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quinta-feira, 18 de julho de 2019

Breaking na Olimpíada gera empolgação e resistência de dançarinos. Modalidade está perto de ser incluída nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. -- Breaking in the Olympics generates excitement and resistance from dancers. Modality is close to being included in the Olympic Games of Paris 2024.

São Paulo, Brasil.  Ser chamado de atleta ainda soa estranho para muitos deles, mas os dançarinos de breakdance já começam a se acostumar com a possibilidade de seguirem uma carreira esportiva.

Isso porque o breaking, nome oficial da modalidade para o Comitê Olímpico Internacional (COI), está perto de ser incluído no programa dos Jogos de Paris, daqui a cinco anos.

No último mês, o COI aprovou provisoriamente a indicação feita pelo comitê de Paris-2024, que além da dança propôs a inclusão de escalada esportiva, surfe e skate no seu evento. Esses três esportes também estarão em Tóquio-2020.

Segundo Tony Estanguet, presidente do comitê organizador da Olimpíada da França, a escolha se adequa ao desejo de "trazer uma dimensão mais urbana e mais artística ao esporte".



O aval definitivo do COI para as quatro modalidades deve acontecer no segundo semestre de 2020, após os Jogos do Japão, mas dançarinos mostram empolgação desde agora com a provável entrada na vida olímpica.

"Vai ser fundamental para a nossa cultura e ajudará muitos jovens. Tem famílias que ficam preocupadas quando o filho sai de casa para praticar, mas eu acredito que, com essa entrada, vai ter mais informação, e as pessoas vão ver que o que a gente faz é sério", diz Alex José Gomes Eduardo.

Conhecido como Pelezinho, o b-boy (como são chamados os dançarinos) de 37 anos foi um dos jurados da etapa brasileira do Red Buli BC One, principal evento de breaking do mundo, realizado em São Paulo no fim de semana de 6 e 7 de julho.

A proposta de entrada do breaking nos Jogos foi feita pelo Comitê de Paris-2024, caso seja aprovada, o que deve acontecer até 2020, fará sua estreia em Olimpíadas.

Hoje, todas as confederações de esportes que participam dos Jogos recebem do Comitê Olímpico do Brasil uma fatia das verbas oriundas de loterias federais.

Para as entidades de modalidades estreantes em Tóquio (skate, surfe, escalada e caratè), o COB destinará cerca de R$ 800 mil neste ano, além de apoios pontuais voltados ao desenvolvimento dos atletas e à participação em competições.

Segundo o comitê, por enquanto ainda não há nenhuma relação oficial com entidades da modalidade no país. Isso acontecerá a partir do momento em que a federação internacional responsável pelo breaking indicar uma representante nacional.

Mas se os dançarinos mostram empolgação com as novas oportunidades que devem ser abertas no meio, também há focos de resistência. Um processo parecido com o que foi vivenciado pelo skate neste que é o seu primeiro ciclo olímpico.

No caso dos skatistas, o temor que a modalidade ficasse "careta" pelo formato da competição olímpica e pela obrigatoriedade de respeitar o código da Wada (Agência Mundial Antidoping) se reduziu ao longo dos anos.

Fabiana Balduína, 36, conhecida como "FabGirl", tem longa vivência na cena do breaking e entende tanto os argumentos dos empolgados quanto dos resistentes. Para ela, ao ser considerada um esporte olímpico, a dança nascida em Nova York na década de 1970 ganhará uma nova vertente.

"Em sua origem, as batalhas eram feitas por uma questão de honra, você teve uma treta com alguém e vai resolver ali na roda. Mas também já vi muita porrada, ou o cara estar dançando e o outro descer a calça dele. Esse tipo de coisa não cabe em competição", diz. "Nas ruas, você ganha status e é respeitado quando vence os rachas. Na competição, isso acontece por meio de títulos. O processo de relação de poder é muito diferente".

Assim como entre os skatistas, no breaking há também quem defenda o consumo de maconha como parte do estilo de vida dos dançarinos, mas o uso da droga é proibida pela Wada durante competições.

"No breaking não é muito diferente não, tem muitos adeptos. Alguns grupos de referência no país faziam apologia e a molecada ia junto. A partir do momento em que você se torna atleta, a coisa muda um pouco. Eu nunca usei, para mim a dança já era suficiente para ficar muito louca [risos], mas tem uma galera que defende essa questão", diz Fabiana.

No fim de junho, foi realizado pela Federação Internacional de Dança Esportiva (WDSF, na sigla em inglês) o Campeonato Mundial de Breaking, em Nanjing, na China, considerado um dos primeiros grandes testes para a formatação de um evento olímpico da modalidade.

Outra competição importante nesse processo foi a dos Jogos Olímpicos da Juventude, realizados em Buenos Aires no ano passado.

Cem b-boys e 60 b-girls de 67 países participaram do evento naa China. O Brasil teve apenas um representante: Luan Carlos dos Santos, 28, conhecido como Luan San.

"Isso foi muito triste, porque o Brasil é considerado a principal força no continente e um dos oito melhores países do mundo no breaking", afirmou o holandês Tyrone van der Meer, que trabalha em parceria com a WDSF.

Atualmente, países como Japão, Coréia do Sul, França, Holanda e Rússia estão entre as maiores potências do breaking.

Para Luan, as principais diferenças do Mundial em relação a outras competições das quais já participou foram a existência de um tapete vermelho para a entrada dos dançarinos e a realização de testes antidoping.

"No mais, foi como qualquer outra competição. 

Teve música de breaking, jurados capacitados e b-boys com muitos anos de dedicação. Se na Olimpíada for do jeito como eu tive a experiência na China vai ser tranqüilo", diz.



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--in via tradutor do google
Breaking in the Olympics generates excitement and resistance from dancers. Modality is close to being included in the Olympic Games of Paris 2024.

São Paulo Brazil. Being called an athlete still sounds strange to many of them, but breakdance dancers are already getting used to the possibility of pursuing a sports career.

That's because breaking, the official name of the modality for the International Olympic Committee (IOC), is close to being included in the Paris Games program five years from now.

Last month, the IOC provisionally approved the nomination made by the Paris-2024 committee, which in addition to the dance proposed the inclusion of sports climbing, surfing and skateboarding at its event. These three sports will also be in Tokyo-2020.

According to Tony Estanguet, president of the organizing committee of the Olympics in France, the choice fits the desire to "bring a more urban and more artistic dimension to the sport".

The IOC's definitive endorsement for the four modalities is expected to take place in the second half of 2020 after the Japanese Games, but dancers show excitement right now with the likely entry into Olympic life.

"It will be fundamental to our culture and it will help a lot of young people. There are families who are worried when the child leaves the house to practice, but I believe that with this input, you will have more information, and people will see what the people are serious, "says Alex José Gomes Eduardo.

Known as Pelezinho, the 37-year-old b-boy (as they are called the dancers) was one of the judges of the Brazilian stage of Red Buli BC One, the main event of breaking the world, held in São Paulo on the weekend of 6 and 7 July.

The proposed entry of the breaking into the Games was made by the Paris-2024 Committee, if approved, which should happen until 2020, will make its debut in the Olympics.

Today, all sports confederations that participate in the Games receive from the Brazilian Olympic Committee a slice of funds from federal lotteries.

For beginners in Tokyo (skateboarding, surfing, climbing and karate), the COB will allocate around R $ 800,000 this year, as well as occasional support for the development of athletes and participation in competitions.

According to the committee, for the time being there is still no official relationship with entities of the sport in the country. This will happen as soon as the international federation responsible for breaking indicates a national representative.

But if the dancers show excitement about the new opportunities that must be opened in the middle, there are also pockets of resistance. A process similar to what was experienced by skateboarding in this is his first Olympic cycle.

In the case of the skaters, the fear that the modality would be "grimaced" by the format of the Olympic competition and by the obligation to respect the code of the WADA (World Anti-Doping Agency) has reduced over the years.

Fabiana Balduina, 36, known as "FabGirl", has a long experience in the breaking scene and understands both the arguments of the excited and the resistant. For her, when considered an Olympic sport, the dance born in New York in the 1970s will gain a new strand.

"In its origin, the battles were done for the sake of honor, you had a trick with someone and it will settle there in the roda.But also I've seen a lot of beating, or the guy is dancing and the other down his pants. of things do not fit in competition, "he says. "In the streets, you gain status and are respected when you beat the streaks.

As well as among the skaters, there are also those who advocate marijuana use as part of the dancers' lifestyle, but drug use is banned by Wada during competitions.

"No breaking is not very different, no, it has a lot of fans. Some reference groups in the country were apologizing and the kids were going along. the dance was enough to get very crazy [laughs], but there's a crowd that defends that, "says Fabiana.

At the end of June, the International Sports Dance Federation (WDSF) hosted the World Breaking Championships in Nanjing, China, considered one of the first major tests for the format of an Olympic event of the sport.

Another important competition in this process was the Youth Olympic Games held in Buenos Aires last year.

One hundred b-boys and 60 b-girls from 67 countries attended the event in China. Brazil had only one representative: Luan Carlos dos Santos, 28, known as Luan San.

"This was very sad because Brazil is considered the main force on the continent and one of the eight best countries in the world in the breaking," said the Dutchman Tyrone van der Meer, who works in partnership with WDSF.

Currently, countries like Japan, South Korea, France, the Netherlands and Russia are among the major powers of the breaking.

For Luan, the main differences of the World Cup in relation to other competitions that already participated was the existence of a red carpet for the entrance of the dancers and the conducting of anti-doping tests.

"Anyway, it was like any other competition.

He had breaking music, skilled juries and b-boys with many years of dedication. If the Olympics is the way I had the experience in China will be quiet, "he says.


by Daniel E. de Castro - Isabella Faria

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