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sexta-feira, 19 de abril de 2019

Como eu fui treinar roller derby, a porradaria sobre patins entre mulheres. 3/3, final. ----- As I went to train roller derby, the skating stunt between women. 3/3, end.

Fora homens!

Para criar um ambiente acolhedor para as mulheres, não é permitido aos homens participar dos jogos. Existem, no entanto, alguns times exclusivamente masculinos e ligas que aceitam homens durante os treinos. Mas os jogos para valer e os campeonatos são território proibido para os garotos.



Nos treinos dos quais participei, tinha apenas um rapaz, o físico Flávio Lídio de Oliveira, 26, que pratica o esporte desde o começo do ano. "Conheci por meio de uma amiga que jogava, vi o quanto aquilo mudou a vida dela, então quando acabei a faculdade, resolvi começar a treinar", conta. Ele diz que encara com tranqüilidade o fato de não poder participar dos jogos. "Os homens podem ser juizes e acompanhar no apoio as jogadoras, espero poder fazer isso, mas já é bom poder jogar pelo menos nos treinos."

Sedentário autodeclarado, Flávio viu no roller derby um espaço onde poderia praticar uma atividade física e ser ele mesmo, assim como acontece entre as mulheres. "O ambiente de esporte masculino é muito tóxico, tem muito do que esperam de como você age. Achei muito melhor entrar em um espaço onde não esperam que você aja de qualquer forma que seja, ter apenas mulheres e sem julgamentos foi um facilitador para que eu pudesse praticar um esporte", afirma.

Carvalho, que praticou esportes "masculinos" antes, como futebol, concorda: "Você não precisa usar uma máscara no roller como você tem que fazer nos outros esportes, em que você tem que se impor, tem que ser machão", diz. "É bom estar em um lugar onde você pode ser você sem se preocupar com ninguém."

Ex-jogadora de hóquei sobre o gelo nos Estados Unidos, a professora norte-americana Cory Blasingame, 34, sentiu na pele a toxicidade de praticar uma modalidade dominada por homens. "Eles eram muito machistas, rudes com as mulheres nos treinos. No roller, todo mundo fica feliz de te ver ali, tem uma diferença brutal", afirma. Na gringa, Blasingame jogava pelo Atlanta Roller Derby, que tem um time masculino.


"Metade das garotas apoia o time masculino, e metade não gosta deles. E eu entendo o porquê. Elas dizem que os homens já têm tudo, então será que não podemos pelo menos ter esse esporte? Elas sentem que deixar os homens jogar significa que elas não podem ter algo que seja só delas", explica. "Eu tenho amigos que jogam lá e apoio, porque o roller derby é um esporte legal. Todo mundo devia jogar", diz.

Um esporte amador

Apesar de ser parte importante da vida de quem pratica, o roller derby não é um esporte profissional. Há, no entanto, um debate grande na comunidade e entre as ligas sobre o dia em que a modalidade puder se tornar um esporte olímpico, por exemplo, e as atletas forem consideradas profissionais.

O lado bom seria receber patrocínio e incentivo. Como todo esporte amador, quem pratica sofre para conseguir organizar campeonatos e oferecer infraestrutura e equipamento adequado para as jogadoras. "Esporte no Brasil já é difícil. Se as mulheres no futebol já sofrem, imagina a gente que, na cadeia alimentar dos esportes, está lá embaixo", diz Folco.

Atualmente, as ligas cobram uma mensalidade (cerca de R$ 100 no caso das Ladies) das participantes para poder promover os jogos e, eventualmente, viagens para campeonatos internacionais. O Brasil participou das três únicas Copas do Mundo que aconteceram (2011, 2014 e 2018), e tudo é custeado pelas próprias jogadoras.

"O esporte amador toma muito da gente, é tempo, dinheiro e muito trabalho para se dedicar", afirma Mitie, que entrou para a seleção em 2013. "Apesar de não ser profissional, eu me considerava uma atleta, porque tinha uma rotina de treino muito rigorosa, treinava, quatro vezes por semana pelo menos por horas, era uma jornada muito intensa", conta.

Para ela, depois da Copa de 2011, as brasileiras voltaram com mais sangue nos olhos para ganhar. "Elas voltaram com uma postura diferente e viram que a parada não era colocar um tutu ficar lá se batendo. Passou a ter mais disciplina e, como eu era uma das pioneiras, isso foi tomando conta da minha vida", diz.

Apesar de ser encarado como um hobby por muitas, é um divertimento que custa caro e toma tempo. "Fiquei muitos anos nisso, quase seis, e o resto da minha vida tinha ficado para trás, achei que era hora de parar. Aprendi muita coisa por ser um esporte coletivo, mas todo ano entra um time novo, porque é amador, não tem uma estrutura profissional, então foi desgastando a relação", conta Mitie.



O fato de ser amador e tudo ficar sob responsabilidade das jogadoras, no entanto, é o que torna o roller derby acolhedor do jeito que é. "Existem pessoas que querem que se profissionalize, mas pessoalmente, prefiro que continue como está, porque, para mim, não é um hobby, mas é minha paixão. Se virar uma modalidade profissional vai virar um emprego. 




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--in via tradutor do google
As I went to train roller derby, the skating stunt between women. 3/3, end.

Off with men!

To create a welcoming environment for women, men are not allowed to participate in games. There are, however, some exclusively male teams and leagues that accept men during training. But the real games and the championships are forbidden territory for the boys.

In the training I participated in, I had only one young man, the physicist Flávio Lídio de Oliveira, 26, who has been practicing the sport since the beginning of the year. "I met with a friend who played, I saw how much that changed her life, so when I finished college, I decided to start training," he says. He says he is calm about not being able to play. "Men can be judges and follow in supporting the players, I hope to do that, but it's good to be able to play at least in training."

Self-declared sedentary, Flavio saw in the roller derby a space where he could practice physical activity and be himself, as it happens among women. "The men's sport environment is very toxic, it has a lot of expectations for how you act. I found it much better to enter a space where you are not expected to act in any way whatsoever, to have women only and without judgments was a facilitator for I could practice a sport, "he says.

Carvalho, who has played "male" sports before, like soccer, agrees: "You do not have to wear a rollercoaster mask like you have to do in other sports, where you have to impose yourself, you have to be macho," he says. "It's good to be in a place where you can be you without worrying about anyone."

Former US ice hockey player Cory Blasingame, 34, has felt the toxicity of practicing a male-dominated sport. "They were very macho, they were rude to women in training. On rollercoasters, everyone is happy to see you there, it has a brutal difference," he says. In the gringa, Blasingame was playing for the Atlanta Roller Derby, which has a men's team.

"Half the girls support the men's team, and half do not like them, and I understand why they say that men already have everything, so can not we at least have that sport?" They feel that letting men play means they can not have something that is just theirs, "he explains. "I have friends who play there and support, because roller derby is a cool sport. Everyone should play," he says.

An amateur sport

Despite being an important part of the lives of those who practice, roller derby is not a professional sport. There is, however, a big debate in the community and between the leagues about the day the sport can become an Olympic sport, for example, and the athletes are considered professionals.

The good side would be receiving sponsorship and encouragement. Like any amateur sport, who practices suffers to be able to organize championships and to offer infrastructure and equipment suitable for the players. "Sport in Brazil is already difficult. If women in football already suffer, imagine the people who, in the sports food chain, are down there," says Folco.

Currently, the leagues charge a monthly fee (about R $ 100 in the case of the Ladies) of the participants in order to promote the games and eventually trips to international championships. Brazil participated in the only three World Cups that took place (2011, 2014 and 2018), and everything is funded by the players themselves.

"The amateur sport takes a lot of people, it's time, money and a lot of work to do," says Mitie, who joined the team in 2013. "Although I was not a professional, I considered myself an athlete because I had a routine. very strict training, trained, four times a week at least for hours, was a very intense journey, "he says.

For her, after the 2011 World Cup, the Brazilians came back with more blood in their eyes to win. "They came back with a different attitude and saw that the stop was not to put a tutu to stay there beating." He started to have more discipline and as I was one of the pioneers, that was taking care of my life, "he says.

Despite being regarded as a hobby by many, it is a fun that costs dear and takes time. "I spent many years in this, almost six, and the rest of my life was behind me, I thought it was time to stop. I learned a lot for being a collective sport, but every year a new team comes in, because it's amateur, a professional structure, then it was eroding the relationship, "says Mitie.

The fact that she's an amateur and it all comes under the responsibility of the players, however, is what makes the roller derby cozy the way it is. "There are people who want me to become a professional, but I personally prefer it to continue as it is because, for me, it is not a hobby, but it is my passion. Turning into a professional modality will become a job.


part 1/3

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