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sábado, 28 de julho de 2018

Entrevista com Giovanni Vianna, ouro no X Games, é a maior promessa da nova geração do street skate. - Interview with Giovanni Vianna, gold in the X Games, is the biggest promise of the new generation of street skate.

O menino ruivo de 17 anos saiu de Santo André para surpreender o mundo com um skate de base perfeita e um jeitão simples de ser.

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Giovanni Vianna

Precisão, agressividade e ritmo. Essas são as três características primordiais que fizeram o jovem skatista Giovanni Vianna atrair a atenção dos caras do The Berrics – a participação dele na série Bangin! é uma das mais bonitas dos últimos tempos –, de marcas como Volcom, Vans, Maze e, mais recentemente, da alta patente dos X Games. O menino ruivo de 17 anos, local de Santo André, São Paulo, Brasil, chegou na encolha para sua estreia na etapa Next X em Minneapolis, nos EUA, sexta (20) passada, e apavorou na disputa. Quando todos os olhares midiáticos se voltavam para Luizinho, revelação brasileira na categoria park, Giovanni surpreendeu e levou o ouro do street.

Neste sábado, 28, a partir das 15h, Giovanni participará da City Copa - Das Days, evento da Adidas Skateboarding que rola no Largo da Batata, em São Paulo. Haverá sessão de skate com competições e demo do time da marca.

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Giovanni Vianna
Volcom - Real Life Happening


Giovanni Vianna fala a VICE deste grande momento e outras fitas.

VICE: E aí mano, como é a sensação de estrear no X Games com um ouro na mala?

Giovanni Vianna: É um sentimento único, na real, porque todo mundo tinha chance de ganhar. Mas eu estava muito confiante na linha que montei na cabeça, e consegui acertar ela na última volta ali, tudo perfeitinho. Por isso acho que acabei ganhando. Não fui o único a acertar a linha toda, mas acertei com mais perfeição. Eu estava muito confiante quando dropei...


O que você sentiu quando recebeu a convocação?

Foi um bagulho inacreditável pra mim, porque, desde pequeno, quando tinha os X Games no Brasil, eu ia com meu pai, minha mãe, assistir. Ficava lá torcendo pros brasileiros. Dessa vez, quando fui chamado, fiquei numa emoção louca, estar ali no meio dos caras, conhecer eles.


Como foi quando você subiu pela primeira vez num skate?

Nem lembro do momento exato, porque o skate está na minha vida desde sempre. Meu pai diz que comecei a brincar com o skate aos dois anos de idade. Não me recordo muito bem, mas meus pais me contam umas histórias de que eu sempre fui apaixonado por esportes radicais, futebol... E meu pai sempre gostou de me levar nas pistas, andar. Isso foi rolando até que um dia ele percebeu que eu poderia ter um futuro profissional. Nisso, ele foi me apoiando, me levava pra todos os campeonatos pra participar, e aí aconteceu que evolui como esportista, e ele ainda fica do meu lado. Tamo aí nessa corrida.



Giovanni Vianna

Quando você percebeu que já havia alcançado um nível profissional?

Entre 2010 e 12 foi que eu percebi que dava pra ser profissional, acho que porque comecei a ganhar um pouco mais de força. Nessa época fiquei ainda mais apaixonado pelo skate e passei a mudar meu estilo no skate, meu jeito de vestir, o modo de pensar, conheci pessoas novas que mudaram minha cabeça. Comecei a descobrir outros lados do skate que não conhecia. Nisso, me lancei nas filmagens, passei a andar mais na rua, conhecer os caras. É uma paixão que acho que nunca vai sumir. Não consigo nem explicar, é um bagulho único. Esse amor que eu sinto pela filmagem de skate, por andar na rua com os amigos, ver o vídeo pronto.


Onde você costuma andar?

Comecei a andar na Plasma, no Centro de São Paulo, era uma pista coberta. Sou de Santo André, aí, quando fechou a Plasma, perto de casa tem uma pista chamada Ana Brandão. Sempre ando lá, foi ali que evoluí e conheci os moleques. Até hoje tenho uma amizade muito forte com eles, na real eles são a minha crew, meus amigos mesmo de infância. 


Fale sobre as metas que você busca e as que já conquistou.

Uma das metas conquistadas foi entrar no X Games. Não era nem ganhar, é mais estar ali no meio dos caras. Não me importo muito em ganhar, só em competir e fazer parte da galera, conhecer as pessoas. Um dos feitos que mais gosto é ter lançado a minha vídeo part do Gingerzillian. A première teve duas sessões cheias. Foi na época em que estava ficando conhecido, e achei muito incrível que as pessoas foram assistir e gostaram. O Bangin!, do The Berrics foi outra conquista minha, estar ali dentro, em meio às pessoas. O que eu mais gosto é isso: andar de skate, me divertir e conhecer as pessoas que fizeram alguma história no skate. O meu sonho, na real, é acrescentar algo na história do skate também.

A sua família continua lhe acompanhando, agora na fase profissional?

Minha família sempre me apoiou, meu pai, principalmente, minha mãe e minha irmã. Meu pai está até hoje comigo nos campeonatos, ele inclusive veio pros X Games. Ele estava assistindo na arquibancada lá, sei lá, ele me dá uma confiança a mais no que eu faço. É um carinho ali que ele tem por esse estilo de vida, essas paradas de esportes radicais, tipo motocross, mega rampa. Ele curte, por isso que é legal, bate a sintonia.


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Giovanni Vianna

Tem outros vídeos nos quais você se orgulha de ter aparecido?

Outros vídeos daora que participei foram o Welcome to The Team, da Vans, o My City, da Volcom também, mostrando os picos onde ando na minha cidade. E tem um videozinho que fiz com a minha galera, a première rolou mais entre os amigos mesmo, mas foi bem legal, que foi uma das minhas primeiras video parts.


Deve ser bem louco você assistir hoje em dia as primeiras filmagens e notar a própria evolução, né?

Eu evoluí em tudo, até no jeito de colocar a meia, até o lance dos óculos, que eu usava antes, e agora uso lente. O modo de se vestir, tudo mudou... Como eu remo, o jeito de posicionar as mãos e os braços na hora de mandar as manobras...


De quais manobras registradas você mais se orgulha?

No Gingerzilian tem duas manobras. Ou melhor, três. Uma, foi numa viagem a Brasília, que eu mandei num banco da cidade, onde tem um corrimão, um half cab de front. Essa manobra, eu tinha ido pra lá só pra mandar ela. Outras duas foram: no corrimão do Ibirapuera, de kink, ali foi uma luta de umas três horas pra conseguir ir até o final; e, num corrimão que fica no Centro de São Paulo, onde tem 21 degraus, eu fecho a minha parte dando um board front. Fui cinco dias lá, e só no último consegui acertar. Por isso que é louco o skate da rua. Sei lá, skatista é louco, fica tentando até conseguir acertar nem que seja só uma vez. Essa persistência ajuda em tudo na vida, a virar gente, se ligar em algumas coisas, se cuidar.


Cita aí outros skatistas que lhe inspiram.

Curto muito ver vários caras andando. Tipo o Daan Van Der Linden, que era da Vans e foi pra Nike, anda pra Volcom também, Anti-Hero. E também gosto muito de ver o Ishod Wair. Sei lá, são skatistas fluentes, é bonito de ver, um bagulho natural, que brilha neles, mostra que eles nasceram pra fazer aquilo.


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Giovanni Vianna

Você anda sistematicamente todos os dias?

Na real, não sou muito chegado a treinar, treinar. Gosto de ir pra pista com objetivo de aprender alguma manobra nova. Ou me divertir com os amigos e gravar esse videozinhos que a gente faz no celular. A gente vai nuns lugares perto de casa, uns piquinhos que tem na rua... Não sou muito chegado a ficar focado em campeonato porque isso atrapalha o meu psicológico, fico mais nervoso, prefiro que seja natural e não forçado.


Sem treinar, como você constrói as linhas nos campeonatos?

Na hora você faz meio que uns carvings na pista, vai montando naturalmente, como uma jam mesmo. Tipo, você vai deslizando e sente que o bagulho vai sair, você fica confiante. Às vezes faço isso, vejo a pista antes, ando um pouco nela. Porque é bem diferente você ver o desenho da pista e andar nela. Você imagina uma manobra pela foto, mas quando chega na pista vê que é bem mais difícil de mandar.


O que você achou da pista do X Games?

Essa pista do X Games, por exemplo, eu achei um pouco lenta. É que não costumo montar linhas usando muito os quarters, sabe? E essa pista, na hora que você cai nela, ela não te joga pra cima no quarter, é um pouco mais apertadinha. Mas, mesmo assim, a construção é perfeita.


O que você curte fazer quando não está andando de skate?

O que gosto mesmo, além de andar de skate, é ficar com a minha família e amigos. Jogando um videogame, sei lá, zoando. É só isso mesmo. A gente fica até altas horas jogando videogame.







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in via tradutor do google
Interview with Giovanni Vianna, gold in the X Games, is the biggest promise of the new generation of street skate.

The 17-year-old redheaded boy left Santo André to surprise the world with a perfect base skateboard and a simple way of being.

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Giovanni Vianna

Accuracy, aggressiveness and rhythm. These are the three primary characteristics that made the young skater Giovanni Vianna catch the attention of the guys from The Berrics - his participation in the Bangin series! is one of the most beautiful of recent times - from brands such as Volcom, Vans, Maze and, most recently, the high ranking of the X Games. The 17-year-old redheaded boy from Santo André, Sao Paulo, Brazil, has shrunk to his debut on the Next X stage in Minneapolis last Friday, and he freaked out. When all the media glances turned to Luizinho, Brazilian revelation in the park category, Giovanni surprised and took the gold from the street.

On Saturday, September 28th, from 3pm, Giovanni will participate in the City Cup - Das Days, an Adidas Skateboarding event that runs at Largo da Batata, in São Paulo. There will be skating session with competitions and demo of the brand team.

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Volcom - Real Life Happening

Giovanni Vianna tells VICE about this great moment and other tapes.

VICE: Hey, man, how does it feel to debut at X Games with a gold in the suitcase?
Giovanni Vianna: It's a unique feeling, in real, because everyone had a chance to win. But I was very confident in the line I put on my head, and I managed to hit her on the last lap there, all perfect. That's why I think I ended up winning. I was not the only one to hit the whole line, but I hit it with more perfection. I was very confident when I droped ...

What did you feel when you received the call?
It was incredible to me because, since I was little, when I had the X Games in Brazil, I went with my father, my mother, to watch. I was there cheering the Brazilians. This time, when I was called, I was in a crazy mood, to be there among the guys, to meet them.

What was it like when you first boarded a skateboard?
I can not even remember the exact moment because skateboarding has been in my life forever. My dad says I started playing with skateboard when I was two years old. I do not remember very well, but my parents tell me some stories that I've always been passionate about extreme sports, football ... And my dad always liked to take me on the slopes, to walk. That was rolling until one day he realized that I could have a professional future. In that, he was supporting me, took me to all the championships to participate, and then it happened that he evolved as a sportsman, and he is still on my side. Tamo there in this race.

When did you realize that you had already attained a professional level?
Between 2010 and 12 was that I realized that it was to be professional, I think because I started to gain a little more force. At that time I became even more passionate about skateboarding and started to change my style on skateboarding, the way I dress, the way I think, I met new people who changed my mind. I began to discover other sides of the skateboard I did not know about. In that, I got into the filming, started to walk on the street, meet the guys. It's a passion that I think will never go away. I can not even explain it, it's a piece of cake. This love I feel for the skateboarding, for walking on the street with friends, see the video ready.

Where do you usually hang out?
I started walking in Plasma, downtown São Paulo, it was an indoor track. I'm from Santo André, there, when I closed Plasma, near the house there is a lane called Ana Brandão. I always go there, it was there that I evolved and met the kids. To this day I have a very strong friendship with them, in fact they are my crew, my very childhood friends.

Talk about the goals you seek and those you have already achieved.
One of the goals was to join X Games. It was not even winning, it's more like being there in the middle of the guys. I do not care much to win, just to compete and to be part of the galera, to know the people. One of the feats that I like most is to have released my video part of the Gingerzillian. The premiere had two full sessions. It was back when I was getting acquainted, and I found it incredibly amazing that people were watching and liked it. Bangin !, from The Berrics was another achievement of mine, to be in there, among people. What I like the most is this: skateboarding, having fun and meeting people who did some skateboarding. My dream, in reality, is to add something in skate history as well.

Does your family continue to accompany you, now in the professional stage?
My family always supported me, my father, especially my mother and my sister. My father is still with me in the championships, he even came to X Games. He was watching in the bleachers there, I do not know, he gives me more confidence in what I do. It is a love there that he has for that lifestyle, these extreme sports parades, motocross type, mega ramp. He likes it, so it's cool, beats the tune.

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Are there any other videos you are proud to have appeared?
Other daora videos I attended were Welcome to The Team, from Vans, My City, from Volcom as well, showing the peaks where I walk in my city. And there is a video I made with my guys, the premiere rolled more among the same friends, but it was really cool, it was one of my first video parts.

It must be crazy, you watch the filming nowadays and notice the evolution itself, right?
I evolved in everything, even in the way I put the sock, even the glasses, which I used before, and now I use a lens. The way of dressing, everything changed ... As I row, the way to position the hands and the arms in order to send the maneuvers ...

Which registered maneuvers are you most proud of?
In Gingerzilian has two maneuvers. Or rather, three. One, it was on a trip to Brasilia, which I sent to a city bank, where it has a handrail, a half cab of front. This maneuver, I just went there to send her. Another two were: on the banister of Ibirapuera, de kink, there was a fight of about three hours to get to the end; and on a railing that is in the center of São Paulo, where there are 21 steps, I close my part by giving a board front. I went there for five days, and only in the last I got it right. That's why the street skate is crazy. I do not know, skater is crazy, he keeps trying until he can hit it even once. This persistence helps in everything in life, to turn people, to connect in some things, to take care.

Quote other skaters who inspire you.
I'm very happy to see several guys walking. Like Daan Van Der Linden, who was from Vans and went to Nike, go to Volcom too, Anti-Hero. And I also really like seeing Ishod Wair. I do not know, they are fluent skaters, it's beautiful to see, a natural bag that shines on them, shows that they were born to do that.

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Do you walk systematically every day?
Actually, I'm not very close to training or training. I like to go to the track in order to learn some new maneuver. Or have fun with friends and record this video that we do on the cell phone. We go somewhere close to home, some little dicks that have on the street ... I'm not very close to being focused on the championship because it disturbs my psychological, I become more nervous, I prefer it is natural and not forced.

Without training, how do you build the lines in the championships?
At the time you do kind of carvings on the track, goes riding naturally, like a jam. Like, you're slipping and you feel like the stuff is going to come out, you're confident. Sometimes I do this, I see the track before, I walk in it a little. Because it's very different to see the track layout and walk on it. You imagine a maneuver by the photo, but when it arrives in the lane sees that it is much more difficult to command.

What did you think of the X Games track?
That X Games track, for example, I found a bit slow. It's just that I do not usually make lines using quarters much, you know? And this clue, when you fall on it, it does not throw you up in the quarter, it's a little tighter. But even so, the construction is perfect.

What do you enjoy doing when you're not skateboarding?
What I really like, besides skateboarding, is staying with my family and friends. Playing a video game, I do not know, kidding. That's all. We stay up late playing video games.

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