Com apenas sete meses praticando downhill, Camila conquistou o 15º lugar entre 23 competidoras. "Eu fiquei muito feliz com o resultado, porque lá estavam as melhores do mundo."
Descer ladeiras a 90 km/h: "Se dá para fazer, eu faço".
Natural de Maringá, Parana, Brasil, Camila Cavalheiro, 30, queria voltar a praticar um esporte, há sete anos, quando viu um par de patins em uma vitrine do shopping e resolveu comprá-lo. "Nunca nem tinha visto uma competição, mas estava passando um vídeo mostrando manobras e eu achei interessante", narra à Universa.
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Camila Cavalheiro, 30, treina a modalidade downhill
há sete meses, mas é patinadora há seis anos.
Foi assim, casualmente, que a história dela com a patinação começou. Porém, ano passado, ela "se jogou com tudo" no esporte: começou a se dedicar apenas à patinação e se tornou uma das únicas brasileiras a competir na modalidade downhill, em que desce ladeiras em alta velocidade. "Medo de cair eu não tenho, porque todo mundo cai. É só levantar. Faço o que tenho que fazer. Se falam que dá para fazer, eu vou lá e faço", afirma. Neste mês, Camila, que é patrocinada pela Fila Skates, foi a primeira brasileira a descer ladeiras nas olimpíadas Rollergames 2019, que rolou em Barcelona, na Espanha.
Logo depois de comprar os patins, ela começou a frequentar o parque do Ibirapuera, onde conheceu outros praticantes de slide (manobras de frenagem) e jump (manobras aéreas com patins). Estas foram as primeiras modalidades nas quais ela competiu, em 2014. Mãe de Laura, de 3 anos, a patinadora trabalhava com produção de moda e maquiagem em uma agência quando engravidou. "Decidi, então, deixar o trabalho para cuidar da minha filha", afirma.
Moradora da Penha, bairro da zona leste de São Paulo (SP), ela continuou praticando o esporte junto com a vida de mãe de uma criança pequena. Até que, no ano passado, foi convidada a participar do time Adreninline. "Antes eu competia por amor. Foi com a ajuda da equipe que eu comecei a olhar o esporte com outra visão. Resolvi, então, virar uma atleta. Ter uma rotina e alimentação regradas para melhorar a minha performance", narra.
À toda velocidade
A rotina de Camila vai de segunda a sábado. Em três dias da semana, ela treina manobras com os patins nos parques Villa Lobos e Ibirapuera, em São Paulo, e faz treinos funcionais em casa. Em outros dois, a paranaense puxa ferro para fortalecer pernas. Aos sábados, o frio na barriga: "É quando eu vou para a ladeira colocar tudo o que treinei em prática." Para isso, ela viaja cerca de duas horas para Alphaville, onde desce ruas em alta velocidade. "Sou a única brasileira a conseguir frear com slide a 60 km/h", fala, com orgulho. Porém, esta não é a maior velocidade que ela já alcançou: "Eu já consegui chegar a 90 km/h".
Além de Camila, a única outra brasileira federada a competir na modalidade downhill é patinadora Ariele Matias. A categoria é considerada perigosa, tanto que, em novembro do ano passado, um skatista morreu em uma competição no Rio de Janeiro (RJ). Por isso, ainda hoje, as ladeiras são dominadas pelos homens. "Já duvidaram muito da minha capacidade, como se eu não pudesse fazer uma curva mais fechada apenas por ser mulher". Porém, é o fato de ter poucas mulheres no circuito que fez os treinadores dela, Dennis Tavares e Luara Carvalho, a incentivarem a competir na categoria. "Eles queriam que uma menina fosse a representante.
E precisavam de uma patinadora que tivesse técnica e, principalmente, não tivesse medo", afirma. Camila garante que não conhece o sentimento. "Se o tenho, é bem lá no fundo, nada que me impeça de fazer algo. Não sei explicar, sempre gostei de coisas perigosas, sempre me diverti com isso."
A queda mais complicada que ela já teve foi no treino para a competição em Barcelona, que aconteceu no começo de julho. "No fim do circuito, tinha uma curva muito fechada e longa. Não consegui fazê-la direito e fui jogada para fora.
Saí rodando", fala, com tranquilidade. O tombo, no entanto, não passou de um susto. "Levantei e continuei o treino." Com apenas sete meses praticando downhill, Camila conquistou o 15º lugar entre 23 competidoras. "Eu fiquei muito feliz com o resultado, porque lá estavam as melhores do mundo."
De volta ao Brasil, a patinadora está descansando um pouco com a filha Laura, que às vezes a acompanha nos treinos. "Ela me incentiva bastante e ama andar de patins no meu colo. Fica gritando: 'Vai, mamãe, com emoção. Quero ser radical'", ri.... -
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Camila Cavalheiro, 30, Brazilian skater, won the 15th place among 23 competitors. Barcelona 2019.
With only seven months practicing downhill, Camila won the 15th place among 23 competitors. "I was very happy with the result, because there were the best in the world."
Going downhill at 90 km / h: "If you can do it, I'll do it".
Born in Maringá, Parana, Brazil, Camila Cavalheiro, 30, wanted to go back to practicing a sport seven years ago, when she saw a pair of skates in a shop window and decided to buy it. "I've never even seen a competition, but I was passing a video showing maneuvers and I found it interesting," he tells Universa.
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Camila Cavalheiro, 30, has been training downhill for seven months, but has been skating for six years.
It was thus, casually, that her story with skating began. Last year, however, she "threw herself into everything" in the sport: she started skating only and became one of the only Brazilian women to compete in the downhill mode, where she slopes down at high speeds. "Fear of falling I do not have, because everyone falls, just get up, I do what I have to do, if they tell me what to do, I'll go there and do it," he says. This month, Camila, which is sponsored by Fila Skates, was the first Brazilian to descend slopes at the 2016 Rollergames Olympics, which rolled out in Barcelona, Spain.
Soon after buying the skates, she began attending the Ibirapuera Park, where she met other slide practitioners (braking maneuvers) and jump (aerial maneuvers with skates). These were the first modalities in which she competed in 2014. Laura's mother, 3 years old, the skater worked fashion production and makeup at an agency when she became pregnant. "I then decided to leave work to take care of my daughter," he says.
Morada da Penha, a neighborhood in the eastern zone of São Paulo (SP), she continued practicing the sport along with the life of mother of a small child. Until last year, she was invited to join the Adreninline team. "Before I competed for love, it was with the help of the team that I started to look at the sport with a different vision," she says, "I decided to become an athlete.
At full speed
Camila's routine goes from Monday to Saturday. On three days of the week, she trains skates at the Villa Lobos and Ibirapuera parks in São Paulo, and does functional workouts at home. In another two, the paranaense pulls iron to strengthen legs. On Saturdays, the cold in the belly: "It's when I go to the slope to put everything I've practiced." For this, she travels about two hours to Alphaville, where she descends high-speed streets. "I'm the only Brazilian to be able to brake with a slide at 60 km / h", she says, with pride. However, this is not the fastest speed she has ever achieved: "I've already managed to reach 90km / h."
In addition to Camila, the only other federated Brazilian to compete in the downhill mode is skater Ariele Matias. The category is considered dangerous, so much so that in November of last year, a skateboarder died in a competition in Rio de Janeiro (RJ). That is why, even today, the slopes are dominated by men. "They have already doubted my ability, as if I could not make a more closed curve just because I am a woman." However, it's the fact that there are few women on the circuit who made her coaches, Dennis Tavares and Luara Carvalho, encourage them to compete in the category. "They wanted a girl to be the representative.
And they needed a skater who had technique and, above all, was not afraid, "she says." If I have it, it's deep down inside, nothing that will stop me from doing something. I can not explain, I always liked dangerous things, I always had fun with it. "
The most complicated fall she has ever had was in training for the competition in Barcelona, which happened in early July. "At the end of the circuit, I had a very tight and long curve, I could not do it right and I was thrown out. The fall, however, was a scare. "I got up and continued training." With only seven months practicing downhill, Camila won the 15th place among 23 competitors. "I was very happy with the result, because there were the best in the world."
Back in Brazil, the skater is resting a little with her daughter Laura, who sometimes accompanies her in training. "She encourages me a lot and she loves to skate on my lap. She keeps shouting, 'Go, Mom, with emotion, I want to be radical,'"
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