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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Após quarto lugar no Mundial, brasileiro coloca ciclismo no radar da medalha para Tóquio 2020. - After fourth place in the World Championship, Brazilian puts bike in the radar of the medal for Tokyo 2020.

O brasileiro Henrique Avancini, de 29 anos, parece um intruso no ciclismo mountain bike, dominado por europeus. No Campeonato Mundial de mountain bike, disputado no último sábado, conquistou a quarta posição, repetindo o posto do ano passado, e foi o único atleta que não nasceu no velho continente entre os 14 primeiros colocados. Vice-líder do ranking mundial, o fluminense, nascido em Petrópolis, já está entre os cotados para uma medalha na Olimpíada de Tóquio 2020. Segundo o ciclista, este é o objetivo

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Henrique Avancini durante prova na Itália 
(Pierre Teyssot/Action Plus via Getty Images)


– Estou buscando chegar nos Jogos Olímpicos como candidato a medalha, e hoje já sou um candidato. Preciso desenvolver vários pontos, e estamos no caminho, são pequenos detalhes, então agora é limpar a cabeça e seguir em frente – disse o brasileiro.

O ciclismo olímpico é disputado em cinco modalidades: pista (velódromo), estrada, BMX, mountain bike e BMX Freestyle, esse último fará sua estreia em Tóquio 2020. O melhor resultado da história olímpica brasileira foi o de Flavia Oliveira, sétima na prova de resistência na Rio-2016.

No sábado, Henrique ficou atrás do maior nome da história do ciclismo mountain bike, o suíço Nino Schurter, que alcançou seu sétimo título, do italiano Gerhard Kerschbaumer e do holandês Mathieu van der Poel. A prova foi disputada em Lenzerheide, uma montanha na Suíça que, no inverno, recebe competições de esqui, mas no verão é um paraíso para os ciclistas. Henrique saiu com um pingo de decepção após a prova:

– Gostaria de ter brigado mais próximo da medalha, não estava tão distante da medalha, nem da vitória, mas faltou um “golinho”. Eu esperava um pouco mais, estar acima deste grupo intermediário. Agora é analisar, é difícil brigar com esses caras. Eles são agressivos, e eles se impõem, então temos que quebrar essa barreira – disse.

A Suíça é a escola mais tradicional do mountain bike. Neste Mundial, foram cinco atletas entre os quinze primeiros colocados. E, algumas vezes, as bicicletas se encontram no meio da prova, causando quedas, como aconteceu duas vezes com Henrique na última volta, em ambos os casos, ocasionados após encontros com o suíço Floran Vogel, que chegou em quinto.

– Ah, a gente fala que tem a parede suíça, é complicado. Ou você tem um gole a mais para sair deles, ou fica no inferno suíço. Fiquei bem chateado, nós éramos o grupo da quarta colocação, poderíamos tentar a terceira posição, mas perdi tempo e força, fui para o chão duas vezes, e atrapalhou todo o grupo que estava tentando buscar o terceiro – disse.

Na chegada da prova, Henrique foi falar com Vogel, que pediu várias vezes desculpa pelos ocorridos. O brasileiro discutiu um pouco, mas aceitou o perdão do suíço e cumprimentou o adversário.

A modalidade é disputada em Jogos Olímpicos desde Atlanta 1996, e, nas seis edições realizadas, apenas ciclistas europeus foram ao pódio. Henrique crê que o pódio em uma grande competição está cada vez mais perto.

– O quarto lugar do Mundial do ano passado foi uma barreira quebrada, a sensação de quebrar uma barreira. Aqui foi diferente, eu queria mesmo a medalha. Os três da minha frente são os três grandes fenômenos da modalidade. Mas não estou distante deles, tenho que melhorar em algumas áreas- disse.

A carreira de Henrique foi promissora desde o início. Com apenas 17 anos, em 2006, já foi nono colocado no Mundial júnior da modalidade, despontando como grande nome. No ano seguinte, foi campeão pan-americano das categorias de base. A partir de 2009, começou a disputar etapas da Copa do Mundo. Representou o Brasil na Olimpíada do Rio, ficando em 23º.

Atualmente, faz parte da Cannondale Factory Racing Team, uma das principais equipes do mundo, e fica na Europa a maior parte do tempo. É o atual vice-líder do ranking mundial, posição que deve manter até o fim da temporada. Nesta temporada, além da quarta posição no Mundial, também ficou em quarto em duas etapas do circuito.

– Vendo qual era nosso objetivo na temporada, mais uma vez fui bem. Fiz uma boa corrida, briguei por uma medalha. Meu objetivo do ano foi conquistado. Não tenho nada a reclamar da temporada, não é à toa que eu estou em segundo no ranking mundial. Cresci muito – concluiu.




Por Guilherme Costa, de Lenzerheide, Suíça






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--in via tradutor do google
After fourth place in the World Championship, Brazilian puts bike in the radar of the medal for Tokyo 2020.

Brazilian 29-year-old Henrique Avancini looks like an outsider on mountain biking, dominated by Europeans. In the World Championship of mountain bike, disputed last Saturday, it conquered to the fourth position, repeating the position of the last year, and was the only athlete who was not born in the old continent among the 14 first places. A world ranking leader, the Fluminense, born in Petrópolis, is already among those listed for a medal at the Tokyo Olympics 2020. According to the cyclist, this is the goal


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Henrique Avancini during the race in Italy (Pierre Teyssot / Action Plus via Getty Images)

- I'm looking to get to the Olympic Games as a medal candidate, and today I'm already a candidate. I need to develop several points, and we are on the way, are small details, so now is to clear the head and move on - said the Brazilian.

Olympic cycling is played in five modalities: track (velodrome), road, BMX, mountain bike and BMX Freestyle, the latter will make its debut in Tokyo 2020. The best result in the Brazilian Olympic history was that of Flavia Oliveira, resistance in Rio-2016.

On Saturday, Henrique was behind the biggest name in the history of mountain biking, the Swiss Nino Schurter, who reached his seventh title, the Italian Gerhard Kerschbaumer and the Dutchman Mathieu van der Poel. The event was held in Lenzerheide, a mountain in Switzerland which in winter receives skiing competitions, but in the summer is a paradise for cyclists. Henrique left with a dash of disappointment after the test:

- I wish I had fought closer to the medal, I was not so far from the medal, nor the victory, but lacked a "sip." I expected a little more, being above this middle group. Now it's analyzing, it's hard to fight with these guys. They are aggressive, and they impose themselves, so we have to break this barrier - he said.

Switzerland is the most traditional mountain bike school. In this World Cup, there were five athletes in the top fifteen. And sometimes the bikes are in the middle of the race, causing falls, as happened twice with Henrique on the last lap, in both cases, caused after meetings with the Swiss Floran Vogel, who came in fifth.

"Oh, we're talking about the Swiss wall, it's complicated. Or you have one more shot to get out of them, or stay in Swiss hell. I was very annoyed, we were the group of the fourth place, we could try the third position, but I lost time and strength, I went to the ground twice, and upset the whole group that was trying to get the third - said.

On the arrival of the test, Henrique went to speak with Vogel, who requested several times apology for the events. The Brazilian argued a bit, but accepted the Swiss's pardon and greeted the opponent.

The modality is disputed in Olympic Games since Atlanta 1996, and, in the six editions realized, only European cyclists went to the podium. Henrique believes that the podium in a big competition is getting closer.

- Fourth place at last year's World Cup was a broken barrier, the feeling of breaking a barrier. It was different here, I really wanted the medal. The three in front of me are the three great phenomena of the sport. But I'm not far from them, I have to improve in some areas, "he said.

Henry's career was promising from the start. At only 17 years old, in 2006, he was ninth place in the Junior World Championship of the modality, emerging as a great name. The following year, he was Pan-American champion of the basic categories. From 2009, began to dispute stages of the World Cup. Represented Brazil in the Olympiad of Rio, being in 23rd.

He is currently part of the Cannondale Factory Racing Team, one of the world's leading teams, and is in Europe most of the time. He is the current vice-leader of the world ranking, position that must maintain until the end of the season. This season, in addition to the fourth position in the World Championship, also was fourth in two stages of the circuit.

"Seeing what our goal was for the season, I was good again. I did a good race, I fought for a medal. My year goal was won. I have nothing to complain about the season, it's no wonder that I am second in the world ranking. I've grown a lot, "he concluded.

By Guilherme Costa from Lenzerheide, Switzerland

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