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quinta-feira, 25 de abril de 2019

Nos últimos anos, assistimos a um boom do skate feminino no Brasil. Com a estreia do esporte na Olimpíada, as mulheres manobram para superar os próximos obstáculos. -- In recent years, we have witnessed a boom in women's skateboarding in Brazil. With the premiere of the sport in the Olympics, women maneuver to overcome the next obstacles.

"Tem mina pra caramba andando. A gente se encontra nas pistas, pega o WhatsApp da outra e vai fazendo amizade”, conta a skatista profissional Débora de Oliveira, a Badel, 28 anos, durante um rolê na praça Roosevelt, no centro de São Paulo. O encontro reuniu dez skatistas mulheres e é um reflexo de como elas vêm usando as redes sociais para organizar encontros e participar de coletivos que visam fortalecer a cena do skate feminino, como é o caso do Minas no skate, The Fresh Girls of Sk8 e Minas na Sessão. “Descobrimos que juntas podemos fazer mais barulho”, diz a skatista profissional Vitória Mendonça, 19, sobre a atuação de mulheres tanto nas pistas quanto nos corres em busca de visibilidade e patrocínio.

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Em um rolê com a Tpm, no centro de SP. Da esq. para dir.: Luciana Barreto, Vitoria Bortolo, Giulia Del Bel, Kaline Toledo, Vitória Mendonça, Dandara Novato, Débora de Oliveira, Anairam De Leon. No chão, Isabela Morales e Camila de Alexandre Crédito: Anairam de Leon

O Circuito Brasileiro de Skate tem categorias femininas nas duas modalidades olímpicas, park e street, e as competições rendem pontos para as atletas, que podem vir a fazer parte da seleção brasileira em Tóquio. “Antes, os organizadores de algumas competições só colocavam as meninas por pressão nossa. Isso mudou quando o skate virou esporte olímpico”, defende Karen Jonz, 35, tetracampeã mundial de vertical e a primeira brasileira a conquistar uma medalha de ouro nos X Games, em 2008. Leticia Bufoni, 25, que já levou três medalhas de ouro nos X Games, no street, concorda e completa: “Outro ponto importante é o fato de o Brasil ter uma geração muito boa e competitiva, tanto no feminino quanto no masculino, o que ajuda o esporte no país. Temos nomes como Yndiara Asp, Pamela Rosa, Fadinha e muitas outras representando muito bem as mulheres”.

Karen lembra que quando começou a competir, há 16 anos, a categoria feminina costumava ser deixada em segundo plano: “Chegava num campeonato às 7 da manhã e os organizadores diziam que o feminino tinha sido cancelado porque não ia dar tempo. Quando a gente participava, era maltratada, não tínhamos premiação ou recebíamos os piores prêmios”. Leticia reforça: “Muitas vezes tive que competir contra homens, pois não existiam campeonatos femininos e ainda por cima não pagavam nada”.

A Olimpíada também vem influenciando os planos das brasileiras. Competir e, quem sabe, morar na gringa, costuma ser o sonho das skatistas que querem se profissionalizar. “Comecei a ir para os Estados Unidos porque sabia que tinha uma cena lá”, conta Karen. Com duas medalhas de ouro na categoria street dos X Games, Pamela Rosa, 19, de São José dos Campos (SP), sonha em morar nos Estados Unidos, mas resolveu adiar o projeto por conta das competições que vão rolar antes da Olimpíada.

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Vitória acertando com estilo a manobra smith grind Crédito: Anairam de Leon

“Tem muito campeonato no Brasil que gera pontos para entrar na seleção, então seria muita correria ir e vir sempre”, explica a atleta. “Com o STU [Skate Total Urbe, o equivalente ao circuito brasileiro de skate] e outros com categoria feminina em todas as modalidades, dá pra pensar em viver de skate no Brasil, o que antes era muito difícil”, diz a catarinense Yndiara Asp, 21, cotada para uma das três vagas da seleção brasileira no park. “Eu não competia no Brasil há muitos anos e nos últimos dois pude disputar quatro campeonatos em casa”, diz Leticia, que mora há 12 anos nos Estados Unidos.

Para o skatista Bob Burnquist, presidente da CBSK, os homens têm mais nível técnico e as mulheres acabam se inspirando em suas manobras. Consequentemente, o mercado apoia mais o skate masculino. A organização, segundo ele, não desenvolve ações direcionadas ao feminino e o crescimento da categoria é resultado de um processo de evolução das atletas ao longo de gerações, o que não tem necessariamente a ver com a estreia do esporte na Olimpíada. “Você vê a Rayssa Leal [no street], de 11 anos e um skate bem avançado. Ela se inspirou na Leticia Bufoni, que se inspirou na Elissa Steamer [americana de 43 anos que ganhou quatro medalhas de ouro nos X Games na modalidade street e foi a primeira mulher a se tornar skatista profissional, em 1998]. A cada geração, vai aumentando, naturalmente”, defende Bob.

A luta por equidade de gênero no esporte não é de hoje. Em 2005, as americanas Cara-Beth Burnside (skatista que ganhou três medalhas de ouro nos X Games, no vertical), Mimi Knoop (três medalhas de bronze nos X Games, também no vertical) e o treinador Drew Mearns fundaram a The Alliance, uma organização que representa skatistas mulheres de vários países, incluindo as brasileiras Karen Jonz e Ana Paula Negrão (skatista e fotógrafa de skate desde 1995). A Alliance desempenhou um papel fundamental para que homens e mulheres passassem a receber o mesmo prêmio nos X Games, a partir de 2008.

Polêmica
Por aqui, a discussão esquentou no ano passado, quando uma foto viralizou na internet por conta da discrepância de valores entre as premiações de uma competição. A imagem mostrava Yndiara e o skatista Pedro Barros, vencedores do Oi Skate Jam, realizado em Itajaí (SC), segurando cheques com seus prêmios: ele com R$ 17 mil e ela com R$ 5 mil. Yndi ficou surpresa com a repercussão: “Isso mostra o quanto as mulheres estão com força e vontade pra defenderem a equidade”, disse à Tpm, na época. Já a organização do evento declarou em nota que considerou a “participação qualitativa e quantitativa de skatistas profissionais” e que, por essa razão, teria julgado adequado oferecer um prêmio menor às mulheres.

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Yndiara Asp no bowl Crédito: Anthony Acosta/ Red Bull Content Pool

Enquanto isso, marcas que patrocinam skatistas começaram a olhar com mais cuidado para a categoria feminina nos últimos anos. Em 2017, a Vans incluiu ações direcionadas ao skate feminino em uma campanha global. No ano seguinte, igualou premiações da competição mundial Vans Park Series e passou a oferecer aulas gratuitas para mulheres em uma pista particular, em São Paulo. Mas a diferença ainda é significativa: hoje, patrocinam 12 skatistas brasileiros – nove homens e três mulheres. Já a Volcom apoia seis skatistas homens e uma mulher no Brasil. Há três meses, Vanessa Rodriguez atua como gerente de marketing de skate feminino na marca, prova de que estão de olho neste universo.

O interesse pelo esporte extrapolou o segmento. A Farm lançou seu primeiro skate, como parte da sua coleção feminina, em 2012 e repetiu em 2015. “Sempre estamos de olho nos movimentos da rua e, quando percebemos mais meninas andando de skate e utilizando o carrinho para mobilidade, tivemos desejo de criar para esse público”, conta Kátia Barros, diretora da marca. Já a Melissa lançou seu skate em 2016. Lá fora, a italiana Emporio Armani lançou no ano passado uma coleção-cápsula inspirada na modalidade.

“Na era das redes sociais, é cada vez mais importante registrar manobras e o lifestyle de quem quer viver do skate”, diz a jornalista Grazi Oliveira, 29, que criou o Go Channel, um canal no YouTube para dar visibilidade ao skate feminino. “Muitas meninas me pedem para gravar vídeos que mostrem as manobras mais embaçadas, num pico um pouco mais difícil, com mais cuidado na filmagem”, explica Grazi. Lá fora, o longa Skate Kitchen, baseado na história real de um coletivo homônimo de garotas skatistas de Nova York, foi uma das sensações do Festival Sundance 2018.

Há também iniciativas para incentivar o skate feminino nos bowls e nas pistas particulares nacionais: “Hoje tem rolê gratuito em São Paulo praticamente todos os dias, dá até para escolher. Sempre tem seção free para as minas na Bowl House e Cave Pool [na zona oeste], por exemplo”, diz Badel.

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Leticia Bufoni, que mora há 12 anos nos EUA por conta do skate; Pamela Rosa disputando o Street League Skate, em 2018, no Rio Crédito: Foto Leticia: EmilKjos/ Red Bull Content Pool. Foto Pamela: Divulgação/ Julio Detefon

Mas nem sempre foi assim. “A geração de minas que veio antes de mim entrava na pista e tomava pedrada. Elas tinham que lidar com todo o preconceito”, diz Karen. “Gostava muito quando me confundiam com um homem e não tinha nada a ver com identidade de gênero. É que rolava muito ‘elogio’ do tipo ‘nossa, você nem parece uma menina andando’. Cheguei a raspar o cabelo, usava roupas gigantescas para evitar que vissem meu corpo durante algum movimento.”

A paulistana Priscila Morais, 32, anda há 20 anos e relembra o quanto o skate era estigmatizado na época em que começou. “A menina que andava era tachada de sapatão e drogada. Eu precisava deixar o skate na casa de um amigo porque meu pai escondia ou quebrava para que eu não andasse”, conta ela, que praticava com os garotos do bairro. O esporte a ajudou a enfrentar o cotidiano difícil na periferia paulistana. “O skate salvou a minha vida. O lifestyle urbano abriu minha cabeça para música, literatura, passei a conhecer pessoas e lugares.”

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Dora Varella, um dos destaques da nova geração de skatistas; Priscila Morais, skatista amadora Crédito: Foto Dora: Divulgação/ Tauana Sofia; Foto Priscila: Thomas Teixeira

Assim como muitas mulheres de sua geração, Priscila, que hoje é corretora de imóveis, teve que abdicar da carreira no esporte por falta de apoio financeiro. “Entre 2004 e 2007, fui a muitos campeonatos, tinha patrocínio, achava que ia viver disso. Mas percebi que precisaria ter mais do que o skate feminino podia me dar naquela época. Fui estudar, trabalhar e continuei andando por hobby porque eu amo”, explica. “As garotas que continuaram essa história foram competir fora do Brasil e tiveram a oportunidade de morar em outro país.”

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Karen Jonz, tetracampeâ mundial no
vertical Crédito: Divulgação/ Julio Detefon

Longe do preconceito de décadas atrás, a família de Pamela a apoiou ao longo de cinco anos em busca de patrocínio até ela se tornar skatista profissional, em 2017. “Eles me ajudaram muito e hoje eu posso ajudar de volta”, diz a atleta, que é cotada para a seleção brasileira no street. De manobra em manobra, as skatistas droparam preconceitos e foram adiante.


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--in via tradutor do google
In recent years, we have witnessed a boom in women's skateboarding in Brazil. With the premiere of the sport in the Olympics, women maneuver to overcome the next obstacles.

"We have a good time walking, we meet on the slopes, get WhatsApp from the other and make friends," says professional skateboarder Débora de Oliveira, Badel, 28, on a Roosevelt square in downtown São Paulo. The meeting brought together ten women skaters and is a reflection of how they have been using social networks to organize gatherings and participate in groups that aim to strengthen the female skate scene, such as Minas skateboarding, The Fresh Girls of Sk8 "We discovered that together we can make more noise," says the professional skater Vitória Mendonça, 19, about the performance of women on the track as well as running for visibility and sponsorship.

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On a roll with Tpm, in the center of SP. From esq. to dir .: Luciana Barreto, Vitoria Bortolo, Giulia Del Bel, Kaline Toledo, Vitória Mendonça, Dandara Novato, Débora de Oliveira, Anairam De Leon. On the floor, Isabela Morales and Camila de Alexandre Credit: Anairam de Leon

The Brazilian Skate Circuit has women's categories in both Olympic, Park and Street, and the competitions award points for the athletes, who may be part of the Brazilian team in Tokyo. "Before, the organizers of some competitions only put the girls under pressure from us. That changed when skateboarding became an Olympic sport, "said Karen Jonz, 35, four-time world champion in vertical and the first Brazilian to win a gold medal at the X Games in 2008. Leticia Bufoni, 25, who has already won three gold medals in X Games, on the street, agrees and adds: "Another important point is that Brazil has a very good and competitive generation, both in the men's and women's, which helps the sport in the country. We have names like Yndiara Asp, Pamela Rosa, Fadinha and many others representing women very well. "

Karen recalls that when she started competing 16 years ago, the women's category used to be left in the background: "I would arrive at a championship at 7 am and the organizers said that the female had been canceled because it was not going to give time. When we participated, she was mistreated, we did not have awards or we received the worst awards. " Leticia adds: "I often had to compete against men because there were no women's championships and they paid nothing."

The Olympics has also been influencing Brazilian plans. Competing and, who knows, living in gringa, is usually the dream of skaters who want to become professional. "I started going to the United States because I knew there was a scene there," says Karen. Pamela Rosa, 19, from São José dos Campos (SP), has two gold medals in the X Games street category. She dreams of living in the United States but decided to postpone the project because of the competitions that will be played before the Olympics.

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Victory hitting with style the maneuver smith grind Credit: Anairam de Leon

"There is a lot of championship in Brazil that generates points to enter the selection, so it would be very rush to always come and go," explains the athlete. "With STU [Skate Total Urbe, the equivalent of the Brazilian skateboarding circuit] and others with women's category in all modalities, it's possible to think of skating in Brazil, which was very difficult before", says Yndiara Asp , 21, quoted for one of the three vacancies of the Brazilian national team in the park. "I have not competed in Brazil for many years and in the last two I could compete in four home championships," says Leticia, who has been living in the United States for 12 years.

For the skateboarder Bob Burnquist, president of CBSK, men have more technical level and women end up being inspired by their maneuvers. Consequently, the market is more supportive of male skateboarding. The organization, according to him, does not develop actions directed to the feminine and the growth of the category is the result of a process of evolution of the athletes for generations, which does not necessarily have to do with the premiere of the sport in the Olympics. "You see Rayssa Leal [on the street], 11, and a very advanced skateboarder. She was inspired by Leticia Bufoni, who was inspired by Elissa Steamer [a 43-year-old American who won four gold medals at the Street X Games and was the first woman to become a pro skater in 1998]. With each generation, it increases, of course, "says Bob.


The struggle for gender equity in sport is not today. In 2005, the United States, Cara-Beth Burnside (skateboarder who won three X Games gold medals in the vertical), Mimi Knoop (three bronze medals in X Games, also upright) and coach Drew Mearns founded The Alliance, an organization that represents women skaters from various countries, including Brazil's Karen Jonz and Ana Paula Negrão (skater and skateboarding photographer since 1995). The Alliance played a key role for men and women to receive the same award in the X Games, starting in 2008.



Controversy
Around here, the discussion heated up last year, when a photo viralized on the internet because of the discrepancy of values ​​between the awards of a competition. The image showed Yndiara and skateboarder Pedro Barros, winners of the Oi Skate Jam, held in Itajaí (SC), holding checks with their prizes: he with R $ 17 thousand and she with R $ 5 thousand. Yndi was surprised by the rebound: "It shows how much women are strong and willing to defend equity," he told Tpm at the time. The organization of the event stated in a note that it considered the "qualitative and quantitative participation of professional skaters" and that, for this reason, it would have considered it appropriate to offer a lower prize to women.

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Yndiara Asp no bowl Credit: Anthony Acosta / Red Bull Content Pool

Meanwhile, brands sponsoring skaters have begun to look more carefully at the female category in recent years. In 2017, Vans included actions aimed at female skateboarding in a global campaign. The following year she matched awards from the Vans Park Series world competition and began offering free classes for women on a private track in São Paulo. But the difference is still significant: today, 12 Brazilian skateboarders - nine men and three women - sponsor. Volcom supports six men and one woman skaters in Brazil. Three months ago, Vanessa Rodriguez serves as marketing manager for the brand's female skateboard, proof that they are eyeing this universe.

Interest in the sport extrapolated the segment. Farm launched its first skateboard as part of its women's collection in 2012 and repeated it in 2015. "We are always on the lookout for street moves and when we see more girls skateboarding and using the mobility trolley, we had a desire to create for this audience, "says Kátia Barros, brand director. Already Melissa launched her skateboard in 2016. Outside, the Italian Emporio Armani launched last year a collection-inspired capsule in the modality.

"In the age of social networks, it is increasingly important to record maneuvers and the lifestyle of those who want to live on skateboards," says journalist Grazi Oliveira, 29, who created the Go Channel, a YouTube channel to give visibility to women's skating. "Many girls ask me to record videos that show the most blurry maneuvers, at a slightly more difficult peak, with more care in shooting," explains Grazi. Out there, the long Skate Kitchen, based on the true story of a homonymous collective of girl skaters in New York, was one of the sensations of the 2018 Sundance Festival.

There are also initiatives to encourage female skateboarding in bowls and national private tracks: "Today, there is a free ride in São Paulo practically every day, even to choose from. There's always a free section for the mines in the Bowl House and Cave Pool [in the west zone], for example, "says Badel.

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Leticia Bufoni, who has lived in the United States for 12 years because of skateboarding; Pamela Rosa vying for the Street League Skate, in 2018, in the Rio Credit: Photo Leticia: EmilKjos / Red Bull Content Pool. Photo Pamela: Press Release / Julio Detefon

But it was not always so. "The generation of mines that came before me entered the lane and took stone. They had to deal with all the prejudice, "says Karen. "I loved it when they confused me with a man and had nothing to do with gender identity. It was a lot of 'praise' of our kind, you do not even look like a girl walking. I even scratched my hair, wore gigantic clothes to keep them from seeing my body during any movement. "

Priscila Morais, a 32-year-old from São Paulo, has been walking for 20 years and recalls how much the skate was stigmatized at the time it started. "The girl who walked was called a dyke and drugged. I needed to leave the skateboard at a friend's house because my father hid it or broke it so I would not walk, "she says, practicing with the boys in the neighborhood. The sport helped her to face the difficult daily life in the outskirts of São Paulo. "The skate saved my life. The urban lifestyle opened my head to music, literature, I got to know people and places. "

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Dora Varella, one of the highlights of the new generation of skaters; Priscila Morais, amateur skater Credit: Photo Dora: Press Release / Tauana Sofia; Photo Priscilla: Thomas Teixeira

Like many women of her generation, Priscilla, who is now a real estate broker, had to give up her career in the sport for lack of financial support. "Between 2004 and 2007, I went to many championships, had sponsorship, I thought I would live this. But I realized that I needed to have more than the female skateboard could give me at that time. I went to study, to work and to continue walking for hobby because I love ", explains. "The girls who continued this story were competing outside Brazil and had the opportunity to live in another country."

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Karen Jonz, global tetracampeâ in vertical Credit: Divulgação / Julio Detefon

Far from the prejudice of decades ago, Pamela's family backed her over five years in search of sponsorship until she became a pro skater in 2017. "They helped me a lot and today I can help them back," says the athlete, which is quoted for the Brazilian national team on the street. In maneuvering maneuver, the skaters dropped prejudices and went ahead.











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