A inclusão do skate nas Olimpíadas em 2020 valorizou ainda mais o esporte e é vista como um dos motivos de uma disputa política entre organizações que pretendem representar os atletas do Paraná. Neste ano, o “Movimento Skate, Ordem e Progresso”, que reúne associações de skatistas dissidentes da Federação de Skate do Paraná, decidiu organizar uma associação que possa representar a categoria e assumir o lugar da atual agremiação. Um pedido para que a federação paranaense seja deslegitimada deve ser feito à Confederação Brasileira de Skate (CBSk).
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Fernando Johnson (de camisa branca)
com apoiadores do movimento Skate, Ordem e Progresso
(Foto: Franklin de Freitas)
O grupo atribui a medida a um “declínio do skate em todos os cenários, ocasionado por uma gestão pouco eficiente”. “O Estado que já foi considerado celeiro do skate nacional, hoje conta com poucas pistas aptas para treino, principalmente na Capital, pouco ou nenhum incentivo para os atletas, como no caso do skate feminino, retirado do Circuito paranaemse por 4 anos, retornando somente em 2018, após o anúncio do Skate às Olimpíadas. Apesar da enorme soma de dinheiro arrecadado com patrocínios e apoios, pouco foi feito”, justifica o Movimento Skate, Ordem e Progresso, em comunicado.
Há também um imbróglio jurídico causado por denúncias sofridas pelo atual presidente da entidade, Adalto Elias Pereira, acusado de exploração sexual contra três supostas vítimas, que têm entre 15 e 17 anos. Mesmo afastado das funções na federação, a pedido do Ministério Público, desde o fim do ano passado, também por problemas de má gestão, Adalto encabeça a chapa eleita para dirigir a entidade.
A oposição afirma que os votos das associações filiadas foram manipulados. “Eles fizeram uma armação jurídica em que o advogado e o vice da chapa dele presidiram a mesa (da comissão eleitoral). Nós tínhamos 14 votos contra 8 e eles foram tirando, anulando voto nosso, um a um, alegando que não tinham prestação de contas. Oito a dez votos (de associações) foram anulados”, afirma Fernando Johnson, porta-voz do grupo que pretende lançar a nova federação, que se candidatou a presidente.
Johnson reclama que os filiados não foram avisados sobre a suposta falta de documentação. “Não avisaram a gente sobre qual associação estava ativa, qual não estava. A Federação esteve fechada o mês inteiro da convocação, abrindo apenas na véspera para inscrição de chapas, recebida por um voluntário, não por um membro da Federação”, explica Johnson. “O observador da confederação sugeriu adiar a eleição para 15 de janeiro, dando tempo para prestação de contas e para as associações arrumarem a documentação”. Segundo ele, diante da negativa, a oposição se retirou da disputa: “Diante da impossibilidade de voz e voto, direitos totalmente desrespeitados na assembleia e temendo o pior devido ao calor dos ânimos, demos as costas à federação”. Foi quando, de acordo com Jonhson, a Prá-Skate ressurgiu. Atuando discretamente no apoio de projetos, como a Go Skate Curitiba, a OSCIP criada em 2016, abriu as portas para o movimento de dissidentes da Federação e decidiu organizar o skate no Paraná através de outra liga. “Juntou o skate com a vontade de andar. A estrutura é enxuta, cristalina, mas estruturada de forma profissional e legalmente preparada”, disse Johson, que assumirá a presidência da Prá-Skate.
Acusado de exploração sexual, presidente alega “armação política”
O presidente afastado da federação, Adalto Elias Pereira, atribui as denúncias de abuso sexual contra ele a uma “armação política”. “Isso tudo foi armação política. Vou provar na Justiça que não devo nada. São acusações de adversários. Esse processo foi na eleição de 2013. Fizeram a mesma acusação”, responde.
Pereira afirma que sua reeleição foi legítima e que seguiu o estatuto da federação. “Todos os concorrentes tem possibilidade para isso (vencer a eleição). Se não aceitou o resultado da eleição eles tem direito de ir atrás. Estou afastado. Concorri a eleição porque não tinha impedimento. O afastamento era para não trabalhar na federação. Mas eu não participei da eleição. Quem participou da eleição foi um procurador meu (o advogado Ygor Salmen)”, afirma.
O presidente afastado afirma que as denúncias de abuso sexual e uma outra que questionou as contas da federação tem o intuito de tirá-lo da federação e que a tentativa de criar uma nova entidade é pelo fato de a oposição não aceitar o resultado .“Ganhamos. Por isso que eles estão correndo atrás. Mesmo se eu renunciar à federação quem assume é o vice-presidente (Jhonatan Moraes dos Santos). Só não concorreu (as associações filiadas que votaram) quem estava com documentação irregular. Se você é filiado a um clube e não paga mensalidade não tem direito a voto”, justifica.
Adalto Pereira afirma que a ação que questionou as contas já foi sanada. “Eles entraram antes da eleição, as duas chapas, entraram no MP questionaram a prestação de contas da federal. Na semana passada o MP deu retorno dizendo que está tudo em dia, deu um parecer favorável”, garante.
Em setembro de 2018, ele foi afastado das funções de forma liminar a pedido do Ministério Público do Paraná, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Infrações Penais contra Crianças, Adolescentes e Idosos de Curitiba. A denúncia é pela prática do crime de exploração sexual contra adolescentes.
Conforme denúncia recebida pela Promotoria, o acusado atraía os jovens com a promessa de benefícios materiais, como peças de skate. No momento da retirada dos equipamentos, o homem pedia em troca a “realização de atos sexuais”. Os crimes teriam sido praticados na sede da Federação, no bairro Tarumã, em Curitiba.
Além de afastado cautelarmente de suas atividades na FSP, conforme a liminar, o acusado deve “abster-se de exercer qualquer função ou atividade ligada à Federação, estando, ainda, proibido de adentrar as sedes da referida agremiação e instituições filiadas, campeonatos esportivos, estabelecimentos recreativos ou quaisquer eventos voltados ao público infanto-juvenil”.
O processo está em segredo de justiça. O advogado de Adalto, Ygor Salmen, afirma que a ação aguarda espaço na pauta de audiências da vara da infância do Tribunal de Justiça. “A secretaria está abarrotada de processo. E nós cobramos, inclusive, que se designe a audiência porque somos os mais interessados em esclarecer”, diz.
O advogado respalda sua tese no argumento de perseguição política. “O que posso dizer é que há neste processo, sim, ‘armação política’. Esse mesmo grupo vem realizando uma série de denúncias contra Adalto desde 2013 e todas até agora foram arquivadas. Inclusive, a última relacionada à prestação de contas foi arquivada pelo Ministério Público”, defende.
De acordo com o advogado, as associações de oposição não souberam participar do processo eleitoral e, por isso, agora querem anular a eleição. “O que acontece é uma insatisfação de um grupo que não consegue consolidar exigências mínimas para compor uma associação. Não apresentam sequer a documentação necessária para concorrer. Este ato (eleição) foi consolidado e validado pela Confederação Nacional do Skate. Para participar dos atos basta apresentar a documentação básica para participar dos processos”, ironiza. Fernando Johnson, por sua vez, informou que o movimento para criar uma nova federação começou em agosto do ano passado e não em 2013.
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Group wants new skate federation in Paraná, Brazil.
The inclusion of skateboarding in the Olympics in 2020 added value to the sport and is seen as one of the reasons for a political dispute between organizations that intend to represent the athletes of Paraná. This year, the "Skate Movement, Order and Progress", which brings together dissident skaters associations of the Skate Federation of Paraná, decided to organize an association that could represent the category and take the place of the current association. A request for the federation of Paraná to be delegitimized should be made to the Brazilian Confederation of Skate (CBSk).
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Fernando Johnson (white shirt) with supporters of the movement Skate, Order and Progress (Photo: Franklin de Freitas)
The group attributes the measure to a "decline of the skateboard in all scenarios, caused by an inefficient management". "The state that once was considered the barn of the national skateboard, today has few tracks suitable for training, mainly in the Capital, little or no incentive for the athletes, as in the case of the female skateboard, removed from the Circuit paranaemse for 4 years, returning only in 2018, following the announcement of the Skate to the Olympics. Despite the huge amount of money raised with sponsorship and support, little has been done, "said the Movement Skate, Order and Progress, in a statement.
There is also a legal imbroglio caused by denunciations suffered by the president of the entity, Adalto Elias Pereira, accused of sexual exploitation against three alleged victims, who are between 15 and 17 years old. Even at the request of the Public Prosecutor's Office, at the request of the Public Prosecutor's Office, since the end of last year, also because of problems of mismanagement, Adalto heads the elected board to run the organization.
The opposition claims that the votes of the affiliated associations were manipulated. "They made a legal frame in which the lawyer and the deputy of his plate presided the table (of the electoral commission). We had 14 votes against 8 and they were taking away, voiding our vote, one by one, claiming they were not accountable. Eight to ten votes (of associations) were canceled, "says Fernando Johnson, spokesman for the group that intends to launch the new federation, which has run for president.
Johnson complains that affiliates have not been advised of the alleged lack of documentation. "They did not tell us what association was active, which was not. The Federation has been closed the whole month of the convocation, opening only the day before for registration of plates, received by a volunteer, not by a member of the Federation, "explains Johnson. "The observer of the confederation suggested postponing the election to January 15, giving time for accountability and for the associations to arrange documentation." According to him, facing the negative, the opposition withdrew from the dispute: "Faced with the impossibility of voice and vote, rights totally disrespected in the assembly and fearing the worst due to the heat of the mood, we turned our backs on the federation." It was when, according to Jonhson, Prá-Skate resurfaced. Acting discreetly in support of projects, such as Go Skate Curitiba, the OSCIP created in 2016, opened the doors to the movement of dissidents of the Federation and decided to organize the skate in Paraná through another league. "He joined the skateboard with the urge to walk. The structure is lean, crystalline, but professionally structured and legally prepared, "said Johson, who will take over the presidency of Prá-Skate.
Accused of sexual exploitation, president claims "political frame"
The distant president of the federation, Adalto Elias Pereira, attributes the allegations of sexual abuse against him to a "political framework". "This was all political rigging. I will prove in court that I owe nothing. They are accusations of opponents. This process was in the 2013 election. They made the same accusation, "he replies.
Pereira affirms that his re-election was legitimate and that it followed the statute of the federation. "All competitors have a chance for this (win the election). If you did not accept the result of the election they have the right to go after. I'm away. I was elected because I had no impediment. The withdrawal was not to work in the federation. But I did not participate in the election. Those who participated in the election were my attorney (lawyer Ygor Salmen), "he says.
The president says that allegations of sexual abuse and another that questioned the accounts of the federation is intended to remove him from the federation and that the attempt to create a new entity is because the opposition does not accept the result. "We won . That's why they're running after. Even if I give up the federation, the one who assumes is the vice president (Jhonatan Moraes dos Santos). Only those who did not compete (the affiliated associations that voted) who were with irregular documentation. If you are affiliated with a club and do not pay monthly, you do not have the right to vote, "he explains.
Adalto Pereira affirms that the lawsuit that questioned the accounts has already been remedied. "They entered before the election, the two plates, entered the MP questioned the accountability of the federal. Last week the MP gave a return saying that everything is up to date, gave a favorable opinion, "guarantees.
In September 2018, he was dismissed from the functions of an injunction at the request of the Public Prosecutor's Office of Paraná, through the 1st Prosecutor's Office of Criminal Offenses against Children, Adolescents and Elders of Curitiba. The complaint is for the practice of the crime of sexual exploitation against adolescents.
According to a complaint received by the Prosecutor's Office, the accused attracted young people with the promise of material benefits such as skateboarding. At the time of the removal of the equipment, the man requested in return the "accomplishment of sexual acts". The crimes would have been practiced in the headquarters of the Federation, in the district Tarumã, in Curitiba.
In addition to being cautious of his activities in the FSP, according to the injunction, the accused must "refrain from any function or activity linked to the Federation, and is prohibited from entering the headquarters of said association and affiliated institutions, sports championships, recreational facilities or any events aimed at children and youth. "
The lawsuit is a matter of justice. Adalto's attorney, Ygor Salmen, says the lawsuit waits for space on the court roster of child court hearings. "The office is packed with lawsuits. And we even charge that we designate the audience because we are most interested in clarifying, "he says.
The lawyer backs up his thesis on the argument of political persecution. "What I can say is that there is in this process, yes, 'political framework'. This same group has been carrying out a series of denunciations against Adalto since 2013 and all of them so far have been shelved. In fact, the last one related to the rendering of accounts was filed by the Public Prosecutor's Office, "he argues.
According to the lawyer, the opposition associations did not know how to participate in the electoral process and, therefore, now want to cancel the election. "What happens is a dissatisfaction of a group that can not consolidate minimum requirements to form an association. They do not even have the necessary documentation to run. This act (election) was consolidated and validated by the National Confederation of Skate. In order to participate in the acts, it is enough to present the basic documentation to participate in the processes ", ironizes. Fernando Johnson, meanwhile, said the move to create a new federation began in August last year rather than in 2013.
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