Deixado em segundo plano no universo das competições esportivas nos últimos anos, os Jogos Pan-Americanos de Lima, cuja abertura oficial será nesta sexta-feira (26), querem mostrar que uma nova fase está se iniciando no esporte das Américas. A começar pela própria entidade que o organiza.
A Panam Sports é o novo nome de uma antiga Odepa, Organização Desportiva Pan-Americana. Foi por sua iniciativa que foram criados os Jogos, em 1951, na edição realizada em Buenos Aires. Desde 2017, é comandada pelo chileno Neven Ilic, que tem colocado como em sua gestão modernizar uma entidade que andava a passos paquidérmicos em relação a outras entidades esportivas, a começar pelo próprio COI (Comitê Olímpico Internacional).
E o primeiro desafio foi ajudar a colocar de pé a 18ª edição do Pan, que começa em Lima nesta sexta-feira. Com o Peru envolvido em escândalos de corrupção com um personagem conhecido dos brasileiros (a construtora Odebrecht), queda de um presidente (Pedro Pablo Kuczynski) e outros três sendo investigados, as obras das arenas do Pan demoraram a começar.
O antecessor de Illic na Panam Sports, Julio Miglione, chegou a declarar preocupação com a situação da organização do torneio. Para complicar, em março de 2017, uma série de enchentes causou inúmeros problemas em várias regiões do país, além de resultar em mais de 100 mortos e inúmeros desabrigados. Havia sim o risco de o Pan não acontecer em Lima.
Um acordo costurado por Ilic com empresas inglesas que atuaram na organização da Olimpíada de Londres-2012 foi fundamental para que o evento conseguisse sair do papel. No final, toda a estrutura dos Jogos (que também contará com a realização do ParaPan-Americano, no final de agosto) custou R$ 4,4 bilhões. Um custo relativamente barato em relação a um evento que reunirá quase 6.500 atletas de 41 países.
“O presidente Neven Ilic assumiu realmente com essa missão de dar uma nova cara para o Pan. Até mesmo o nome da entidade mudou. Ele tem feito uma série de inovações. Para o Brasil, essas mudanças só irão nos beneficiar, até pelo nosso histórico esportivo muito grande no continente”, avalia Paulo Wanderley, presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil).
Para o dirigente brasileiro, uma das mudanças tem sido o reposicionamento em relação a algumas modalidades que são mais tradicionais em alguns países e outros não, procurando aproximar ao máximo do programa esportivo da Olimpíada. “A tendência é sempre acompanhar o que rege o olimpismo. Assim como o COI vem inovando em algumas coisas e restringindo em outras, a Panam deverá seguir neste caminho”, disse Wanderley.
Um exemplo disso foi o próprio programa esportivo do Pan de Lima, que originalmente colocou as modalidades surfe e skate para estrearem na edição de 2019. Parte do projeto não deu resultado. Em razão de discordâncias entre a World Skate e o comitê organizador, a modalidade foi retirada do Pan-Americano.
A Confederação Pan-Americana de Skate não entrou em acordo com a World Skate para que o Pan de Lima também fosse um evento qualificatório para Tóquio. As negociações se prolongaram sem êxito.
A realização de um evento de skate street (um dos eventos olímpicos) para acontecer em Los Angeles, na semana da abertura do Pan-Americano e que vale pontos para o ranking olímpico, definiu a saída da modalidade, pois a Panam temeu a ausência das grandes estrelas da modalidade.
Com o surfe, este problema não aconteceu. Mesmo sem astros como Gabriel Medina e o americano Kelly Slater, o evento é aguardado com ansiedade em Lima. As competições ocorrerão no Centro de Alto Rendimento de surfe do Peru, na praia de Punta Rocas.
Por Marcelo Laguna (@MarceloLaguna) , em Lima (PER)
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Pan de Lima begins in search of a new face for the 'Olympics' of the Americas.
Left behind in the world of sports competitions in recent years, the Pan American Games of Lima, which will officially open on Friday (26), want to show that a new phase is beginning in the sport of the Americas. Starting with the very entity that organizes it.
Panam Sports is the new name of a former Odepa, Pan American Sports Organization. It was on his own initiative that the Games were created in 1951, in the edition held in Buenos Aires. Since 2017, it has been led by Chilean Neven Ilic, who has been managing to modernize an entity that was walking at a pachydermic pace in relation to other sports entities, starting with the IOC (International Olympic Committee) itself.
And the first challenge was to help get the 18th edition of the Pan up, which starts in Lima this Friday. With Peru embroiled in corruption scandals with a character known to Brazilians (construction company Odebrecht), the fall of a president (Pedro Pablo Kuczynski) and three others being investigated, the works of the Pan arenas were slow to begin.
Illic's predecessor at Panam Sports, Julio Miglione, even expressed concern about the status of the tournament's organization. Complicating matters, in March 2017, a series of floods caused numerous problems in various regions of the country, resulting in over 100 deaths and numerous homeless. There was a risk that Pan would not happen in Lima.
An agreement made by Ilic with English companies that organized the 2012 London Olympics was crucial to getting the event off the ground. In the end, the entire structure of the Games (which will also feature the ParaPan-American in late August) cost $ 4.4 billion. A relatively cheap cost over an event that will bring together nearly 6,500 athletes from 41 countries.
“President Neven Ilic has really taken on the mission of giving Pan a new face. Even the entity's name has changed. He has made a number of innovations. For Brazil, these changes will only benefit us, even due to our very large sports history on the continent, ”says Paulo Wanderley, president of the Brazilian Olympic Committee (COB).
For the Brazilian leader, one of the changes has been the repositioning in relation to some modalities that are more traditional in some countries and not others, trying to get as close as possible to the Olympic sports program. “The tendency is always to follow what governs Olympism. Just as the IOC has been innovating in some things and restricting in others, Panam should be on this path, ”said Wanderley.
An example of this was Pan de Lima's own sports program, which originally put surfing and skateboarding to debut in the 2019 edition. Part of the project did not work. Due to disagreements between World Skate and the organizing committee, the sport was removed from the Pan American.
The Pan American Skate Confederation did not agree with World Skate so that Pan de Lima was also a qualifying event for Tokyo. Negotiations continued without success.
The holding of a skate street event (one of the Olympic events) to be held in Los Angeles, in the opening week of the Pan American and worth points for the Olympic ranking, defined the departure of the sport, as Panam feared the absence of big stars of the sport.
With surfing, this problem did not happen. Even without stars like Gabriel Medina and American Kelly Slater, the event is eagerly awaited in Lima. The competitions will take place at Peru's High Performance Surf Center on Punta Rocas Beach.
By Marcelo Laguna (@MarceloLaguna) in Lima (PER)
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