Elas se reúnem em coletivos femininos, se divertem andando juntas pela cidade e, de quebra, desafiam os limites do esporte. Conheça as meninas que estão movimentando as pistas do país.
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Fazia alguns anos que a fotógrafa paulista Luciana Barreto, 21, não subia em um skate e ganhava as ruas. Quando era adolescente, costumava andar com uma amiga em São Caetano do Sul, onde nasceu, mas com o tempo ficou sem companhia e deixou de praticar. Ano passado, com a mudança para São Paulo, no primeiro rolê que deu com as novas amigas, falou: “Como pude parar com o skate? Todas as meninas têm essa mesma sensação quando voltam a andar”, conta ela. Luciana encontrou sua turma quando conheceu as integrantes do Britney’s Crew, coletivo de skate feminino criado há três anos no Rio de Janeiro, mas que reúne mulheres do Brasil inteiro.
Só o grupo de WhatsApp tem cerca de 200 skatistas, que combinam os rolês e eventos pelo aplicativo. Quem mora na capital paulista geralmente se encontra no centro da cidade, mas não há regras. “Podemos ir à praça Roosevelt, ao Theatro Municipal, à Chácara do Jockey, a pistas como a da Mooca”, diz a baiana Dandara Novato, 30. Radicada em São Paulo, ajudou Airine Benetti a promover o coletivo Batateiras, que se originou em 2018 depois que a marca Vans promoveu o Girls Skate Night, clínica que, desde então, acontece toda segunda-feira no Largo da Batata.
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Skatistas - Meninas do Coletivo Britney’s Crew:
Luciana Barreto, Vitória e Grazi Oliveira (de câmera na mão)
(Foto: Autumn Sonnichsen)
“A gente se vê todos os dias”, conta a estudante de psicologia Giulia Del Bel, 24, sobre as meninas convidadas para o ensaio de Marie Claire. Vão juntas para as sessões (nome que dão aos rolês) e frequentemente terminam a noite na Void, misto de loja e bar na região central que é point de skatistas, em alguma festa ou evento promovido por marcas, como a Bolovo. É comum também se reunirem na casa de uma delas para cozinhar juntas (pratos vegetarianos ou veganos), ouvir música, dançar, deixar a vida passar – recentemente, assistiram a Homecoming, o documentário da Beyoncé na Netflix. O estilo de vida que levam se reflete nas roupas que vestem. A maioria vai a brechós e compartilha sempre que descobre um lugar novo. “Gosto da moda que se recicla, levanto a bandeira do consumo sustentável. Não compro nada em loja, as marcas é que acabam mandando algumas peças”, diz Giulia. A skatista gaúcha Grazi Oliveira, 30, conta que sempre priorizou conforto ao estilo. “Prefiro usar alfaiataria para andar. Encontro calças legais em brechó ou sob medida. Não uso nenhuma marca específica, faço uma mescla.” Dandara Novato opta pela combinação de cores “porque deixa o rolê mais vivo”. “O skate é uma forma de expressão nas cidades, as roupas são bem características e externamos isso”, diz ela.
Skatistas - em destaque, thayná gonçalves.
Ao fundo, Airine Benetti, Di Souza, Wadjla Tuany,
Luciana Barreto, Giulia Del Bel e Dandara Novato
(Foto: Autumn Sonnichsen)
Nos últimos anos, o streetwear ganhou lugar cativo no universo da moda. Três anos atrás, a marca Miu Miu ligou seu nome ao skate feminino por meio do projeto Women’s Tales, de curtas-metragens dirigidos só por mulheres. A diretora norte-americana Crystal Moselle produziu That One Day, inspirado no coletivo nova-iorquino Skate Kitchen, e foi tão bem recebido que o projeto virou seu primeiro longa de ficção, Skate Kitchen, sobre as dificuldades e sonhos de uma garota sobre rodas, lançado no ano passado nos festivais de cinema no Brasil e no mundo. Fora das telas, a tendência streetwear, desde os anos 1990 tida quase como underground, conquistou o mundo fashion com hits como Off-White, de Virgil Abloh, Stussy e Supreme, hoje todas marcas-desejo que movimentam bilhões de dólares e têm seus itens disputados a cada novo lançamento.
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Depois de ter seu lugar consolidado na moda, há três anos a cultura street alcançou um patamar nunca antes imaginado. Em 2016, o Comitê Olímpico Internacional anunciou a estreia do skate nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que acontece em 2020 – serão duas modalidades, park e street. De acordo com uma pesquisa do Datafolha feita entre 2009 e 2015, subiu de 10% para 19% o número de mulheres skatistas no Brasil. Há cerca de 1,6 milhão em um total de 8,5 milhão.
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Women jog and renovate skate tracks.
They get together in women's clubs, have fun walking around the city and break the limits of the sport. Meet the girls who are jogging the country lanes.
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Skaters - The carioca Vitória Mendonça, professional skateboarder (Photo: Autumn Sonnichsen).
For some years, the photographer from São Paulo, Luciana Barreto, 21, had not climbed a skateboard and won the streets. When I was a teenager, I used to hang out with a friend in São Caetano do Sul, where she was born, but in time she was out of business and she stopped practicing. Last year, with the move to São Paulo, on the first roll he got with his new friends, he said: "How could I stop the skateboard? All girls have that same feeling when they walk again, "she says. Luciana met her class when she met the members of the Britney's Crew, a women's skateboarding collective created three years ago in Rio de Janeiro, but bringing together women from all over Brazil.
Only the WhatsApp group has about 200 skaters, who combine the roles and events with the application. Those who live in the capital of São Paulo are usually in the center of the city, but there are no rules. "We can go to Roosevelt Square, to the Municipal Theater, to the Jockey Farm, to tracks like that of Mooca," says Bahia, Dandara Novato, 30. Based in São Paulo, he helped Airine Benetti promote the collective Batateiras, which originated in 2018 after the Vans brand promoted Girls Skate Night, a clinic that has been held every Monday at Largo da Batata.
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Britney's Crew: Luciana Barreto, Victoria and Grazi Oliveira (from camera to hand) (Photo: Autumn Sonnichsen)
"We see each other every day," says psychology student Giulia Del Bel, 24, about the girls invited to Marie Claire's rehearsal. They go together for the sessions (name given to the ringlets) and often end the night at Void, a joint shop and bar in the central area that is a skating rink, at some party or event promoted by brands such as Bolovo. It's also common to get together at one of them to cook together (vegetarian or vegan dishes), listen to music, dance, let life pass - recently, they watched Homecoming, the Beyoncé documentary on Netflix. The lifestyle they lead is reflected in the clothes they wear. Most go to thrift stores and share whenever they discover a new place. "I like fashion that is recycled, I raise the banner of sustainable consumption. I do not buy anything in the store, the brands end up sending some pieces, "says Giulia. Gaucho skater Grazi Oliveira, 30, says that she has always prioritized style comfort. "I'd rather use tailoring to walk. Meet cool pants in brechó or tailor made. I do not use any specific brand, I make a mix. "Dandara Novato opts for the color combination" because it leaves the roll alive. " "Skateboarding is a form of expression in the cities, the clothes are very characteristic and we express this," she says.
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Skaters - featured, thayná gonçalves. In the background, Airine Benetti, Di Souza, Wadjla Tuany, Luciana Barreto, Giulia Del Bel and Dandara Rookie (Photo: Autumn Sonnichsen)
n recent years, streetwear has gained a captive place in the fashion world. Three years ago, the Miu Miu brand linked its name to women's skateboarding through Women's Tales, a short film directed only by women. US director Crystal Moselle produced That One Day, inspired by the New York collective Skate Kitchen, and was so well received that the project became her first feature film, Skate Kitchen, about the difficulties and dreams of a girl on wheels, released last year at the film festivals in Brazil and worldwide. Off the shelves, the streetwear trend since the 1990s has been almost underground, conquering the fashion world with hits like Virgil Abloh's Off-White, Stussy and Supreme, now all-desire brands that move billions of dollars and have their items played with each new release.
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Skaters - Vitoria Bortolo (Photo: Autumn Sonnichsen)
After having consolidated its place in fashion, three years ago the street culture reached a plateau never before imagined. In 2016, the International Olympic Committee announced the debut of the skateboard at the Tokyo Olympics, which takes place in 2020 - will be two modalities, park and street. According to a Datafolha survey conducted between 2009 and 2015, the number of women skaters in Brazil rose from 10% to 19%. There are about 1.6 million out of a total of 8.5 million.
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