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quarta-feira, 17 de abril de 2019

Derlayne Dias Roque, 31. Campeã brasileira e melhor atleta do Brasil no ranking mundial feminino de BMX Freestyle. -- Derlayne Dias Roque, 31. Campeã brasileira e melhor atleta do Brasil no ranking mundial feminino de BMX Freestyle.

A rotina da brasiliense Derlayne Dias Roque, 31, é corrida. Campeã brasileira e melhor atleta do país no ranking mundial feminino de BMX Freestyle, ela divide seu tempo entre os treinos, sua função de professora universitária e um doutorado em Geociências Aplicadas. 

Em um esporte pouco popular no Brasil, principalmente entre as mulheres, ela sonha com os Jogos Olímpicos de Tóquio. Alguns obstáculos colocam seu objetivo em risco.

Derlayne precisa conciliar não apenas o tempo, mas também as distâncias. A atleta dá aulas na Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Formosa, enquanto faz doutorado na Universidade de Brasília (UnB) a 80 km de distância. Além disso, ela treina em três pistas diferentes, dois Skate Parks no Riacho Grande e em Águas Claras, em Brasília, e uma pista de terra, em Formosa.



Interessada em trabalhar com o meio ambiente, ela se formou bacharel em Engenharia Ambiental, mas a dificuldade em conseguir emprego a levou a fazer mestrado em Geociências Aplicadas para poder dar aulas de licenciatura, área que a cativou após trabalhar em uma ONG e em um sítio, onde apresentava educação ambiental para públicos de várias idades. 

Seu período de estudos rendeu também uma passagem pela câmara dos deputados, onde atuou como estagiária durante a graduação em Engenharia Ambiental. "Lá, eu trabalhava na assessoria do Partido Verde, mas junto aos assessores, não tinha contato com os políticos. 

Eu auxiliava no desenvolvimento de pautas que seriam levadas para discussão. Eram todas as pautas de assuntos voltados para o meio ambiente", conta a atleta. Derlayne tinha como objetivo profissional a carreira acadêmica e o trabalho voltado ao meio ambiente, mas seu então namorado -- e hoje marido, Marcelo Roque -- a apresentou ao BMX e a ajudou a montar uma bicicleta. 

A partir de então, começou a conciliar também a modalidade em seu dia a dia. "Eu nem sabia o que era o esporte. Ele me falava que praticava e queria mostrar como era. Sempre gostei muito de esporte de aventura, de bastante ação. 

Quando eu vi a primeira vez, já quis praticar. Mas aí eu precisava de uma bicicleta, e a gente começou um processo de montar uma. Eu não tinha condições de comprar uma pronta, nova. Ele tinha algumas peças em casa, alguns amigos doaram peças também e outras que ficaram faltando, eu juntei um dinheiro e comprei", lembra Derlayne. 

Quando começou a praticar, há cerca de oito anos, eram poucas mulheres que competiam no país e foi justamente ao ver uma praticante em Brasília que Derlayne percebeu que também poderia competir, mas na época ainda não havia um campeonato nacional com categoria feminina. Logo na primeira edição, em 2018, ela se sagrou campeã.

"É uma coisa muito mais recente que o BMX masculino. Hoje em dia, como existe a questão muito mais forte da igualdade no esporte, quando se abre uma vaga para um campeonato existe a categoria feminina. Antigamente, não. 

A competitividade no masculino é muito maior, a gente não faz ideia de quantos homens tem andando de BMX no Brasil, são muitos, enquanto que meninas deve dar umas 30 ou 40, no máximo", explica Derlayne, que começou no esporte quando havia cerca de dez brasileiras. 

A conquista do Campeonato Brasileiro em setembro, na cidade paulista de Amparo, garantiu a ela o posto de melhor brasileira no ranking da UCI (União Ciclística Internacional), com a 42ª posição mundial, e uma vaga na primeira etapa da Copa do Mundo da modalidade, que acontece na próxima semana em Hiroshima, no Japão. 

Ela foi convocada pela Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC), mas não viajará, pois o projeto apresentado não foi aprovado pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), que nesta semana sofreu corte de repasses financeiros da Lei Piva. 

A disputa pela vaga olímpica de Tóquio no BMX Freestyle é restrita, com apenas nove vagas para mulheres, uma delas reservada ao país-sede. 

Seis vagas são distribuídas por um ranking que conta os resultados do país e as duas restantes para os dois melhores resultados do Campeonato Mundial, em novembro, na China. 

Sem competir nos eventos grandes, caem drasticamente as chances de pontuar no ranking e melhorar o nível técnico. "Eu não tenho patrocínio, não tenho como ir do meu bolso para um campeonato. Se a gente não tiver esse apoio da CBC, do COB, fica muito complicado para fazer o esporte acontecer. 

A Olimpíada já é no ano que vem. Se pegar o ranking internacional do BMX, tem países que participam de muitos campeonatos já há bastante tempo, tudo isso já vem somando pontos e a gente está atrasado, cada vez mais", lamenta. 

Pré-selecionada para disputar os Jogos Pan-Americanos, ela espera ter a oportunidade de viajar para as próximas competições internacionais, como a segunda etapa da Copa do Mundo em Montpellier, na França, no final de maio, em busca de se aproximar do sonho dos Jogos de Tóquio 2020. 

"Essa oportunidade do Brasil ir para as Olimpíadas seria incrível, não por mim, porque eu estou em primeira do ranking, mas qualquer outro atleta que pudesse participar. 

O esporte ganha visibilidade, cresce", finaliza a ciclista brasiliense.

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--in via tradutor do google
Derlayne Dias Roque, 31. Campeã brasileira e melhor atleta do Brasil  no ranking mundial feminino de BMX Freestyle.

Rubens Lisboa
Colaboração para o UOL, de São Paulo

A rotina da brasiliense Derlayne Dias Roque, 31, é corrida. Campeã brasileira e melhor atleta do país no ranking mundial feminino de BMX Freestyle, ela divide seu tempo entre os treinos, sua função de professora universitária e um doutorado em Geociências Aplicadas. 

Em um esporte pouco popular no Brasil, principalmente entre as mulheres, ela sonha com os Jogos Olímpicos de Tóquio. Alguns obstáculos colocam seu objetivo em risco.

Derlayne precisa conciliar não apenas o tempo, mas também as distâncias. A atleta dá aulas na Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Formosa, enquanto faz doutorado na Universidade de Brasília (UnB) a 80 km de distância. Além disso, ela treina em três pistas diferentes, dois Skate Parks no Riacho Grande e em Águas Claras, em Brasília, e uma pista de terra, em Formosa.

Interested in working with the environment, she graduated with a bachelor's degree in Environmental Engineering, but the difficulty in getting a job led her to a Masters degree in Applied Geosciences to be able to teach undergraduate courses, an area that captivated her after working at an NGO and a site , where he presented environmental education for audiences of various ages.

Her period of studies also yielded a passage through the chamber of deputies, where she acted as trainee during the graduation in Environmental Engineering. "There, I worked for the Green Party, but with the advisors I had no contact with politicians.

I assisted in the development of guidelines that would be brought up for discussion. Derlayne had as her professional objective the academic career and the work focused on the environment, but her then boyfriend - and now husband, Marcelo Roque - presented it to the BMX and helped her ride a bike.

From then on, he began to conciliate the modality in his day to day. "I did not even know what the sport was about, he told me he practiced and wanted to show me what it was like.

When I first saw it, I wanted to practice. But then I needed a bike, and we started a process of putting together one. I could not afford a new, ready one. He had some pieces at home, some friends donated pieces as well and others that were missing, I collected some money and bought it, "remembers Derlayne.

When she began practicing, about eight years ago, there were few women who competed in the country and it was just when she saw a female practitioner in Brasilia that Derlayne realized she could also compete, but at the time there was still no national championship with a female category. Soon in the first edition, in 2018, she was champion.

"It's a lot more recent than the men's BMX." Nowadays, since there is a much stronger issue of equality in sport, when you open a seat for a championship there is a female category.

The competition in the men is much bigger, we have no idea how many men have been walking BMX in Brazil, there are many, while girls should give about 30 or 40 at most, "explains Derlayne, who started in the sport when there were about of ten Brazilian women.

The achievement of the Brazilian Championship in September, in the city of São Paulo, Amparo, guaranteed her the position of best Brazilian in the ranking of the UCI (International Cycling Union), with 42nd position in the world, and a place in the first stage of the World Cup of the modality , which takes place next week in Hiroshima, Japan.

It was called by the Brazilian Cycling Confederation (CBC), but will not travel, because the project presented was not approved by the Brazilian Olympic Committee (COB), which this week suffered a cut of financial transfers from the Piva Law.

The competition for the Tokyo Olympic wave on BMX Freestyle is restricted, with only nine places for women, one reserved for the host country.

Six places are distributed by a ranking that counts the results of the country and the remaining two for the two best results of the World Championship in November in China.

Without competing in big events, the chances of scoring in the ranking and improving the technical level drastically fall. "I do not have sponsorship, I can not go out of my pocket for a championship. If we do not have this support from CBC, the COB, it's very complicated to make the sport happen.

The Olympics are already next year. If you take the international BMX ranking, there are countries that have participated in many championships for a long time, all this has been adding points and we are behind, more and more, "he laments.

Pre-selected to play in the Pan American Games, she hopes to have the opportunity to travel to the next international competitions, such as the second round of the World Cup in Montpellier, France, at the end of May, in search of approaching the dream of the Tokyo Games 2020.

"This opportunity for Brazil to go to the Olympics would be incredible, not for me, because I am in first place, but any other athlete who could participate.

The sport gains visibility, grows ", ends the Brazilian cyclist.

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