Douglas Silva, o Dalua, transformou seu suor e determinação em títulos mundiais e até mesmo uma entrada no Guinness Book. Agora, o ciclo de competições acabou: mas a luta pelo esporte não.
Ser o melhor naquilo que você faz. Talvez não seja uma obsessão para muitas pessoas, mas para Douglas Silva, o Dalua, traduz um significado de vida. Na adolescência, em São Leopoldo, o atleta conheceu o esporte que lhe forjou como cidadão e um multicampeão.
Com seu longboard, Dalua, que atualmente adotou Novo Hamburgo como sua casa, ganhou tudo o que poderia no skate downhill. Além de conhecer novas culturas e todos os continentes, o skatista foi bicampeão mundial, tricampeão sul-americano e hexacampeão brasileiro na categoria profissional, sem contar a entrada no Guinness Book, o Livro dos Recordes, em 2007, quando atingiu 113 km/h na descida de Teutônia (RS).
Em 2018, aos 35 anos de idade, Dalua disputou todas as competições na categoria máster. E mais uma vez mostrou ser referência no esporte que escolheu. Ele conquistou a tão sonhada tríplice coroa ao garantir o topo dos três rankings. Depois de vencer tudo, o skatista afirmou que poderá deixar de competir e focará suas forças fora das pistas para tornar o esporte mais seguro.
Mas a fome de vitórias realmente fará Dalua parar? "Hoje eu não quero mais competir. Estou decidido. Tenho pena das pessoas que não acreditaram em mim. Porque eu, filho único de uma mãe que limpava a casa dos outros, o esporte caiu no meu colo e ele mudou minha vida. Sou grato a todas as oportunidades que tive e todas as pessoas que me ajudaram a evoluir", destacou Dalua, que não descarta a participação em eventos amadores. "A minha força de vontade me fez ir onde eu nunca imaginei, ser campeão do mundo, campeão brasileiro, bater um recorde. Sou um cara completamente realizado em todos os aspectos", reforçou.
Um dos objetivos de Dalua após parar com as competições de rankings oficiais é lutar para fazer do skate um esporte mais organizado e com segurança. E essa idéia ganhou mais força após a morte de Allysson Nascimento, o Pastrana, de 18 anos, durante o Mundial de Skate Downhill, no Rio de Janeiro, em novembro - o skatista era morador de Novo Hamburgo. "Pretendo começar uma parte de organização e fomentação do esporte. Não vou deixar de andar de skate. tenho a idéia de em 2019 andar num evento de freeride. Tenho essa vontade de ir para continuar a filmar, fazer fotos, porém nossa meta é fazer o esporte ser 100% seguro. Juntar algumas pessoas competentes e começar a fazer eventos aqui. E não precisar sair mais daqui para correr um Mundial para ganhar às vezes mil dólares de premiação. Vamos dar isso aqui e ter ele 100% seguro, para nunca mais passar pelo que a gente passou", completou.
O COMEÇO
Antes do skate downhill surgir na vida de Dalua, outros esportes fizeram e fazem parte do seu cotidiano. "Joguei futebol desde os meus 3, 4 anos de idade, minha mãe me inscreveu numa escolinha chamada Sociedade Esportiva Avaí, de São Leopoldo, porque eu era muito hiperativo. Não podia ficar em casa porque eu quebrava as coisas da minha vó. E eu tinha que gastar essa energia, daí foi futebol, natação, judô, jiu-jítsu, basquete, tudo que imaginar eu já fiz", recordou. No entanto, quando tinha 15 para 16 anos, o futebol deixou de ser uma realidade para o skatista. Ele teve diagnosticada uma doença no joelho chamada osteocondrite dissecante que comprometia a cartilagem articular. "Larguei o futebol porque nunca seria um profissional, porém eu amava aquilo. Depois troquei de escola, me empenhei mais nos estudos, e acabei conhecendo o skate. Comecei a andar de skate na minha antiga rua, a Avenida Dr. Mário Sperb, no bairro Rio Branco, em São Leopoldo", revelou.
Porém, a vida de atleta iniciou mesmo em Lomba Grande, na localidade de São João do Deserto. "Um dia peguei um notebook emprestado de um amigo, só tinha acesso à internet discada na época, e digitei "longboard" no Google, e apareceu um campeonato em São João do Deserto. Minha família é de lá, minha mãe e meus avós foram criados lá. E comecei a sair de casa. pegava o ônibus Feitoria/Lomba Grande, e ia a pé até o São João do Deserto, dava cerca de quatro quilômetros de onde parava, subia e descia duas vezes, e voltava para casa", detalhou Dalua, sobre seu começo no esporte.
CIRURGIAS E DIFICULDADES
Deixar de disputar competições oficiais será uma tarefa complicada para Douglas Silva, mas devido às várias cirurgias que realizou, foram 19 no total, a cada dia o corpo sente mais. "Nos últimos anos tive muitas cirurgias. No tendão de aquiles foram as piores. Tive no joelho, fratura no calcanhar, porém o futebol meu deu mais. Minha perna esquerda é muito mais fraca que a direita. Não consigo sentar em cima do meu joelho. Tudo isso são deficiências que o corpo vai criando. As pessoas perguntam porque tu vai parar de andar? Por isso. Eu não consigo mais ter meu corpo perfeito para competir", observou.
Segundo ele, apesar do suporte de várias apoiadores durante os anos de competição, as dificuldades para se manter no esporte são muito grandes. "Até hoje tenho que matar um leão por mês. Ter dificuldades é normal para um atleta. Quem não tem dificuldade não é atleta. Porém, se eu tivesse uma estrutura como a do Kelly Slater, que só se preocupava em surfar, com bons salários e uma equipe de profissionais que dava essa assistência para ele, não pararia. Porém, a realidade é diferente", pontuou Dalua, que pretende brigar para que esse suporte um dia chegue ao skate, que vem ganhando espaço no cenário olímpico.
INCENTIVO
Para Dalua, as empresas e as prefeituras da região poderiam investir mais nos potenciais atletas daqui. "É muito difícil a gente morar numa cidade tão grande (Novo Hamburgo), ter tantas empresas gigantes, e a gente não ter uma possibilidade de uma lei de incentivo, que possa dar um valor para o Município, e eles nos darem uma passagem, um vale-alimentação, uma inscrição ou um hotel. Não sei porque nos municípios ao redor a gente não tem isso. Vejo que Curitiba (PR) tem isso, as pessoas tem a bandeira da cidade no uniforme, e aqui a gente não tem com tantos bons atletas. Somos um berço, nossa geografia é perfeita, eu poderia estar ensinando pessoas, procurando um futuro Dalua, um Aliysson, um Guto Negão (skatista de Canoas que é tetracampeão mundial - 2013/14/15/16). Aqui temos vários esportes, patinação, vôlei, futebol, bicicross. Eu vou fazer o máximo para conseguir isso, essa é minha parte agora. Eu luto por uma bandeira, que é o esporte", declarou Silva.
PASTRANA E A UNIÃO DO SKATE
Um dos fatos que marcaram o planeta skate em 2018 foi a morte de Pastrana. O jovem atleta começou a andar de longboard junto de Dalua, ainda no Morro dos Papagaios, no bairro Guarani, em Novo Hamburgo. E a perda de Aliysson, num trágico acidente na Vista Chinesa, no Rio, serviu de motivação para que skatistas de todos os cantos se unissem para tornar o esporte mais seguro. "Uma perda como tivemos a dele não tem como explicar. Acho que a missão dele era deixar essa mensagem para nós, que era para o skate se unir e ser seguro, até mesmo para não acontecer isso de novo. A dor que eu vi de um pai e uma mãe enterrando seu filho de 18 anos é uma coisa que, eu que sou pai, não tem explicação. É uma dor que não tem cura", disse Dalua, que espera uma unidade ainda maior do esporte para os próximos anos. "Agora temos que continuar com essa união que está incrível, o Brasil inteiro se uniu, e jamais esquecer dele e da mensagem, mas seguir porque era o sonho dele. Talvez façamos uma Copa Pastrana no ano que vem, um circuito inteiro em homenagem a ele", finalizou Dalua.
PRINCIPAIS CONQUISTAS
Bicampeão Mundial Open - 2012/2013 Campeão Mundial Máster - 2018 Tricampeão Sul-Americano Open - 2006/2011/2016 Campeão Sul-Americano Máster - 2018
Hexacampeão Brasileiro Profissional - 2004, 2006, 2007, 2008, 2009 e 2011 Campeão Brasileiro Máster - 2018
Guinness Book 2007 - mais rápido sobre o skate com 113 km/h em Teutônia (RS) 4o skatista mais rápido do Mundo com 144 km/h no Canadá (2017). Marca mantém Dalua como o brasileiro mais veloz.
A maior pista de patinação sobre rodas do Brasil.
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Douglas Dalua, a champion beyond skateboarding.
Douglas Silva, the Dalua, has transformed his sweat and determination into world titles and even an entry in the Guinness Book. Now the competition cycle is over: but the fight for the sport is not.
Be the best at what you do. It may not be an obsession for many people, but for Douglas Silva, the Dalua, it translates a meaning of life. In adolescence, in São Leopoldo, the athlete knew the sport that forged him as a citizen and a multi-champion.
With his longboard, Dalua, who nowadays adopted Novo Hamburgo as his home, won everything he could in downhill skateboarding. In addition to meeting new cultures and all continents, the skater was a two-time world champion, three-time South American champion and sixth Brazilian champion in the professional category, not counting the Guinness Book entry, the Book of Records, in 2007, when he reached 113 km / h in descent from Teutônia (RS).
In 2018, at age 35, Dalua competed in all competitions in the masters category. And once again it showed to be reference in the sport that chose. He won the highly-regarded triple crown by securing the top three rankings. After winning everything, the skater said he could stop competing and focus his forces off the piste to make the sport safer.
But will the hunger for victories really make Dalua stop? "Today I do not want to compete anymore, I'm determined.I'm sorry for the people who did not believe me.Because I, the only child of a mother who cleaned the house of others, the sport fell on my lap and it changed my life. to all the opportunities I had and all the people who helped me to evolve, "said Dalua, who does not rule out participation in amateur events. "My strength of will has made me go where I never imagined, to be world champion, Brazilian champion, to beat a record. I am a guy completely accomplished in all aspects," he added.
One of Dalua's goals after stopping the official rankings competitions is to fight to make skateboarding a more organized and safe sport. And that idea gained more momentum after the death of Allysson Nascimento, Pastrana, 18, during the Skate Downhill World Championship in Rio de Janeiro in November - the skateboarder was a resident of Novo Hamburgo. "I want to start a part of organizing and fomenting the sport.I'm going to skate, I have the idea of going on a freeride event in 2019. I feel like going to continue shooting, taking photos, but our goal is to do the sport will be 100% safe Join some competent people and start doing events here And do not need to leave here to run a World Championship to win a thousand dollars a prize sometimes Let's give it here and have it 100% sure never to more to go through what we went through, "he added.
THE BEGINNING
Before skateboarding downhill arose in the life of Dalua, other sports have made and are part of their daily lives. "I played soccer since I was 3 or 4 years old, my mother enrolled me in a school called Sociedade Esportiva Avaí, in São Leopoldo, because I was very hyperactive, I could not stay at home because I broke my grandmother's things. it was soccer, swimming, judo, jiu-jitsu, basketball, everything I imagine I've done, "he recalled. However, when he was 15 to 16 years old, soccer was no longer a reality for the skater. He had diagnosed a knee disease called osteochondritis dissecans that compromised joint cartilage. "I dropped out of football because I would never be a professional, but I loved that." Then I switched to high school, got more involved in my studies, and finally got to know the skateboard. neighborhood Rio Branco, in São Leopoldo, "he revealed.
However, the life of athlete started even in Lomba Grande, in the town of São João do Deserto. "One day I got a notebook borrowed from a friend, I only had dial-up Internet access at the time, and I typed" longboard "on Google, and a championship appeared in St. John of the Desert. My family is from there, my mother and my grandparents were and started walking out of the house, took the Feitoria / Lomba Grande bus, and went on foot to São João do Deserto, about four kilometers from where it stopped, went up and down twice, and returned home. Dalua said, about his start in the sport.
SURGERIES AND DIFFICULTIES
Failing to compete in official competitions will be a daunting task for Douglas Silva, but due to the various surgeries he has performed, there were 19 in total, every day the body feels more. "In the last few years I had a lot of surgeries, the Achilles tendon was the worst, I had a knee, a fractured heel, but my soccer gave more, my left leg is much weaker than the right, I can not sit on my knee "I can not get my perfect body to compete any more," he remarked.
According to him, despite the support of several supporters during the years of competition, the difficulties to stay in the sport are very large. "I have to kill a lion every month, I have to kill a lion for a month, it's normal for an athlete to have a problem, but I have a structure like Kelly Slater, who only cares about surfing, and a team of professionals who gave this assistance to him, would not stop, but the reality is different, "said Dalua, who wants to fight for this support one day to get to the skateboard, which has been gaining space in the Olympic scene.
INCENTIVE
For Dalua, companies and municipalities in the region could invest more in potential athletes here. "It is very difficult for us to live in such a big city (Novo Hamburgo), to have so many giant companies, and we do not have the possibility of an incentive law, that can give a value to the Municipality, and they give us a passage, a food stamp, an inscription or a hotel.I do not know why in the municipalities around we do not have it.I see that Curitiba (PR) has this, people have the city flag in the uniform, and here we do not have We are a cradle, our geography is perfect, I could be teaching people, looking for a future Dalua, an Aliysson, a Guto Negão (Canoas skater who is four times world champion - 2013/14/15/16). I'm going to do my best to achieve this, that's my part now.I fight for a flag, which is the sport, "said Silva.
PASTRANA AND THE UNION OF THE SKATE
One of the facts that marked the planet skateboard in 2018 was the death of Pastrana. The young athlete began to ride a longboard along Dalua, still in the Morro dos Papagaios, in the Guarani neighborhood, in Novo Hamburgo. And the loss of Aliysson, in a tragic accident at Vista Chinesa in Rio, served as a motivation for skaters from all corners to unite to make the sport safer. "I think his mission was to leave that message to us, that it was for the skateboard to unite and be safe, even if it did not happen again. a father and a mother burying their 18-year-old son is something that I, the father, has no explanation for. It is a pain that has no cure, "said Dalua, who expects an even greater unity of the sport for years to come. "Now we have to continue with this union that is incredible, the whole Brazil united, and never forget him and the message, but to follow because it was his dream. Maybe we will make a Pastrana Cup next year, a whole circuit in honor of he, "Dalua finished.
MAIN ACHIEVEMENTS
Double World Champion Open - 2012/2013 World Champion Master - 2018 Triple South American Champion Open - 2006/2011/2016 South American Champion Master - 2018
Hexacampeão Brasileiro Profissional - 2004, 2006, 2007, 2008, 2009 and 2011 Brazilian Champion Master - 2018
Guinness Book 2007 - fastest on skateboarding with 113 km / h in Teutônia (RS) 4th fastest skater in the World with 144 km / h in Canada (2017). Marca maintains Dalua as the fastest Brazilian.
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