inspiring. I fell in love. "They met in the stateroom at a party where Felipe came in. "She was there, milling cat, and I stood around. I was playing a little style song, I did a little dance and she came to talk to me: 'And this little dance?' ", She recalls. "In a cabin everybody keeps holding on, nobody really lives. She saw me living and began to dance with me. "Foguinho thinks the story of her parents who have been together for 30 years is beautiful, and in the future wants to have a family as cool as her own - he has two brothers and a sister. "We came to the world to learn and teach, I want to have someone to, from a small, transforming for the better."
Nenhum comentário:
Postar um comentário