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segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Terá o hóquei em patins algo a ver com a profissão de arquiteto? Texto escrito por de Álvaro Siza, para a Exposição que em Serralves celebra a sua obra e 20 anos do Museu de Serralves. -- Does roller hockey have anything to do with the architect profession? Text written by de Álvaro Siza, for the Exhibition that in Serralves celebrates his work and 20 years of the Serralves Museum.

Essa é a inesperada reflexão de Siza a partir da sua experiência de hoquista frustrado, plasmada no texto escrito para o catálogo da grande exposição (texto nas págs. 70/71 da revista E) dedicada às suas seis décadas de atividade, com inauguração marcada para a próxima quinta-feira, dia 19. O Expresso antecipa na íntegra o texto escrito pelo arquiteto:




Sobre a (in) disciplina
Comecei a praticar hóquei em patins aos 15 anos, acompanhado pelo número de amigos necessário.
O treinador do Infante de Sagres* viu-me em jogo mais tarde e convidou-me para a equipa de juniores.
Joguei talvez um ano.

Logo um médico convenceu o meu pai de que haveria, sendo eu míope, perigo iminente de deslocamento de retina.

Joguei uma última vez mencionado como NN** (nesses dias gloriosos do hóquei português os jogos de juniores tinham direito a relato nos jornais).
O meu pai chamou-me e disse: o NN não poderá repetir a façanha.

Chorei. Tinha-me convencido de que o hóquei era a minha única vocação (só mais tarde me apercebi de que todos temos vocação para tudo, ou quase tudo, se o desejarmos).

Li e ouvi algumas vezes que, enquanto arquiteto, não tenho uma clara teoria de suporte. Concordo.
O hóquei em patins teve para mim e para o que faço uma significativa influência: o jogo é tão rápido e exigente que não é possível separar estratégia prévia e improviso. É necessário que atuem em simultaneidade, com o apoio determinante das “rodinhas”.

Há também na Arquitetura “rodinhas velozes” a que recorrer, face à complexidade e à extensão e acidentes de percurso de qualquer projeto: o conhecimento prévio, eventualmente a experiência e sem dúvida a dúvida — instrumentos continuamente e desde o início em confronto, até ao sincronismo, até uma instantaneidade operativa.
É um longo e ininterrupto percurso que exige (in)disciplina.

A disciplina talha por fim a “pedra de fecho”. Não atua em pleno sem se envolver com uma espécie de desordem que a precede e a invoca, tornando-a, a um tempo, livre e abrangente.
Assim rola o trabalho do arquiteto.
Tudo depende da pequena ponta do stick.

* Clube portuense da I Divisão
** NN não nomeado
-
Sobre Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto.
Hoje, em homenagem ao arquiteto Álvaro Siza, que está completando 84 anos, apresentamos uma sessão de fotos do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto.

O museu implanta-se no parque de Serralves, e dialoga claramente com a paisagem circundante e com a Casa de Serralves, edifício histórico. 

Constituindo-se de uma edificação baixa e longitudinal no eixo norte sul, em um núcleo central são situadas as salas de exposição, do qual se desprendem dois prolongamentos, com dois braços cada, para sul e norte. Na parte norte esses braços conforma-se um pátio de entrada, que acolhe os visitantes. Os jogos volumétricos e os recuos resultam em espaços mais íntimos e, muitas vezes, perspectivas longas para o próprio edifício ou para os jardins.

Siza criou diversos itinerários possíveis para se experienciar a instalação cultural, o que é potencializado pela constante mudança das atividades e programas de exposição. O programa inclui, além das salas de exposições, biblioteca, auditório, restaurante, cafeteria, além das salas de apoio e serviços.

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-- in via tradutpr do google
Does roller hockey have anything to do with the architect profession? Text written by de Álvaro Siza, for the Exhibition that in Serralves celebrates his work and 20 years of the Serralves Museum.

This is Siza's unexpected reflection from her experience as a frustrated hockey artist, embodied in the text written for the catalog of the great exhibition (text on pages 70/71 of E magazine) dedicated to her six decades of activity, scheduled to open. next Thursday, the 19th. The Express anticipates in full the text written by the architect:

About (in) discipline
I started practicing roller hockey at the age of 15, accompanied by the required number of friends.
The Infante de Sagres * coach saw me at stake later and invited me to the youth team.
I played maybe a year.

Soon a doctor convinced my father that there would be, being myopic, an imminent danger of retinal dislocation.

I played one last time mentioned as NN ** (in these glorious days of Portuguese hockey junior games were entitled to report in the newspapers).
My father called me and said: NN cannot repeat the feat.

Cry. I had convinced myself that hockey was my only vocation (only later did I realize that we all have a vocation for everything, or almost everything, if we wish).

I have read and heard a few times that as an architect I do not have a clear theory of support. I agree.
Roller hockey has had a significant influence on me and for what I do: the game is so fast and demanding that it is not possible to separate prior strategy and improvisation. They must act simultaneously, with the decisive support of the training wheels.

There are also in architecture “fast wheels” to resort to, given the complexity and extent and path accidents of any project: the prior knowledge, eventually the experience and undoubtedly the doubt - instruments continuously and from the beginning in confrontation until the end. synchronism, even operative instantaneity.
It is a long and uninterrupted journey that requires (in) discipline.

Discipline finally cuts the “closing stone”. It does not act fully without engaging with a kind of disorder that precedes and invokes it, making it both free and comprehensive.
Thus rolls the work of the architect.
It all depends on the small tip of the stick.

* Porto Division I Club
** Unnamed NN
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About Serralves Museum of Contemporary Art, Porto.
Today, in honor of architect Álvaro Siza, who is turning 84, we present a photo shoot at the Serralves Museum of Contemporary Art in Porto.

The museum is located in Serralves Park, and clearly dialogues with the surrounding landscape and the Casa de Serralves, a historic building.

Consisting of a low and longitudinal building in the north south axis, in a central nucleus are the exhibition rooms, from which two extensions, with two arms each, to the south and north. In the northern part these arms form an entrance courtyard, which welcomes the visitors. Volumetric games and setbacks result in more intimate spaces and often long perspectives for the building itself or the gardens.

Siza has created several possible itineraries to experience the cultural installation, which is enhanced by the ever-changing exhibit activities and programs. The program includes, in addition to the exhibition halls, library, auditorium, restaurant, cafeteria, as well as support rooms and services.

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