De passagem por Barreiras, 858 km de Salvador, o skatista carioca Marcelo Gervásio Silva, 55 anos, reviu amigos e falou dos preparativos para sua nova jornada que deverá se iniciar no mês de setembro, quando quer percorrer três mil quilômetros no Japão, país que vai sediar as olimpíadas no ano que vem.
O brasileiro foi o primeiro atleta a dar a volta ao mundo de skate, aventura comprovada com documentos e vídeos e concluída em 2018 durante a Copa do Mundo na Rússia. O feito deverá constar no Guinness Book/2020, onde ele já deixou todas as provas da sua façanha.
E, embora no início tenha enfrentado “grandes perrengues”, sem apoio financeiro, na última viagem contou com patrocínio de uma empresa de telecomunicações, que, pelo retorno obtido, já garantiu a continuidade para a próxima empreitada.
Sua principal motivação, de acordo com o atleta, é uma promessa que fez em memória do pai, falecido há 15 anos e quem lhe ensinou a gostar de aventuras e a ter um enorme desejo de conhecer pessoas e lugares diferentes.
Nestes 10 anos de estradas já percorreu 58 mil quilômetros e passou por 47 países com seus skates, concebidos e construídos por ele com fibra de vidro especialmente para este projeto. Maiores que os comuns, seus skates tem dois bagageiros, onde leva roupas, barraca e todos apetrechos necessários para a sobrevivência.
Para carregar os equipamentos eletrônicos, fundamentais para sua segurança e para gravar as imagens dos lugares por onde passa, seu skate possui uma placa solar capaz de suprir suas necessidades diárias de energia.
Com domínio de oito idiomas e de fácil comunicação, Marcelo vai driblando as dificuldades que encontra. “O maior obstáculo é a política de travessia em algumas fronteiras, onde mesmo com toda documentação necessária, são criadas dificuldades”, disse ele que por algumas vezes precisou da interferência de representantes brasileiros para continuar seu percurso.
Também a diferença cultural, embora enriqueça suas viagens, pode ser um problema. “Na Rússia, por exemplo, fui preso por estar descalço e, em outro dia, queriam me prender porque estava sem camisa na rua”, revelou entre risos.
Outro contratempo enfrentado é o frio extremo em alguns países, pois chegou a enfrentar 31ºC negativos no Kazaquistão. A alimentação também é um desafio, confessou dizendo que em alguns lugares quase não tem frutas ou verduras. As que existem são caras e as comidas são muito gordurosas.
Entretanto, disse Marcelo, muitas foram as boas surpresas em seu percurso. “Estive em lugares belíssimos. Alguns países são maravilhosos como Nepal, Geórgia e Myanmar, revelou, salientando que na Alemanha e outros países europeus teve ótima receptividade.
Para ele, no entanto, não há país melhor que o Brasil. “Apesar da grande violência e outros problemas que enfrentamos, andar pelo mundo faz aumentar nosso amor pelo nosso país de origem. Não tem igual”, afirmou, acrescentando que ainda deseja voltar à África, para percorrer a costa do Atlântico.
TRAJETOS – Perseverante em seus objetivos ele começou seu projeto em 2009, quando partiu de Formosa (GO) com destino ao Rio de Janeiro. Entre 2010 e 2011 fez o percurso do Iapoque ao Chuí e, em 2012, de Chuí para Ushuaia, ponto extremo da América do Sul.
Em 2013 partiu do Rio de Janeiro rumo ao Pernambuco, passando por Brasília e Barreiras (pela primeira vez). Entre 2014 e 2015 percorreu a África, deslizando pela costa índica.
No ano seguinte voltou às estradas brasileiras, partindo do Rio de Janeiro para Salvador, passando mais uma vez por Brasília e Barreiras. Entre 2017 e 2018 enfrentou seu principal desafio até agora, percorrendo a Oceania, Ásia, Rússia e Europa.
comemore seu aniversário na
Mega Roller Skate Park
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--in via tradutor do google
Marcelo Gervásio Silva, 55, returns to the World of skateboard in honor of his father.
Passing through Barreiras, 858 km from Salvador, Rio de Janeiro skater Marcelo Gervásio Silva, 55, reviewed friends and spoke of the preparations for his new journey that should begin in September, when he wants to travel three thousand kilometers in Japan, a country that will host the Olympics next year.
The Brazilian was the first athlete to go around the world of skateboarding, adventure proven with documents and videos and completed in 2018 during the World Cup in Russia. The feat should appear in the Guinness Book / 2020, where he has already left all the evidence of his feat.
And although it was initially faced with "big perrengues", without financial support, the last trip was sponsored by a telecommunications company, which, thanks to the return obtained, has already ensured continuity for the next project.
His main motivation, according to the athlete, is a promise made in memory of his father, who died 15 years ago and who taught him to enjoy adventures and have a huge desire to meet different people and places.
In these 10 years of roads he has traveled 58 thousand kilometers and passed 47 countries with his skates, designed and built by him with fiberglass especially for this project. Larger than usual, his skateboards have two trunks, where he takes clothes, tent and all the paraphernalia needed for survival.
To carry electronic equipment, which is fundamental to your safety and to record the images of places you pass, your skateboard has a solar plate capable of meeting your daily energy needs.
With eight languages and easy communication, Marcelo is going through the difficulties he encounters. "The biggest obstacle is the crossing policy in some borders, where even with all the necessary documentation, difficulties are created," he said, who sometimes needed the interference of Brazilian representatives to continue his journey.
Also cultural difference, while enriching your travels, can be a problem. "In Russia, for example, I was arrested for being barefoot and, the other day, they wanted to arrest me because I had no shirt on the street," he said with a laugh.
Another setback is the extreme cold in some countries, as it got to face negative 31ºC in Kazakhstan. Food is also a challenge, he confessed, saying that in some places there is almost no fruit or vegetables. The ones that are there are expensive and the food is very greasy.
However, said Marcelo, many were the good surprises in his career. "I've been to beautiful places. Some countries are wonderful as Nepal, Georgia and Myanmar, he revealed, noting that in Germany and other European countries had great receptivity.
For him, however, there is no country better than Brazil. "Despite the great violence and other problems we face, walking around the world increases our love for our country of origin. It has no equal, "he said, adding that he still wants to return to Africa to travel the Atlantic coast.
TRAJETOS - Persevering in his goals he started his project in 2009, when he left Formosa (GO) for Rio de Janeiro. Between 2010 and 2011 he made the journey from Iapoque to Chuí and, in 2012, from Chuí to Ushuaia, the extreme point of South America.
In 2013 he left Rio de Janeiro for Pernambuco, passing through Brasília and Barreiras (for the first time). Between 2014 and 2015 he traveled across Africa, gliding along the Indian coast.
The following year he returned to the Brazilian highways, leaving from Rio de Janeiro to Salvador, once again passing through Brasilia and Barreiras. Between 2017 and 2018 he faced his main challenge so far, touring Oceania, Asia, Russia and Europe.
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