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segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

A idade ideal para competir: skatistas mirins fazem sucesso nas competições nacionais. -- The ideal age to compete: junior skaters are successful in national competitions

Os irmãos Martello começaram a competir no skate aos 2 anos e retratam o início da carreira de muitos skatistas que, ainda crianças, podem estar nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

A primeira vez que Eiki Martello ficou em pé não foi no chão, mas em cima de um skate, aos 11 meses de vida. A partir daí, os pais perceberam uma habilidade fora do comum e criaram condições para o filho desenvolver uma capacidade que chamava atenção no esporte. Hoje, o que Eiki e os dois irmãos têm de habilidade ainda não têm de idade. Eiki, 6 anos, Kevin, 5 anos, e Kemily, 3 anos, respiram skate em casa, em São Carlos, interior de São Paulo, onde o pai Fábio Martello construiu uma rampa para diversão e treinamento das crianças. Uma infância que lembra o início da carreira de Victoria Bassi, com 11 anos e já integrante da seleção brasileira de skate, na modalidade Park, de olho nos Jogos Olímpicos. E que desperta o questionamento: não seria muito cedo para competir?

- Vai ser normal crianças de 11 até 14 anos se destacando no esporte. A questão é: será que elas estão prontas para serem exigidas perfomance? O que mostra a literatura é que não – explica o médico Gustavo Maglioca.

O Esporte Espetacular foi conhecer, em São Carlos, os irmãos Martello: as crianças que têm, no skate, praticamente uma extensão do próprio corpo. Quando passeiam com os pais, se locomovem em cima de quatro rodinhas, “porque andando normalmente se cansam mais”, segundo a mãe Jéssica.

- Eu já dropei uma rampa grande e até um halfão de quatro metros – contou Eiki.

- Meu pai me ensinou desde bebezinho. E a gente ficou crescendo, aí a gente ficou treinando todo dia até a gente melhorar – explicou Kevin, que quer ser como o irmão.

Eiki, Kevin e Kemily são frequentemente convidados para as grandes competições de skate no país e fazem sucesso. Eiki, o mais velho, chama atenção pelo dread no cabelo que ostenta desde os 3 anos. Kemily, compete desde os 2 aninhos, quando ainda usava chupeta. E Eiki, só no ano passado, participou de dez competições, vencendo oito.

O Brasil, ao lado dos Estados Unidos, é dominante no cenário internacional do skate. E com a inclusão do esporte no programa olímpico, e os riscos de lesão devido aos saltos e quedas, o limite de idade é uma questão. O Comitê Olímpico Internacional não restringe idade para a participação nos Jogos, cabe à federação internacional de cada esporte definir. E o presidente da Federação Internacional de Skate considera que este esporte é diferente das outras modalidades nesta questão.



 Para nós, não há uma idade mínima, porque o nosso esporte é muito espontâneo, surgiu das ruas e não é como os outros esportes em termos de estresse. Você pode ver várias crianças competindo de forma espontânea, sem ninguém pressionando – explicou Sabatino Aracu, presidente da World Skate.

A paulista Victoria Bassi é um exemplo da espontaneidade que evoluiu para uma carreira precoce. Aos 11 anos, já tem uma rotina de atleta profissional. Terminou o ano de 2018 em quarto lugar do ranking nacional na categoria Park e este mês foi convocada pela primeira vez para a seleção brasileira, com foco nos Jogos de Tóquio 2020. O Brasil formou duas seleções das modalidades do skate que vão estrear nas Olimpíadas: Park, onde Victoria compete, e Street, que tem também, entre as cinco atletas convocadas, dois talentos precoces: Rayssa Leal, a Fadinha, de 11 anos, e Virgínia Fortes Águas, de doze.

- Eu prefiro minha filha fazendo esporte do que grudada num computador dentro de casa. E eu levo ela pro pilates, levo para os exames periodicamente. A gente procura também esse lado de não prejudicar. Não sou contra isso – contou Tiago Bassi, pai de Victoria, que, mesmo com dificuldades financeiras, busca apoio da escola, de rifas e amigos para garantir à filha as condições de treino e saúde.

Bob Burnquist , o maior nome do skate brasileiro e ícone internacional, é o presidente da Confederação Brasileira. Também para ele, o skate não deve ter limite de idade, mas a expectativa e pressão devem ser gerenciadas.

- Toda criança tem que andar de skate. Quanto mais cedo, até melhor. Agora se você leva para o lado de que a criança vai ser olímpica, vai sustentar a família, essa pressão precoce não é legal, em nenhuma idade – disse Bob.

Por enquanto, a regra é não ter pressão e não ter limites para sonhar. A pista está aberta para as brincadeiras e os desejos. E quem sabe um grande atleta possa surgir daí.

- O meu maior sonho é ir para as Olimpíadas, e descer a Mega Rampa – disse Victoria.




A maior pista de patinação sobre rodas do Brasil.

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--in via tradutor do google
The ideal age to compete: junior skaters are successful in national competitions

The Martello brothers started competing on skateboarding at the age of 2 and portray the early career of many skateboarders who, as children, may be at the Tokyo Olympics.

The first time Eiki Martello got to his feet was not on the floor, but on a skateboard, at 11 months of age. From there, parents perceived an unusual ability and created conditions for the child to develop a capacity that attracted attention in sports. Today, what Eiki and the two brothers have in ability are still not of age. Eiki, age 6, Kevin, age 5, and Kemily, 3, breathe skate at home in São Carlos, São Paulo, where his father Fábio Martello built a ramp for fun and training of children. A childhood that recalls the beginning of the career of Victoria Bassi, 11 years old and already a member of the Brazilian skateboarding team, Park, with an eye to the Olympic Games. And that raises the question: would not it be too early to compete?

- It will be normal for children 11 to 14 years old to excel in the sport. The question is: are they ready to be required perfomance? What the literature shows is that no, explains the doctor Gustavo Maglioca.

The Spectacular Sport was to meet, in São Carlos, the Martello brothers: children who have, on skateboard, practically an extension of their own body. When they walk with their parents, they move on four wheels, "because walking usually gets more tired," according to Ms. Jessica.

"I've already dropped a large ramp and up to one-half-mile," Eiki said.

"My father taught me since I was a baby. And we grew up, so we got trained every day until we got better, "explained Kevin, who wants to be like his brother.

Eiki, Kevin and Kemily are often invited to the great skate competitions in the country and are successful. Eiki, the older, draws attention to the dread in his hair since he was 3 years old. Kemily, has competed since he was 2 years old when he still had a pacifier. And Eiki, only last year, participated in ten competitions, winning eight.

Brazil, alongside the United States, is dominant in the international skate scene. And with the inclusion of sport in the Olympic program, and the risk of injury due to jumps and falls, the age limit is an issue. The International Olympic Committee does not restrict age for participation in the Games, it is up to the international federation of each sport to define. And the president of the International Skate Federation believes that this sport is different from the other modalities in this issue.

 For us, there is no minimum age, because our sport is very spontaneous, has emerged from the streets and is not like other sports in terms of stress. You can see several kids competing spontaneously, with no one pressing - explained Sabatino Aracu, president of World Skate.

Pauli Bassi is an example of the spontaneity that has evolved into an early career. At age 11, she already has a professional athlete routine. It ended 2018 in fourth place in the national ranking in the Park category and this month was called for the first time for the Brazilian team, focusing on the Tokyo Games 2020. Brazil formed two selections of the modalities of the skate that will debut in the Olympics: Park, where Victoria competes, and Street, who also has, among the five invited athletes, two early talent: Rayssa Leal, Fadinha, 11 years old, and Virgínia Fortes Águas, twelve.

"I prefer my daughter playing sports than sticking to a computer in the house." And I take her to Pilates, I take her exams periodically. We also look for this side of not harming. I'm not against it, "said Tiago Bassi, Victoria's father, who, despite financial difficulties, seeks support from the school, raffles and friends to guarantee her daughter the conditions of training and health.

Bob Burnquist, the biggest name of the Brazilian skateboard and international icon, is the president of the Brazilian Confederation. Also for him, the skateboard should have no age limit, but the expectation and pressure must be managed.

- Every kid has to skate. The sooner, the better. Now if you take the side of that child will be Olympic, will support the family, this early pressure is not legal at any age - said Bob.

For now, the rule is to have no pressure and no limits to dream. The lane is open for jokes and desires. And maybe a great athlete might come from there.

"My biggest dream is to go to the Olympics and get down to Mega Ramp," Victoria said.

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