Ouça o texto

domingo, 1 de março de 2020

texto longo - O hip hop é delas: o flow e o talento das mulheres na cultura de rua. -- Hip hop is theirs: the flow and talent of women in street culture.

As artistas superam os estigmas e mostram suas habilidades rimando, discotecando, dançando e grafitando.

Não era coisa de menina cantar rap, era o que a rapper Stefanie Ramos ouvia quando decidiu começar sua trajetória nessa cultura. A história dela com a música é longa, e vem do berço familiar. Meus tios tocavam na bateria de uma escola de samba, onde meu pai tinha uma ala e meu avô era vice-presidente. Meu irmão era DJ.

Influenciada por Cris SNJ, Dina Dee, Nina Brown e muitas outras mulheres que já atuavam nessa cultura nos anos 90, os eventos de rap a permitiram conhecer outros elementos da arte que circulava intensamente pelas periferias.

Vi uma apresentação de um grupo na época e me identifiquei com a maneiras que eles rimavam, daí eu passei a ficar canetando algumas rimas em casa, mas sem pretensão de cantar, conta ela, que hoje é uma das principais vozes femininas dentro do rap. O tempo foi me mostrando que o hip hop fazia parte da minha vida e cá estou.

Depois de marcar a adolescência de muitos com a música Juventude do grupo Simples, do qual fez parte, e passando pelo grupo feminino Rimas e Melodias, Stefanie cravou seus pés na carreira solo com a música Mulher MC que descreve como um grito de orgulho a todas as mulheres que vieram antes dela, e as que virão depois. Algumas MCs já chegaram em mim dizendo que foi um som muito importante para elas, que as motivou a dar continuidade em suas carreiras, em seus sonhos e isso é maravilhoso, conta.

Mas não é apenas na música que Stefanie consegue mostrar toda a sua versatilidade e talento. Mãe de Humberto e Malena, ela concilia a carreira de MC com a maternidade, um de seus maiores desafios. Cuidar de casa, dos filhos e ter que produzir é bem complicado, mas meu marido me ajuda demais nessa jornada, além do apoio familiar que temos, diz.

A marginalização que o rap sofreu na época trouxe algumas consequências em sua carreira e mesmo sendo apaixonada pela cultura, a rapper vivenciou situações difíceis . Eu me auto-sabotei durante um bom tempo porque não conseguia me ver cantando.

Muitas pessoas me desanimavam também, principalmente por ser um estilo com forte presença masculina. Se manter nesse mercado requer muita organização, dedicação e fé em nós mesmos, pois a grande maioria das pessoas não valoriza os artistas.

A força de outras mulheres lutando pelo seu espaço dentro dessa contra-cultura trouxe para a MC um incentivo muito mais forte para continuar cantando e mostrando que sim, o lugar da mulher é também no hip hop. Hoje felizmente vejo um número muito maior de mulheres, além de cantoras, vemos técnicas de som, produtoras musicais, produtoras executivas, o que antes não se via, diz, animada.

Além de sua trajetória inspirando outras mulheres, Stefanie conseguiu dar um novo sentido e até mesmo seu estilo depois que começou a se entender dentro do hip hop. Quando começou, era natural que ela e outras mulheres usassem roupas mais largas, como uma tentativa de serem aceitas dentro do movimento. Antes eu sentia vergonha de me maquiar ou me arrumar pra fazer show, hoje já não tenho nada disso, inclusive eu amo me produzir, me vestir como eu quero, arrumar meu cabelo como eu amo, me valorizar, disse ela, feliz em fazer parte dessa transformação do rap.

Entre a rua, muros e cores
Foi através de batalhas de rap que Criola, como é conhecida, observava as paredes que cercavam aquele ambiente. Grafitadas, desenhadas, cheias de formas e letras. O autodidatismo no hip hop é uma realidade, já que muitos artistas percursores dessa arte, começaram sozinhos – e não foi diferente com ela. Achava muito interessante, mas acreditava que era algo impossível de fazer, até comprar as tintas e tentar, explica.

Natural de Belo Horizonte, em 2008 Criola ganhou uma bolsa em um curso livre em design de moda, que foi fundamental para entender que qualquer pessoa pode desenhar. No grafite, como em qualquer outra arte, é importante que se tenha prática.

A experiência que marcou sua vida como grafiteira tem a ver com reconhecimento, não necessariamente do público, mas de uma pessoa com um laço muito maior. Meu pai pintou um prédio comigo. Ele não gostava, mas se rendeu depois de ver como é incrível e que eu amo fazer. A partir desse episódio, seu pai entendeu a importância da arte na vida da filha, além de ter se sentido especial em participar do momento. Nossa relação ficou mais próxima depois que ele começou a pintar comigo, conta ela emocionada.

Seus desenhos já a permitiram colorir os arranhas-céus de cidades como São Paulo, Salvador, e Rio de Janeiro. Mas sua maior conquista, foi ir para fora do Brasil a convite da Nike. Fui pra Paris. Se não fosse o grafite isso não seria possível. Era fora da minha realidade, revelou.

O grafite sempre teve atuação das mulheres, mas com menos visibilidade. Existe uma dificuldade em reconhecer qualquer tipo de arte no nosso país, ainda mais quando se fala de mulheres produzindo. Temos muitas grafiteiras talentosas nesse cenário, mas não são tão visadas como os homens.

A artista mistura a sua experiência com moda e a paixão pelo grafite, além de usar representações de corpos negros femininos para mostrar todo o seu talento através das pinturas. Cores e formas geométricas que são as marcas registradas de sua arte. Gosto de dizer que a rua é o corpo da cidade, e o grafite é sua estampa, como uma roupa. Assim misturo a moda com os desenhos, explica.

Os desenhos são reflexo de suas angustias, medos, alegrias e inspirações. É através dessa arte que ela dá um novo sentido para sua própria imagem e, consequentemente, para outras mulheres negras no cenário. Sei do poder da arte e uso da melhor forma. Quero gerar conexões nas pessoas através do que eu desenho, disse.

Ela realmente segura esse baile?
Depois de sofrer uma fratura andando de skate aos 17 anos, Míria Santos Alves buscava um novo hobby para se dedicar. Mesmo longe das quatro rodinhas, ela participava de eventos e começou a perceber o trabalho dos DJs que tocavam no lugar.

Sua curiosidade a levou a buscar casas de cultura que ensinassem a arte de discotecar. Foi nesses espaços que comecei a ter contato, e conheci outros DJs. A cultura hip hop sempre fez parte da minha vida, mas tudo mudou depois que conheci os discos, conta.

Hoje, aos 29 anos, ela gerencia um projeto que tem feito a diferença não só dentro da cultura, mas transformando a vida de mulheres de todos os cantos do Brasil. O que parece ser algo clichê, com um nome que pode ser definido como Tensão Pré Menstrual, foi ressignificado pela DJ e sua equipe. Comecei uma pesquisa nas redes sociais, perguntando para as mulheres o que vinha na cabeça quando pensavam em TPM, e elas respondiam que era algo ruim. Então nasceu o TPM: Todas Podem Mixar, em 2016.

As oficinas de discotecagem têm o objetivo de ensinar às mulheres interessadas as principais técnicas que um DJ precisa saber e colocar as alunas no mercado da música como profissionais, conta Míria, que antes desse feito, teve um longo caminho de aprendizagem e aperfeiçoamento do seu talento. Nos primeiros seis anos fazia jornada dupla, dividia minha carreira de DJ com um trabalho formal. Tudo isso para juntar dinheiro e comprar meus equipamentos.

A parte financeira foi resolvida assim que conseguiu comprar o que precisava para começar a discotecar, mas haviam outras dificuldades pelo caminho. Foi difícil me colocar no mercado como DJ e representante do hip hop e da música negra. A mulher antes não era a primeira opção para ser contratada. Usei muito as redes sociais para mostrar o meu trabalho e isso me ajudou muito a me colocar como profissional”

Depois de ficar um ano no grupo de rap D Quebrada, a DJ começou a tocar nos bailes da cidade de São Paulo, o que firmou ainda mais a sua conexão com os toca discos e a mixagem. Ali dei um start na noite e me apaixonei. Eu amo baile, amo tocar na noite, ver a reação das pessoas enquanto toco é fascinante.

As primeiras edições do TPM contavam com 10 alunas. O número continua o mesmo e é proposital. Abrimos novas turmas sempre que dá, mas queremos um número baixo de alunas para ensinar o ofício da discotecagem de verdade, diz Míria, animada com os próximos passos do TPM, que já formou cerca de 350 alunas. 40% delas já trabalham na noite como DJs. Algumas não foram para a discotecagem, mas usaram todo o conhecimento que ganharam nas oficinas para ampliar os seus trabalhos.

Passando por outros estados brasileiros e colocando cada vez mais mulheres dentro de uma cultura dominada por homens, Míria deseja ampliar ainda mais o alcance do TPM. A ideia é levar para o Nordeste, mostrar para as mulheres de lá outras opções de carreira. Que elas tenham capacidade de crescer e fazer a música crescer em suas cidades.

A dança não é efêmera
Fabiana Balduína, mais conhecida como Fabgirl, enxerga a dança como um canal de expressão daquilo que é a minha essência, que eu achei que nunca fosse se manifestar. Fã das divas pop, quando começou a surgir seu desejo pela dança, apenas copiava as coreografias dos vídeos clipes.

Até que um festival de dança conseguiu mudar o que ela entendia sobre essa arte. Vi uma menina fazer moinho de vento [movimento do break], e aquilo me encantou. Sempre falo da importância das referências: foi uma mulher que me apresentou de forma indireta o break.

Assim, começou uma rotina intensa de treinos e estudos acerca desse estilo, que antes não abraçava as mulheres. Quando comecei era uma das poucas que dançavam. Só podíamos entrar na roda de batalha se os caras permitissem. O impasse para exercer sua paixão não foi o suficiente para que ela desistisse, e o ímpeto coletivo a impulsionou a criar a crew BSBGIRLS em 2003, sendo o primeiro grupo de bgirl do Distrito Federal.

Seu empenho a levou para lugares inimagináveis, e a primeira conquista aconteceu no ano de 2008, quando foi para a Alemanha representar o Brasil na competição Battle Of The Year, uma das mais importantes da modalidade. Pensei em parar de dançar depois que vi a realidade e a diferença dos dançarinos. Fiquei impactada e imaginei que aquilo não era para mim, explicou.

Mas ela não parou, e mais uma vez a dança a surpreendeu. Em 2018, a competição de bboys Red Bull BC One criou a categoria feminina – depois de mais de 15 anos de evento. O inesperado foi ter sido convidada para ser jurada da disputa, no dia de seu aniversário. Foi muito marcante, considero um presente incrível do universo. Eu era a única mulher na banca de júri e poder assistir à categoria feminina acontecendo no Brasil e no mundo foi algo muito marcante, disse.

Inspirada pela cultura e dança afro-brasileira, seus movimentos mostram a verdade e a essência de quem ela é. Fabiana se utiliza da dança para manifestar sua ancestralidade, força, e toda a cultura que sempre se empenhou em estudar.

Percursora dessa movimentação de mulheres dentro do Breaking, ela reconhece que há muito chão pela frente, mas tem disposição de sobra para continuar atuando junto a outras mulheres, dando continuidade à presença feminina no hip hop.

Depois de passar por grupos de Rap, Stefanie se lançou na carreira solo em 2018 com seu primeiro single (Foto: Renato Nascimento/Divulgação)
1-





Venha conhecer a, 

maior e melhor pista de 

patinação sobre rodas do Brasil,


Mega Roller Skate Park.


Sinta-se livre para me deixar uma menssagem na rede social em,
arroba, mega, zero, sete, nove, nove, três, seis, sete, oito, ,
aguardamos seu contato.
-
 Diga não a notícia falsa.
-
-
Esta reportagem tem a garantia de apuração 
do endereço do LINK abaixo.
-
This report is guaranteed to verify 

the address of the LINK above
-

by Natural Language Processing (NLP) 
via Processamento de linguagem natural (PNL).
-
fonte da notícia no link,
Por: Esmeralda Santos













--in via tradutor do google
Hip hop is theirs: the flow and talent of women in street culture.

The artists overcome stigmas and show their skills by rhyming, DJing, dancing and graffiti.

It wasn't a girl thing to sing rap, it was what rapper Stefanie Ramos heard when she decided to start her career in that culture. Her history with music is long, and comes from the family cradle. My uncles played the drums at a samba school, where my father had a wing and my grandfather was vice president. My brother was a DJ.

Influenced by Cris SNJ, Dina Dee, Nina Brown and many other women who already worked in this culture in the 90s, the rap events allowed her to meet other elements of the art that circulated intensely in the peripheries.

I saw a presentation by a group at the time and I identified with the ways they rhymed, so I started to sing some rhymes at home, but with no intention of singing, she says, who today is one of the main female voices in rap. Time showed me that hip hop was part of my life and here I am.

After marking the adolescence of many people with the song Juventude by the Simples group, of which she was a part, and passing through the female group Rimas e Melodias, Stefanie put her feet on her solo career with the song Mulher MC which she describes as a cry of pride to all the women who came before her, and those who will come after her. Some MCs have already come to me saying that it was a very important sound for them, that motivated them to continue their careers, in their dreams and that is wonderful, he says.

But it is not only in music that Stefanie is able to show all her versatility and talent. Mother of Humberto and Malena, she reconciles the career of MC with motherhood, one of her biggest challenges. Taking care of the house, the children and having to produce is very complicated, but my husband helps me a lot on this journey, in addition to the family support we have, she says.

The marginalization that rap suffered at the time brought some consequences on her career and even though she was passionate about culture, the rapper experienced difficult situations. I sabotaged myself for a long time because I couldn't see myself singing.

Many people discouraged me too, mainly because it is a style with a strong masculine presence. Staying in this market requires a lot of organization, dedication and faith in ourselves, as the vast majority of people do not value artists.

The strength of other women fighting for their space within this counter-culture brought to MC a much stronger incentive to continue singing and showing that yes, the place of women is also in hip hop. Today, fortunately, I see a much larger number of women, in addition to singers, we see sound techniques, music producers, executive producers, which was not seen before, she says, excited.

In addition to his trajectory inspiring other women, Stefanie managed to give a new meaning and even his style after he started to understand himself within hip hop. When it started, it was natural for her and other women to wear looser clothes, as an attempt to be accepted into the movement. Before I was ashamed to put on makeup or get ready to do a show, today I don't have any of that anymore, including I love producing myself, dressing as I want, getting my hair done as I love, valuing myself, she said, happy to be part this transformation of rap.

Between the street, walls and colors
It was through rap battles that Criola, as she is known, observed the walls that surrounded that environment. Graffiti, drawn, full of shapes and letters. Self-education in hip hop is a reality, since many precursor artists of this art, started alone - and it was no different with it. He found it very interesting, but he believed it was impossible to do, until he bought the paints and tried it, he explains.

Born in Belo Horizonte, in 2008 Criola won a scholarship in a free course in fashion design, which was essential to understand that anyone can design. In graphite, as in any other art, it is important to have practice.

The experience that marked his life as a graffiti artist has to do with recognition, not necessarily from the public, but from a person with a much greater bond. My father painted a building with me. He didn't like it, but he surrendered after seeing how amazing it is and what I love to do. From this episode on, her father understood the importance of art in her daughter's life, in addition to feeling special about participating in the moment. Our relationship got closer after he started painting with me, she says with emotion.

Her drawings have already allowed her to color the skyscrapers of cities like São Paulo, Salvador, and Rio de Janeiro. But his biggest achievement was to go outside Brazil at Nike's invitation. I went to Paris. If it weren't for graphite, this wouldn't be possible. It was out of my reality, he revealed.

Graffiti has always been used by women, but with less visibility. There is a difficulty in recognizing any type of art in our country, especially when talking about women producing. We have many talented graffiti artists in this scenario, but they are not as targeted as men.

The artist mixes her experience with fashion and her passion for graffiti, in addition to using representations of female black bodies to show all her talent through paintings. Colors and geometric shapes that are the trademarks of his art. I like to say that the street is the body of the city, and graffiti is its print, like clothing. So I mix fashion with drawings, he explains.

The drawings reflect his anguish, fears, joys and inspirations. It is through this art that she gives a new meaning to her own image and, consequently, to other black women in the scene. I know the power of art and use it in the best way. I want to generate connections in people through what I draw, he said.

Does she really hold this ball?
After suffering a fracture while skateboarding at the age of 17, Míria Santos Alves was looking for a new hobby to dedicate herself to. Even away from the four wheels, she participated in events and began to realize the work of the DJs that played in the place.

Her curiosity led her to seek cultural houses that taught the art of DJing. It was in these spaces that I started to have contact, and I met other DJs. Hip hop culture has always been part of my life, but everything changed after I met the records, he says.

Today, at 29, she manages a project that has made a difference not only within the culture, but transforming the lives of women from all corners of Brazil. What seems to be a cliché, with a name that can be defined as Premenstrual Tension, has been re-signified by the DJ and his team. I started a survey on social media, asking women what came to mind when they thought about PMS, and they replied that it was a bad thing. Then TPM was born: Todas Pode Mixar, in 2016.

The discotheque workshops aim to teach interested women the main techniques that a DJ needs to know and put students in the music market as professionals, says Míria, who before that feat, had a long way of learning and improving her talent . In the first six years I was on a double journey, sharing my DJ career with a formal job. All this to save money and buy my equipment.

The financial part was solved as soon as he was able to buy what he needed to start DJing, but there were other difficulties along the way. It was difficult to put myself in the market as a DJ and representative of hip hop and black music. The woman before was not the first option to be hired. I used social media a lot to show my work and it helped me to put myself as a professional ”

After spending a year in the rap group D Quebrada, the DJ started playing at the dances in the city of São Paulo, which further strengthened her connection with record players and mixing. There I started the night and fell in love. I love dancing, I love playing at night, watching people's reactions while playing is fascinating.

The first editions of the TPM had 10 students. The number remains the same and is purposeful. We open new classes whenever we can, but we want a low number of students to teach the profession of real DJing, says Míria, excited by the next steps of the TPM, which has already trained about 350 students. 40% of them already work at night as DJs. Some did not go to DJing, but used all the knowledge they gained in the workshops to expand their work.

Passing through other Brazilian states and placing more and more women into a culture dominated by men, Míria wishes to further expand the reach of TPM. The idea is to take to the Northeast, to show women there other career options. May they have the capacity to grow and make music grow in their cities.

Dance is not ephemeral
Fabiana Balduína, better known as Fabgirl, sees dance as a channel of expression of what is my essence, which I thought would never manifest. A fan of pop divas, when his desire for dance began to emerge, he only copied the choreographies of the music videos.

Until a dance festival managed to change what she understood about this art. I saw a girl doing a windmill [break movement], and that enchanted me. I always talk about the importance of references: it was a woman who introduced me to the break indirectly.

Thus, began an intense routine of training and studies about this style, which previously did not embrace women. When I started I was one of the few who danced. We could only join the battle wheel if the guys allowed it. The impasse to exercise her passion was not enough for her to give up, and the collective momentum propelled her to create the BSBGIRLS crew in 2003, being the first bgirl group in the Federal District.

Her efforts took her to unimaginable places, and the first achievement came in 2008, when she went to Germany to represent Brazil in the Battle Of The Year competition, one of the most important in the sport. I thought about quitting dancing after I saw the reality and the difference of the dancers. I was impacted and imagined that this was not for me, she explained.

But she didn't stop, and once again the dance surprised her. In 2018, the Red Bull BC One bboy competition created the women's category - after more than 15 years of event. The unexpected thing was that she was asked to be a judge on the dispute, on her birthday. It was very remarkable, I consider it an incredible gift from the universe. I was the only woman on the jury board and being able to watch the women's category happening in Brazil and in the world was something very remarkable, she said.

Inspired by Afro-Brazilian culture and dance, her movements show the truth and the essence of who she is. Fabiana uses dance to express her ancestry, strength, and the whole culture that she has always endeavored to study.

A precursor of this movement of women within Breaking, she recognizes that there is a lot of ground ahead, but she has plenty of willingness to continue acting with other women, continuing the female presence in hip hop.

After going through Rap groups, Stefanie launched a solo career in 2018 with her first single (Photo: Renato Nascimento / Disclosure)
1-

By Collaborated: Esmeralda Santos




Nenhum comentário:

Postar um comentário