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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Hexacampeão mundial, Sandro Dias fala sobre skate, carreira e Olimpíadas de 2020. - World champion Sandro Dias talks about skateboarding, racing and the 2020 Olympics.

Para popularizar o skate, que estará no programa olímpico pela primeira nos Jogos de Tóquio, em 2020, o projeto "Academia do Skate" vem rodando Minas Gerais para apresentar, e, quem conquistar novos adeptos. Mais de seis mil pessoas já participaram do evento, que conta com aulas e palestras, todas de graça. Na sua passagem por Belo Horizonte, o programa, montado no Shopping Cidade até este domingo, recebeu uma visita mais do que especial: do skatista Sandro Dias, o Mineirinho.

0 hexacampeão mundial deu muitas dicas e passou um pouco de sua experiência para crianças e adolescentes, de 7 a 17 anos, que já se aventuram ou buscam se aventurar sobre as quatro rodinhas.

Expoente do esporte no Brasil, Mineirinho afirma que, se as Olimpíadas fossem hoje, o Brasil chegaria para brigar por medalhas nas modalidades park e street, no masculino e no feminino. Apesar de sua categoria não estar nos Jogos, a halfpipe, ele está pensando se tentará uma vaga, quer seguir ajudando para a popularização do skate e, mesmo aos 43 anos, afirma que ainda tem muita lenha para queimar.




De onde surgiu a paixão pelo skate?
A paixão pelo skate surgiu desde criança. Comecei a andar de skate com 10 anos. Eu andava de skate com os amigos de infância. Só que eu usava o skate de uma forma diferente, eu e um amigo meu. A gente colocava um pneu de carro em cima do skate e revezava: cada hora um sentava em cima do skate e o outro empurrava. Aí ganhei um skate de natal dos meus pais, em 1985. A partir de então, comecei a aprender a andar de skate em pé e peguei amor pelo esporte. 

Eu morava em Santo André (SP), comecei a participar das competições que tinha na região e nunca mais parei, mesmo com todas as dificuldades da época que o esporte tinha. Na verdade, o skate nem era um esporte, era uma moda. Toda criança acabava ganhando um skate dos pais e comigo não foi diferente. Além do mais, não tinha muito incentivo para a prática, não tinha pistas de skate como tem hoje e nem material de ponta. Apesar de todas as dificuldades, eu comecei a freqüentar os lugares onde eles ensinavam skate em Santo André e, como eu disse, fui participar das competições e nunca mais parei.


Quando percebeu que o skate poderia se tornar uma profissão?
Em 2001 foi que eu realmente achei que eu poderia tentar viver do skate. Eu trabalhava na empresa do meu pai há 8 anos, me formei na faculdade e já era profissional de skate há seis anos. O skate, nessa época, já me dava uma renda maior do que trabalhar com meu pai, por conta dos patrocinadores e dos eventos que eu participava. Então, quando me formei na faculdade, eu tinha que escolher: se eu continuaria vivendo atrás do meu sonho, que era ser um skatista profissional ou se seguia trabalhando com o meu pai. 

Eu decidi seguir o meu sonho. Aí tive que me dedicar 100% para que as coisas começassem a dar certo. Mudei pra Califórnia, nos Estados Unidos, que era onde tudo acontecia, e fiquei envolvido totalmente com o mundo do skate. Comecei a participar de todos os eventos possíveis: Estados Unidos, Europa, Austrália, Ásia. Toda organização era feita através de alguma companhia na Califórnia. Por isso me mudei pra Califórnia. As coisas começaram a dar certo e eu comecei a viver só do skate.

E quando viu que teria condições de se tornar um atleta de ponta?
Quando eu me formei na faculdade (2001), eu já participava o Circuito Mundial há cinco, seis anos, mais ou menos. Em 2001, eu já estava entre os 10 do ranking mundial e fui campeão europeu, em 2002. Quando eu me mudei pra Califórnia, fui campeão europeu pela segunda vez e já estava entre os cinco do ranking mundial. Em 2003, fui campeão europeu pela terceira vez e foi a primeira vez que conquistei o título Mundial. Então, quando eu consegui me dedicar 100% naquilo que eu queria, foi quando as coisas começaram realmente a dar certo. Eu só pensava nisso e só me dedicava pra isso: ser um skatista de ponta.


O skate tem um espaço pequeno no Brasil?
Não é de hoje, mas há mais de 10 anos o skate é o segundo esporte mais praticado do país. É lógico que a gente perde para o futebol. Não tem como comparar nenhum outro esporte com o futebol, por sua grandeza. É claro também que o skate é um esporte relativamente novo, que a maioria das pessoas não tem essa informação, isso é fato. Porém, a gente está, cada vez mais, ganhando espaço na mídia, tendo mais espaço para a prática, a realização de eventos grandes no Brasil, enfim, está tomando um espaço legal. Lógico que falta demais, falta muito ainda, só que eu acho que tende a crescer bastante, ainda mais agora que o skate virou um esporte olímpico. Tende a crescer muito e é o que a gente espera né: mais oportunidades para os atletas profissionais, para quem está iniciando, para as categorias de base, enfim, que melhore pra tudo.

É possível popularizar o esporte no Brasil? O que falta?

Acho que a gente está seguindo um bom caminho, ganhando mais espaço. 0 skate. depois de se tornar um esporte olímpico e pelo fato de estar nas próximas Olimpíadas de 2020, acabou atraindo novos olhares, novos investidores. 0 programa Olímpico acaba valorizando o skate. Acho que estamos no caminho certo, é só dar tempo ao tempo mesmo. Lógico que a gente passa por uma crise que afeta todos os setores e o skate não deixou de ser afetado também, mas a gente espera que, passando a crise, com a melhoria da economia do Brasil, o skate acabe melhorando também nesse crescimento: crescimento do mercado, crescimento de praticantes, enfim, de tudo.


Você treina onde?
Quando estou nos Estados Unidos, onde moro atualmente, eu treino nas pistas perto da minha casa. Tem algumas pistas de concreto públicas, que são parks. e tem alguns halfpipes também por aqui. particulares: tem o do Mancha, que é de um brasileiro; tem o do Tony Hawk, que é próximo da minha casa; tem o do Elliot Sloan, que é outro profissional que tem uma pista na casa dele; tem uma outra pista que é da marca de um tênis; um outro halfpipe de uma marca de tênis que é próximo da minha casa, enfim... são nesses lugares que eu ando. Tem um monte de pista por aqui. E no Brasil, eu tenho a minha própria estrutura. Eu tenho tudo montado. Montei um half lá no Sandro Dias Camp, no meu sítio. Tem Half, Bowl, Street, tem mini-rampa, tenho tudo lá. Lógico que eu também ando em muitos outros lugares, mas os lugares que eu prefiro são esses.

0 cenário de competições brasileiras é suficiente para formar e preparar grandes atletas?
Eu acho que hoje em dia sim. Até pouco tempo atrás, a gente teve grande eventos, aí passou uns dois, três anos sem muita coisa, porém neste ano voltou (com mais competições) pela questão olímpica, com verba do COB. A gente conseguiu organizar um circuito profissional bem forte. Mudamos toda a Confederação Brasileira de Skate, que cuida do skate brasileiro, para que a gente fizesse esse plano olímpico e usasse a verba da melhor forma possível para formar novos atletas e formar a seleção brasileira de skate. Neste ano, a gente tem um circuito muito forte que é o STU Open, em parceria com a Confederação Brasileira de Skate. Essa disputa, com certeza, está dando a oportunidade pra muita gente. Esperamos que, no ano que vem, continue pra darmos seqüência nesse trabalho olímpico que foi iniciado neste ano.

Qual é o ganho pra modalidade com a inserção nos Jogos Olímpicos?
Sempre achava que seria uma coisa muito boa, desde que o Comitê Olímpico Internacional e o COB respeitassem o que o skate é e sempre foi, que não tentassem mudar o nosso esporte. E é até por isso que hoje, nós skatistas estamos na nova diretoria da Confederação Brasileira de Skate e tomamos conta do skate perante o COB. Isso está sendo muito legal. Com certeza está atraindo novos olhares, novos investimentos, novos praticantes em âmbito mundial. A tendência é crescer. Com as Olimpíadas, a gente vai poder mostrar o nosso esporte para diferentes públicos, talvez até para leigos que nunca se interessaram muito pelo skate e vão ter a oportunidade de ver em uma Olimpíada. Isso pra gente é maravilhoso. Só tem a agregar para o nosso esporte.


Você vai participar dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020?
A modalidade que eu faço não estará nas Olimpíadas. Eu pratico a modalidade vertical, que é praticada em uma rampa em formato de U, de 4,20 m de altura, que se chama halfpipe. Nos Jogos, tem uma modalidade muito democrática, que é o park. Talvez eu possa tentar. Ainda não sei. Estou pensando bastante, estamos há um ano e meio das Olimpíadas praticamente. Vamos ver. Tem muita coisa pra acontecer ainda. Se eu não estiver competindo, eu gostaria de contribuir de alguma forma com a seleção brasileira de skate lá.

Você tem 43 anos. Existe uma idade limite para se competir em alto nível?
Acredito que não. Depende muito de cada um, de como a condição física está, a condição mental principalmente e o fato de não parar cie andar de skate. Acho que isso que é o mais interessante. Acho que não existe um limite, até porque hoje existem outras categorias pós-profissionalismo. Existe hoje o Pró-Master e depois o Pró-Legends, que são os caras que são eram profissionais quando eu comecei a andar de skate e que andam até hoje. Tem Tony Hawk, Steve Caballero, Christian Hosoi, e alguns brasileiros também. Então, enquanto eles estão indo e fazendo novas categorias, eu tenho condições de ir atrás e de trilhar esse mesmo caminho.

Como o Brasil chega para os Jogos de Tóquio: como potência ou só pra participar?
Com certeza como potência. Eu falo que se os Jogos Olímpicos fossem neste ano, nós teríamos condições de ter medalhas nas duas modalidades e nas duas categorias, masculino e feminino. O Brasil é muito forte nessas modalidades. E eu imagino que daqui um ano e meio, dois anos terão muitas novidades em relação ao nível de skatistas para competir no Japão. Acredito que vai ser bem difícil a etapa classificatória porque tem muita gente boa. A gente, com certeza, é uma das principais potências do skate mundial.

Quais suas principais conquistas no skate?
Sou seis vezes campeão mundial, tenho mais de 10 medalhas de X-Games realizados pelo mundo, sou recordista mundial de aéreo mais alto no halfpipe, com A,20 m de altura acima da rampa, sou tricampeão europeu e seis vezes campeão brasileiro.

De onde surgiu o apelido Mineirinho, já que você é paulista?
O apelido Mineirinho surgiu porque o meu pai é mineiro. Quando eu era criança, tinha um tio meu, que já é falecido, que chamava meu pai de mineiro. Como eu sempre fui muito parecido com o meu pai, ele me chamava de Mineirinho. Quando fui participar da minha primeira competição, em Santo André (SP), com 10,11 anos de idade, eu fui com a minha mãe fazer a minha ficha de inscrição. Tinha que preencher os campos como nome, apelido, idade, endereço, enfim. E eu queria preencher tudo. Quando chegou no espaço do apelido, eu não tinha nenhum apelido que meus amigos me chamavam. Só o meu tio que me chamava de Mineirinho. E eu falei: 'mãe, o que eu coloco de apelido?' E ela me sugeriu colocar Mineirinho. E acabou ficando até hoje. Mineirinho. Deu sorte. É um povo bom (risos).





 A maior pista de patinação sobre rodas do país.



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--in via tradutor do google
World champion Sandro Dias talks about skateboarding, racing and the 2020 Olympics.

To popularize skateboarding, which will be in the Olympic program for the first time at the Tokyo Games in 2020, the "Skate Academy" project is running Minas Gerais to present, and who to win new fans. More than six thousand people have already attended the event, which features lectures and lectures, all for free. On his way through Belo Horizonte, the program, set up in Shopping Cidade until Sunday, received a more than special visit: from the skater, Sandro Dias, the Mineirinho.

The six-time world champion gave many tips and spent some of his experience for children and teens, ages 7 to 17, who already venture or seek to venture on the four wheels.

Sport exponent in Brazil, Mineirinho affirms that, if the Olympics were today, Brazil would come to fight for medals in the park and street modalities, in the masculine and the feminine. Although his category is not in the Games, the halfpipe, he is wondering if he will try a vacancy, wants to continue helping to popularize the skateboard and, even at age 43, says that there is still a lot of firewood to burn.

Where did the passion for skate come from?
The passion for skateboarding has come as a child. I started skateboarding when I was 10 years old. I was skateboarding with my childhood friends. Only I used the skateboard differently, me and a friend of mine. We would put a car tire on the skateboard and take turns: every hour one would sit on the skateboard and the other would push. Then I won a skateboard for my parents' Christmas in 1985. From then on, I started to learn how to skate up and get a love for the sport.

I lived in Santo André (SP), started to participate in the competitions I had in the region and never stopped, even with all the difficulties of the time that the sport had. In fact, skateboarding was not even a sport, it was a fashion. Every child ended up winning a skateboard from their parents and with me it was no different. What's more, he did not have much incentive to practice, he had no skateboarding clues as he has today, nor any cutting-edge material. Despite all the difficulties, I started to go to the places where they taught skateboarding in Santo André and, like I said, I went to participate in the competitions and never stopped.

When did you realize that skateboarding could become a profession?
In 2001 I really thought I could try to live on skateboarding. I worked at my dad's company eight years ago, graduated from college, and was a skateboarder for six years. Skateboarding at this time gave me a bigger income than working with my father, because of the sponsors and the events that I participated in. So when I graduated from college, I had to choose: whether I would continue to live behind my dream, that it was to be a professional skateboarder or to continue working with my father.

I decided to follow my dream. Then I had to dedicate myself 100% to get things right. I moved to California, where everything happened, and I got totally involved with the skate world. I started participating in all possible events: United States, Europe, Australia, Asia. Every organization was made through some company in California. That's why I moved to California. Things started to work out and I just started to live on skateboarding.

And when did you see that you would be able to become a top athlete?

When I graduated from college (2001), I already participated in the World Circuit five, six years ago, more or less. In 2001, I was already in the 10th place in the world ranking and I was European champion in 2002. When I moved to California, I was European champion for the second time and was already in the top five. In 2003, I was European champion for the third time and it was the first time I won the World title. So when I was able to devote 100% to what I wanted, it was when things really started to work out. I only thought about it and I only dedicated myself to it: being a high-end skateboarder.

Does skate have a small space in Brazil?

Not for today, but for more than 10 years, skateboarding is the second most practiced sport in the country. Of course we lose to football. There is no way to compare any other sport with football, because of its greatness. Of course also that skateboarding is a relatively new sport, that most people do not have this information, that's fact. However, we are increasingly gaining space in the media, having more space for the practice, the accomplishment of big events in Brazil, finally, is taking a legal space. Of course there is too much missing, much more, but I think it tends to grow a lot, still 

more now that skateboarding has become an Olympic sport. It tends to grow a lot and it's what we expect it to be: more opportunities for professional athletes, for those who are starting up, for the basic categories, and, better, for everything.

Is it possible to popularize sport in Brazil? What is missing?
I think we're on a good track, gaining more space. 0 skateboard. after becoming an Olympic sport and being in the next Olympics of 2020, ended up attracting new looks, new investors. The Olympic program ends up valuing skateboarding. I think we're on the right track, just give time the same time. Of course, people are going through a crisis that affects all sectors and skateboarding has not stopped being affected as well, but we expect that, as the crisis passes, with the improvement of the Brazilian economy, skate will also improve this growth: growth of the market, growth of practitioners, in short, of everything.

Do you train where?
When I'm in the United States, where I currently live, I work out on the slopes near my home. It has some public concrete runways, which are parks. and there are some halfpipes around here too. particular: there is the Mancha, which is that of a Brazilian; there's Tony Hawk, who's close to my house; has that of Elliot Sloan, who is another professional who has a lane in his house; has another track that is of the brand of a tennis; another halfpipe of a brand of tennis that is close to my house, anyway ... it is in these places that I walk. There's a lot of track here. And in Brazil, I have my own structure. I have it all set. I mounted a half there at Sandro Dias Camp, on my site. It has Half, Bowl, Street, has mini-ramp, I have everything there. Of course I also walk in many other places, but the places I prefer are these.

Is the scenario of Brazilian competitions enough to train and prepare great athletes?
I think nowadays, yes. Until a short time ago, we had big events, there it was two, three years without much, but this year it returned (with more competitions) for the Olympic issue, with funding from the COB. We managed to organize a very strong professional circuit. We changed the whole Brazilian Confederation of Skate, which takes care of the Brazilian skateboard, so that we would make this Olympic plan and use the money in the best possible way to form new athletes and to form the Brazilian team of skateboarding. This year, we have a very strong circuit that is the STU Open, in partnership with the Brazilian Skate Confederation. This dispute, of course, is giving the opportunity to many people. We hope that, next year, we will continue to follow up on the Olympic work that began this year.

What is the gain for the modality with the insertion in the Olympic Games?
I always thought it would be a very good thing, as long as the International Olympic Committee and the COB respected what skateboarding is and always was, do not try to change our sport. And that's why today, we skaters are in the new board of the Brazilian Skate Confederation and we take care of the skateboard before the COB. This is very cool. It is certainly attracting new looks, new investments, new practitioners worldwide. The trend is to grow. With the Olympics, we will be able to show our sport to different audiences, perhaps even to lay people who have never been very interested in skateboarding and will have the opportunity to see it in an Olympics. This is wonderful for us. You only have to add to our sport.

Will you attend the Tokyo Olympics in 2020?
The modality I make will not be in the Olympics. I practice the vertical mode, which is practiced on a U-shaped ramp, 4.20 m high, which is called a halfpipe. In the Games, there is a very democratic modality, which is the park. Maybe I can try. Still do not know. I'm thinking a lot, we've been practically a year and a half from the Olympics. We will see. There's a lot going on. If I'm not competing, I'd like to contribute in some way to the Brazilian skateboarding team there.

You are 43 years old. Is there an age limit for competing at a high level?
I do not think so. It depends a lot on each one, on how the physical condition is, the mental condition mainly and the fact that it does not stop skating. I think this is the most interesting. I think there is no limit, even because today there are other categories post-professionalism. There is today the Pro-Master and then the Pro-Legends, which are the guys they are were professionals when I started to skate and they walk to this day. There's Tony Hawk, Steve Caballero, Christian Hosoi, and some Brazilians as well. So while they are going and making new categories, I have the conditions to go back and to follow that same path.

How does Brazil arrive for the Tokyo Games: as a power or just to participate?

Certainly as power. I say that if the Olympics were this year, we would be able to have medals in both modalities and in both categories, male and female. Brazil is very strong in these modalities. And I imagine that in a year and a half, two years will have many new features regarding the level of skaters to compete in Japan. I think it will be very difficult the qualifying stage because there are a lot of good people. We are, of course, one of the main powers of the world skate.

What are your main achievements in skateboarding?
I am a six-time world champion, I have more than 10 X-Games medals from around the world, I am the world record holder of the highest aerial in the halfpipe, with A, 20 m above the ramp, I am three times European champion and six times Brazilian champion.

Where did the nickname Mineirinho come from, since you are from São Paulo?
The nickname Mineirinho came about because my father is a miner. When I was a child, I had an uncle of mine, who is already deceased, who called my father a miner. Since I've always been a lot like my father, he used to call me Mineirinho. When I attended my first competition, in Santo André (SP), with 10.11 years of age, I went with my mother to make my registration form. He had to fill in the fields like name, surname, age, address, anyway. And I wanted to fill everything. When he arrived at the nickname space, I had no nickname that my friends called me. Only my uncle who called me Mineirinho. And I said, 'Mother, what do I call it?' And she suggested I put Mineirinho. And ended up staying until today. Mineirinho. You were lucky. It's a good people (laughs).



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