Ouça o texto

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Karen Jonz: 'Olimpíada precisa mais do skate do que skate da Olimpíada'. -- Karen Jonz: 'Olympics need skateboarding more than Olympics'.

Tetracampeã mundial, atleta diz que não abre mão de viver sua vida para disputar Tóquio 2020 e pede mais inclusão no esporte que pratica.

Tetracampeã mundial de skate, designer, cantora, youtuber e mãe. Aos 34 anos, Karen Jonz é aquele tipo de pessoa que não consegue ficar parada. E busca a perfeição em tudo o que faz. Até por isso, ela não tem papas na língua na hora de se mostrar insatisfeita com algumas situações em que tem vivenciado. Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 são uma dessas "pedras no sapato" dela.

Karen já mudou de ideia algumas vezes em relação a disputar a vaga olímpica ou não, até porque sua categoria, a Vertical, não estará no programa da competição no ano que vem, o que a deixa "sem expectativa" para se classificar. Além disso, ela vê "a Olimpíada precisando mais do skate do que o skate da Olimpíada".

"É um esporte que entra para trazer renovação, o pessoal mais novo gosta de ver, gosta de praticar. Eu tenho dúvidas se a população mais jovem gosta de assistir aos Jogos Olímpicos hoje em dia. Com o skate lá, vai ser um atrativo a mais", declarou ela, que estrela a nova campanha da Audi no Brasil.


Em bate-papo com a reportagem do R7, a atleta ainda pediu uma maior inclusão no esporte e não poupou nem mesmo a Confederação Brasileira da Skate, a qual estaria focada apenas nos Jogos Olímpicos, "deixando de lado" as outras categorias.

R7: Você chegou, através de seu canal no Youtube, a desistir oficialmente da vaga nas Olimpíadas. Porém, parece que voltou atrás. Como está a sua situação agora?

Karen Jonz: É um momento delicado para mim. Eu já tinha decidido não ir, mas acabei não aguentando. Participei de uma competição faz pouco tempo, nesse final de semana já vou para a etapa do Brasileiro em Porto Alegre. Eu estou sem criar expectativas, mas posso falar que estou na disputa.

R7: Por que prefere não criar expectativas?

KJ: Skate para mim sempre foi leve, meu meio de me expressar. Eu não abro mão de viver a minha vida, da minha filha, para focar na Olimpíada. Para mim, esporte não é só campeonato. Participar da Olimpíada não é meu foco de maneira alguma, então eu estou levando isso da mesmo jeito que eu sempre levei a minha vida.

R7: E no que está focada no momento?

KJ: Eu penso sempre como um todo. E até por isso estou me dedicando a outros tipos de projetos, como um documentário, uma série de skate, que vai mostrar o outro lado do esporte, focando sempre nas mulheres. Como tem Olimpíada no ano que vem e o lado competitivo está muito em evidência, eu quero mostrar um pouco o outro lado, o motivo original do skate, o prazer de andar de skate. Foi isso que me interessou no esporte e eu quero que as pessoas pensem nisso também.

R7: Você é tetracampeã mundial no Vertical, uma categoria que não está no programa olímpico. Rola uma frustração de ter que se adaptar para uma outra categoria?

KJ: Todo mundo sabe que o estilo Vertical era muito mais apropriado para a Olimpíada do que o Park, mas foi optado pelo Park. Foi uma surpresa para todo mundo. Mas por um outro lado foi bom, já que o Park é mais inclusivo, mais meninas conseguem andar. Eu gostaria muito de representar o Brasil na minha categoria principal, mas isso não depende de mim. Até por isso eu tento me adaptar e estou tentando uma vaga, mas sem me cobrar muito para conseguir a vida.

R7: Você acredita mesmo que o Vertical seria o mais indicado para o programa olímpico?

KJ: Eu acho que o Vertical teria uma solução mais fácil, porque ele é mais reto, é mais óbvio, o julgamento é mais claro. Foi bem estranha essa decisão, porque o Park é difícil de julgar, são muitos quesitos, velocidade, estilo, quanto a manobra corre. São muitas variantes. Mas eu acho que o skate tem essa variável.

R7: Confesso que fiquei um pouco surpreso quando vi que o skate faria parte das Olimpíadas a partir de 2020. Até por ver o skate mais como estilo de vida do que realmente como esporte competitivo. Como você viu essa inclusão?

KJ: Ao mesmo tempo que tem o skatista mais focado para competição, tem também o free rider. Já faz tempo que está tomando um rumo que a gente não sabe aonde vai parar. Mas o skate tem muito potencial para brilhar na Olimpíada. Na verdade a Olimpíada precisa mais do skate do que o skate da Olimpíada, porque é um esporte que entra para trazer renovação, o pessoal mais novo gosta de ver, gosta de praticar. Eu tenho dúvidas se a população mais jovem gosta de assistir a Olimpíada hoje em dia. Com o skate lá, vai ser um atrativo a mais.

R7: Até por não ter disputado todas as etapas do circuito brasileiro, como enxerga as suas chances de estar em Tóquio?

KJ: Todo mundo tem chance igual. Claro que as meninas que competiram o circuito inteiro têm mais chance, porque somaram mais pontos, mas estamos na disputa. A cada competição que eu vou, é 100% do meu bolso. Atualmente eu não tenho patrocinador desse tipo, então eu que assumo tudo. Mas eu sei que eu incomodo, que a minha presença assusta um pouco as outras atletas, então nós vamos tentar.

R7: Como assim? Você não recebe nenhum tipo de apoio? Nem mesmo da Confederação?

KJ: A Confederação está totalmente focada na Olimpíada. Está vindo uma verba do Governo e isso está sendo aproveitado neste momento. Mas eu espero que nos próximos momentos se tenha atenção também com outras categorias, que não estão no programa olímpico. Espero que consiga ter uma organização melhor. Se isso acontecer, vai ser melhor para todo mundo. Mas eu nunca dependi de confederação para nada e não será agora que eu vou depender. É realmente bem desafiador disputar competições sem nenhum suporte.

R7: Já com 34 anos e uma verdadeira lenda do skate. O que te motiva hoje em dia a continuar competindo?

KJ: Eu busco uma maior inclusão dentro do skate. Eu vi na minha trajetória várias meninas tendo que parar para ajudar a mãe, ter que trabalhar. As mulheres nunca tiveram muito espaço. No meu caso, eu sou branca e loira, mas imagine a situação da minha amiga, que era preta e pobre. Ela teve muito mais dificuldades que eu e simplesmente parou de andar. E não é só um caso, eu posso dizer mais de 100. É uma coisa que me dói muito até hoje e tudo que eu puder fazer para ajudar através dos meus projetos eu vou fazer. Se eu pudesse desejar alguma coisa para o skate, eu desejaria a inclusão de mais classes sociais. Eu gostaria que tivesse mais oportunidades para essas pessoas.




na Mega Roller Skate Park, os cenários mais misteriosos,
e talvez os mais assustadores.

Festa de aniversário,
comemore seu aniversário na
Mega Roller Skate Park.


Venha conhecer a, 

maior e melhor pista de 

patinação sobre rodas do Brasil,



Mega Roller Skate Park.


Sinta-se livre para me deixar uma menssagem na rede social em,

arroba, mega, zero, sete, nove, nove, três, seis, sete, oito, ,

aguardamos seu contato.

-
 Diga não a notícia falsa.
-
-
Esta reportagem tem a garantia de apuração 
do endereço do LINK abaixo.
-
This report is guaranteed to verify 

the address of the LINK above

fonte da notícia no link, 
em seguida, o texto no idioma, inglês, 









--in via tradutor do google


Four-time world champion, athlete says he does not give up living his life to play Tokyo 2020 and calls for more inclusion in the sport he practices.

Four-time world skate champion, designer, singer, youtuber and mom. At 34, Karen Jonz is that kind of person who can't stand still. And strives for perfection in everything you do. Even so, she has no tongue in time to be dissatisfied with some situations in which she has experienced. The Tokyo 2020 Olympic Games are one of those "shoe stones" of hers.

Karen has changed her mind a few times about whether to run for the Olympic seat or not, because her category, Vertical, will not be on the competition program next year, leaving her "without expectation" to qualify. In addition, she sees "the Olympics in need of skateboarding more than the Olympics."

"It's a sport that comes in to bring renewal, younger people like to see, like to practice. I have doubts if the younger population likes to watch the Olympic Games nowadays. With the skate there, it will be an attraction to more, "she said, which stars in Audi's new campaign in Brazil.


In chat with the report of R7, the athlete even asked for a greater inclusion in the sport and did not spare even the Brazilian Confederation of Skate, which would be focused only on the Olympic Games, "leaving aside" the other categories.

A7: You have, through your YouTube channel, officially given up on the place at the Olympics. However, it seems to have gone back. How is your situation now?

Karen Jonz: It's a delicate moment for me. I had already decided not to go, but I couldn't stand it. I participated in a competition not long ago, this weekend I'm going to the Brazilian stage in Porto Alegre. I have no expectations, but I can say that I am in contention.

R7: Why do you prefer not to set expectations?

KJ: Skateboarding for me has always been light, my way of expressing myself. I do not give up living my life, my daughter, to focus on the Olympics. For me, sport is not just championship. Participating in the Olympics is not my focus at all, so I'm taking it the same way I've always taken my life.

R7: And what is focused on at the moment?

KJ: I always think as a whole. And that's why I'm dedicating myself to other projects, such as a documentary, a skateboarding series, which will show the other side of the sport, always focusing on women. Since there is an Olympics next year and the competitive side is very much in evidence, I want to show you the other side, the original motive of skateboarding, the pleasure of skateboarding. That's what interested me in sports and I want people to think about it too.

A7: You are a four-time world champion in Vertical, a category that is not on the Olympic program. Is there a frustration of having to adapt to another category?

KJ: Everyone knows that the Vertical style was much more appropriate for the Olympics than Park, but it was Park. It was a surprise to everyone. But on the other hand it was good, since Park is more inclusive, more girls can walk. I would very much like to represent Brazil in my main category, but that is not up to me. Even so I try to adapt and I am trying a vacancy, but without charging too much to get a life.

A7: Do you really believe that Vertical would be the most suitable for the Olympic program?

KJ: I think Vertical would have an easier solution because it's straighter, it's more obvious, the judgment is clearer. This decision was very strange, because Park is hard to judge, there are many requirements, speed, style, how much the maneuver runs. There are many variants. But I think skateboarding has this variable.

A7: I confess that I was a little surprised when I saw that skateboarding would be part of the Olympics from 2020. Even seeing skateboarding more as a lifestyle than really as a competitive sport. How did you see this inclusion?

KJ: While there's the most focused skater for competition, there's also the free rider. It's been a long time since it's taking a turn that we don't know where it will end. But skateboarding has a lot of potential to shine at the Olympics. In fact the Olympics need skateboarding more than the Olympics skate because it is a sport that comes in to bring renewal, younger people like to see, like to practice. I have doubts if the younger population likes to watch the Olympics today. With the skateboard there, it will be an added attraction.

A7: Even because you haven't played all the stages of the Brazilian circuit, how do you see your chances of being in Tokyo?

KJ: Everyone has an equal chance. Of course the girls who competed in the whole circuit have a better chance because they got more points, but we are in contention. Every competition I go to is 100% of my pocket. I don't currently have such a sponsor, so I take it all. But I know I bother, that my presence scares the other athletes a little, so we'll try.

R7: What do you mean? Do you not receive any support? Not even from the Confederation?

KJ: The Confederation is fully focused on the Olympics. Government funding is coming, and it is being tapped right now. But I hope that in the next few moments attention will also be paid to other categories, which are not in the Olympic program. I hope you can have a better organization. If this happens, it will be better for everyone. But I never depended on confederation for anything and it won't be now that I will depend. It is really quite challenging to play competitions without any support.

R7: Already 34 years old and a true skateboard legend. What motivates you today to keep competing?

KJ: I seek greater inclusion within the skate. I saw in my career several girls having to stop to help their mother, to have to work. Women have never had much space. In my case, I'm white and blond, but imagine the situation of my friend, who was black and poor. She had a lot more difficulties than me and just stopped walking. And it's not just a case, I can say over 100. It's something that hurts me so much to this day and everything I can do to help through my projects I will do. If I could wish for something to skate, I would want to include more social classes. I wish I had more opportunities for these people.

Nenhum comentário:

Postar um comentário