Companheiro inseparável do skate desde os 14 anos de idade, Sandro Soares aprendeu com a pranchinha a cair e a se levantar, a corrigir seu posicionamento e a tentar de novo até conseguir acertar. Lição aprendida, lição compartilhada. Com esse aprendizado, Sandro transformou o skate em ferramenta de inclusão social.
Se o que Testinha, como é conhecido, tinha a ensinar era como superar os tombos que a vida dá, sua primeira escola não podia ser mais adequada: seus primeiros alunos foram os internos da Fundação Casa, a antiga Febem, no ano de 2000. Onze anos e mais de 1.200 jovens atendidos depois, Testinha deixou para trás o ambiente murado, mas não sua ferramenta de ensino.
Criou em Poá, no extremo leste da Grande São Paulo, onde vive, a ONG Social Skate e o projeto Manobra do Bem, por meio dos quais promove a inserção social de crianças das redondezas.
A cada final de semana, ele oferece café da manhã, lanche da tarde e aulas de skate para mais de 50 crianças e adolescentes de sua cidade natal. Com o apoio da mulher, a pedagoga Leila Vieira, a formação cultural e educacional dos jovens também cresce junto com as manhas nas rodinhas. Além das aulas de equilíbrio sobre a pranchinha, oficinas de grafite e artesanato e atividades de dança de rua, a ONG acompanha o rendimento na escola dos participantes.
"Não tem mágica. Tem força de vontade. Se o trabalho das comunidades for depender de política, etc, a coisa não anda. Somos independentes, e skate é isso, liberdade, é voar."
Sandro Testinha é o maior fã dos Transformadores. Conhece o projeto desde a primeira edição, se identifica com cada homenageado e sempre teve a vontade de ser um deles. Com três anos de sua ONG Social Skate e o projeto Manobra do Bem ele chegou onde sabia que chegaria graças a sua dedicação. Mas sua história com trabalhos sociais é mais antiga.
Depois de mais de uma década trabalhando na Fundação Casa em um projeto social ensinando skate para os internos, ele se viu sem chão. Estava desempregado e pior do que isso: sem o poder de transformar a vida dos jovens. Um poder que ele valoriza demais e tinha aprendido há muito tempo seu valor.
"O trabalho de prevenção é mais barato e muito mais eficaz. Evita o contato com a coisa negativa, como costumo dizer"
Testinha começou a se importar com o social quando foi em um evento de amigos na Fundação quando ainda se chamava Febem. “Nós descobrimos esse evento de skate na unidade Tatuapé, conhecida pela violência e rebeliões, e entramos de penetra. Lá dentro percebi que as crianças que estavam lá vinham de um lugar muito parecido com o meu. A diferença é que eu tive a oportunidade de conhecer a cultura do skate. Eu pensei que tinha que dar essa oportunidade pra eles”, diz.
Ensinar skate fez Testinha aprender coisas novas. O que ele chama de maior aprendizado de sua vida foi ter a noção de que o trabalho na Fundação Casa era maravilhoso, mas não funcionava tão bem. Ajudar as crianças a se reintegrar com a sociedade era ótimo, muito legal, mas por que não trabalhar pra evitar que elas saíssem dela? “O trabalho de prevenção é mais barato e muito mais eficaz. Evita o contato com a coisa negativa, como costumo dizer. A influência da criminalidade e da promiscuidade são coisas que tiram a parte lúdica da infância, a inocência da brincadeira”.
Depois de um mês terrível desempregado e triste, uma escolinha de surf de um amigo que Testinha viu na praia o fez conectar as ideias. Era hora de fazer o tal trabalho de prevenção. Ele não tinha perdido seu poder. E assim, uma semana depois, ele já estava na rua com uma rampa e um skate trabalhando. Era o começo de uma nova fase.
Como dar aula só com um skate? Testinha não ligava para esse questionamento que alguns faziam. Ele pôs o projeto na rua e queria ver no que ia dar. “Recursos são necessários. Hoje você tem uma entidade firme que vai lutar por editais ou tem algum projeto bancado com patrocínio. Isso desestimula porque tudo parece muito difícil. Aqui nós tentamos obter novas maneiras de obter os recursos”. Testinha arriscou um caminho. Para um cara com sua experiência, um cara que andou com Bob Burnquist e viu Sandro Dias ganhar o primeiro campeonato profissional, ele tinha uma rede de amigos e contatos fiel. “Meus recursos são minhas amizade, meus contatos”. E assim ele conseguiu mais rampas, mais skates, fazer camisetas para o projeto. As redes sociais são outro veículo que Testinha usa sempre.
“Não tem mágica. Tem força de vontade. Se o trabalho das comunidades for depender de política, etc, a coisa não anda. Somos independentes, e skate é isso, liberdade, é voar. Como dizia o Chorão: 'Os homens podem falar, mas os anjos podem voar.'”
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Sandro Soares, The skater who teaches the maneuvers of life.
An inseparable companion of the skateboard since the 14 years of age, Sandro Soares learned with the board to fall and to get up, to correct its positioning and to try again until getting right. Lesson learned, shared lesson. With this learning, Sandro turned the skateboard into a social inclusion tool.
If what Testinha, as it is known, had to teach was how to overcome the falls that life gives, its first school could not be more appropriate: its first students were the interns of the Foundation Casa, the old Febem, in the year of 2000. Eleven years and more than 1,200 young people attended after, Testinha left behind the walled environment, but not its teaching tool.
He created in Poá, in the extreme east of Greater São Paulo, where he lives, the NGO Social Skate and the Maneuver of Good project, through which he promotes the social insertion of children in the neighborhood.
Every weekend, he offers breakfast, afternoon snack and skateboarding classes to more than 50 children and teens in his hometown. With the support of the woman, the pedagogue Leila Vieira, the cultural and educational formation of the young also grows along with the morning in the wheels. In addition to the balance classes on the board, graphite and handicraft workshops and street dance activities, the NGO tracks the participants' school performance.
"It's not magic, it's willpower, if the work of the communities is to depend on politics, and so on, things do not move.
Sandro Testinha is the biggest fan of Transformers. He knows the project since the first edition, identifies himself with each honoree and has always wanted to be one of them. With three years of his NGO Social Skate and the project Maneuver of the Well he arrived where he knew that he would arrive thanks to his dedication. But his history with social works is older.
After more than a decade working at the Casa Foundation on a social project teaching skateboarding for inmates, he found himself without ground. He was unemployed and worse than that: without the power to transform young people's lives. A power he valued too much and had long learned its value.
"Prevention work is cheaper and much more effective. It avoids contact with the negative thing, as I usually say"
Testinha began to care about the social when she went to an event of friends at the Foundation when she was still called Febem. "We discovered this skateboarding event in the Tatuapé unit, known for violence and rebellion, and we penetrated. Inside I realized that the children that were there came from a place very similar to mine. The difference is that I had the opportunity to get to know the skate culture. I thought I had to give them that opportunity, "he says.
Teach skateboard made Testinha learn new things. What he calls the greatest learning of his life was to have the notion that the work at the Casa Foundation was wonderful, but it did not work so well. Helping the children to reintegrate into society was great, very cool, but why not work to keep them out of it? "Prevention work is cheaper and much more effective. Avoid contact with the negative thing, as I say. The influence of crime and promiscuity are things that take away the playful part of childhood, the innocence of play. "
After a terrible unemployed and sad month, a surfing school from a friend that Testinha saw on the beach made him connect the ideas. It was time to do such prevention work. He had not lost his power. And so, a week later, he was already on the street with a ramp and a working skateboard. It was the beginning of a new phase.
How to teach with only a skateboard? Testinha did not care about this questioning that some did. He put the project on the street and wanted to see what he was going to do. "Resources are needed. Today you have a firm entity that will fight for edicts or have some banked project with sponsorship. This discourages us because everything seems very difficult. Here we try to get new ways to get the resources. " Testinha risked a path. For a guy with his experience, a guy who walked with Bob Burnquist and saw Sandro Dias win the first professional championship, he had a loyal network of friends and contacts. "My resources are my friendship, my contacts." And so he got more ramps, more skates, make t-shirts for the project. Social networks are another vehicle Testinha always uses.
"There is no magic. You have willpower. If the work of the communities is to depend on politics, etc., the thing does not walk. We are independent, and skate is this, freedom, it is flying. As the Chorão said: 'Men can speak, but angels can fly.' "
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