Esse é o ideal do coletivo Britney's Crew, que nasceu no Rio de Janeiro, em 2016, com o objetivo de movimentar a cena do skate feminino.
"Nossa intenção é dar ênfase para as meninas que não estão sendo vistas, porque o coletivo, hoje, tem muita visibilidade.
Queremos abraçar quem não tem espaço, a lésbica, a mina que já é mãe, a que está moçada no interior, a nordestina.. A galera que não é vista", afirma Thayná Gonçalves, 23 anos, uma das criadoras do movimento.
Outro trabalho que as meninas fazem é ajudar as skatistas que participam de campeonatos e, muitas vezes, não têm dinheiro para a inscrição, para a passagem ou hospedagem.
O dinheiro conseguido pelo grupo vindo de parcerias com marcas é usado para financiar isso, além de ajudar financeiramente as próprias meninas que trabalham pelo funcionamento do coletivo e nas ações que ele promove.
Elas agem, ainda, como intermediárias entre skatistas que precisam de apoio e empresas que podem se interessar por investir no esporte.
"Tem os casos da Giovana Dias e da Atali Mendes, por exemplo. A Atali tem mais de 90 mil seguidores no Instagram e as marcas não chegam nela para parcerias. Ou então chegam, mas não no valor que ela merece, não oferecendo o suporte de que ela precisa. Então, trabalhamos nisso também, criamos apresentações das skatistas e entramos em contato com as marcas. Queremos ajudar e fazemos isso como podemos", conta Thayná.
Além do apoio financeiro, ela diz que é importante manter a união das meninas no skate -modalidade em que os homens ainda têm muitos privilégios. "Muita coisa já mudou, mas ainda há muito a ser mudado. No ano passado, por exemplo, teve uma competição em que o menino ganhou o triplo do prêmio da menina. Temos que continuar batendo nessa tecla, expor essa situação, cobrar as marcas. Temos o mesmo potencial que eles.
Ela diz que os próprios homens ainda oferecem resistência às meninas que se aventuram no skate. "Principalmente se a menina vai andar sozinha. Por isso sempre vamos juntas. Ou eles dão em cima, ou dizem que a gente é modinha. Recebemos relatos diários sobre isso. Precisamos chegar em bonde para impactar."
Apesar disso, Thayné lembra que teve sorte. Começou a andar de skate aos 13 anos, quando morava perto de uma pista. "Eu via a galera andando e queria também. A galera me abraçou demais, eu era a mascotinha, a única menina, e os meninos sempre cuidavam de mim. Fizeram o possível para me ajudar", conta ela, destacando que foi uma "criança muito feliz" e que sempre pôde contar com o apoio dos pais.
Skate elitizado
Em 2020, o skate vai estrear como esporte olímpico, nas Thayná não vê a novidade -celebrada por tantos atletas- como algo totalmente positivo. "Tem o pró e o contra", pondera. "O skate olímpico é muito elitizado, é difícil ter oportunidade. No ano passado, a Ana Julia foi selecionada para disputar o mundial na China e não tinha dinheiro para a passagem. Tem coisas que ainda são muito inacessíveis para quem não tem uma marca que chega junto."
Thayná diz, ainda, que não gosta mais de competições, porque são "calcadas na tristeza de outra pessoa". E destaca que grande parte das celebridades do skate feminino não apoiam os coletivos espalhados pelo país e quem está começando.
"Quem ajuda é a Pamela Rosa. Ela diariamente manda mensagem, ajuda nas vaquinhas que fazemos. As outras só fazem por elas mesmas", afirma.
Outras ações que o coletivo faz estão centradas em comunidades do Rio, como na Maré ou em Cidades de Deus, onde atuam junto a projetos sociais, levando a cultura do skate às crianças.
Ao falar da nova geração, Thayná destaca o talento de Rayssa Leal 11 anos, que recentemente se tornou a atleta mais jovem a vencer no SLS World Tour (competição da liga de street, em que a pista tem obstáculos imitando ruas) -e que ficou conhecida ao viralizar na internet com um vídeo em que andava de skate vestida de fada.
"Ela é o presente e o futuro do skate. Está quebrando demais e ainda é pequena, nova, não tem tanta força nas pernas. Mas manda inúmeras manobras de cair o queixo. Ela é bem esforçada, e os pais estão na cena com ela, o que é importante. O futuro dela vai ser surreal, quero ver os próximos capítulos."
Enquanto os próximos capítulos não chegam, Thayná e o Britney's Crew trabalham para revelar novos nomes do futuro do skate feminino. Nesta semana, elas participaram da Skate Copa Classics, evento promovida pela Adidas que mistura esporte e cultura. O coletivo organizou uma programação toda voltada às meninas, tanto de esporte quanto de bate-papos e música.
"Não tenho palavras para descrever esse evento, porque era algo que a gente estava esperando muito. Ser skatista e produzir um evento para skatistas é surreal, estamos muito felizes. E ainda por cima tendo sido tudo comandado por mulheres", afirmou, orgulhosa. "Ainda escutamos muitas perguntas machistas e ouvimos frases como: Você anda de skate que nem homem'. Agente não anda que nem homem, mas, sim, como mulher, confortáveis nas roupas que queremos usar. Deixa as meninas em paz."
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Strengthen girls and empower them through skateboarding.
This is the ideal of the collective Britney's Crew, who was born in Rio de Janeiro in 2016, with the goal of moving the female skate scene.
"Our intention is to emphasize the girls who are not being seen, because the collective today has a lot of visibility.
We want to embrace those who have no space, the lesbian, the mine that is already a mother, the one that is grounded in the interior, the northeastern .. The people who are not seen, "says Thayná Gonçalves, 23, one of the creators of the movement.
Another job that girls do is to help skaters who participate in championships and often have no money to sign up for their tickets or accommodation.
The money raised by the group from brand partnerships is used to fund this, as well as financially help the girls themselves who work for the collective's work and the actions it promotes.
They also act as intermediaries between skaters who need support and companies that may be interested in investing in the sport.
"There are the cases of Giovana Dias and Atali Mendes, for example. Atali has over 90,000 followers on Instagram and the brands do not reach her for partnerships. Or so, but not in the amount she deserves, not offering the support so we work on that too, create skater presentations and get in touch with the brands. We want to help and we do it as we can, "says Thayná.
In addition to financial support, she says it is important to keep girls together in skateboarding - a mode in which men still have many privileges. "A lot has changed, but there is still a lot to change. Last year, for example, there was a competition in which the boy won the triple of the girl's prize. We have to keep hitting that key, expose that situation, charge the brands We have the same potential as them.
She says men themselves still resist the girls who venture into skateboarding. "Especially if the girl is going to be alone. That's why we always go together. Either they come up or say we're cool. We get daily reports on that. We need to get on a tram to impact."
Nevertheless, Thayné remembers that she was lucky. He started skateboarding at age 13 when he lived near a track. "I saw the people walking and wanted too. The people hugged me too much, I was the mascot, the only girl, and the boys always took care of me. They did their best to help me," she says, noting that it was a "child very happy "and who could always count on the support of her parents.
Elit Skateboard
By 2020, skateboarding will debut as an Olympic sport, but Thayná does not see the news - celebrated by so many athletes - as something totally positive. "It has the pro and the contra", he ponders. "The Olympic skate is very elite, it is difficult to have opportunity. Last year, Ana Julia was selected to compete in the World Cup in China and had no money for the ticket. There are things that are still very inaccessible for those who do not have a brand that come here."
Thayná also says that he doesn't like competitions anymore, because they are "based on someone else's sadness". And he points out that most female skate celebrities do not support the collectives across the country and who is just starting out.
"Who helps is Pamela Rosa. She sends messages daily, helps the kitties we make. The others only do for themselves," he says.
Other actions that the collective takes are centered in Rio communities, such as Maré or Cidades de Deus, where they work together with social projects, bringing skate culture to children.
Speaking of the new generation, Thayná highlights the talent of 11-year-old Rayssa Leal, who recently became the youngest athlete to win on the SLS World Tour, where she has obstacles mimicking streets. known for viralizing the internet with a video of skateboarding in a fairy dress.
"She's the present and the future of skateboarding. She's breaking too much and still small, young, not so strong in her legs. But she has a lot of jaw-dropping maneuvers. She's very hardworking, and her parents are on the scene with her." , which is important. Her future is going to be surreal, I want to see the next chapters. "
While the next few chapters do not arrive, Thayná and Britney's Crew are working to unveil new names for the future of women's skate. This week, they participated in the Skate Copa Classics, an event promoted by Adidas that mixes sport and culture. The collective organized a program for girls, both sports, chats and music.
"I have no words to describe this event, because it was something we were expecting so much. Being a skateboarder and producing an event for skateboarders is surreal, we are very happy. And on top of that it was all run by women," she said proudly. "We still hear a lot of macho questions and we hear phrases like, 'You skate like a man.' Agent doesn't walk like a man, but rather, as a woman, comfortable in the clothes we want to wear. Leave the girls alone."
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